O encontro entre o segundo e o terceiro colocado na tabela de classificação no Campeonato Brasileiro 2013 foi realizado sábado, no estádio Jornalista Mário Filho. Foi o jogo que abriu a vigésima sexta rodada na competição nacional.
A partida confirmou as expectativas de um confronto equilibrado. Porém, a qualidade do espetáculo é que talvez tenha ficado abaixo do que gostariam os amantes do futebol. Um pouco pelas ausências de jogadores como Elano, Zé Roberto e Eduardo Vargas, que desfalcaram o Grêmio, um tanto pela postura acovardada do time comandado por Renato Gaúcho, que limitou-se a, sobretudo no segundo tempo, marcar presença no campo de defesa para segurar o resultado construído na etapa inicial. Feito que é valorizado pelo fato de ter jogado com um homem a menos desde a expulsão de Kléber, ainda no primeiro terço de partida.
Mas o que esperar do decadente Botafogo e do pragmático Grêmio nas próximas rodadas de um torneio que termina daqui a dois meses? O Alvinegro precisa urgentemente sacudir a poeira que se levantou no ambiente de General Severiano. São cinco rodadas sem vitória (quatro derrotas no período, sendo três delas dentro de casa) e além da distância para o líder Cruzeiro ter ficado demasiado longa (dezesseis pontos no momento), a própria presença na zona de classificação para a Libertadores está colocada em risco (o time acaba de ser ultrapassado pelo Atlético Paranaense, caindo para o quarto lugar). O Tricolor, por sua vez, vai somando vitórias atrás de vitórias (leia-se um a zero atrás de um a zero). A onze pontos do líder e com a credibilidade de quem vem de vitórias sobre Atlético e Botafogo, é o maior concorrente ao título que parece encaminhado ao Cruzeiro.
Prefiro acreditar que o Grêmio possa e irá render muito mais do que o apresentado nesse último sábado. As críticas ao estilo de jogo da equipe e as respostas dadas pelo treinador (do tipo "então vá ver o Barcelona jogar") mostram que nosso futebol atravessa momento ingrato para os amantes desse esporte. Temos um vice-líder nacional totalmente alheio à arte, entregue por completo à "filosofia dos três pontos". Só que precisam ensinar - e principalmente aprender - que uma coisa não anula a outra. Se implementarmos por aqui um jeito de jogar mais voltado para a ofensividade, fazendo (bom) uso da técnica apurada presente em tantos atletas, as coisas deverão fluir com mais beleza. Sem precisar, necessariamente "ver o Barcelona jogar". Por enquanto, isso é o melhor a ser feito. Valeu a dica, Renato.
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