No gramado alto e sob sol forte na tarde dominical de verão em Taubaté, o Vasco alcançou os seis pontos na Copa São Paulo de Juniores 2012 após vencer o Remo pelo placar de 2a1. Os gols da partida foram marcados por Cícero (que abriu o placar para o Cruzmaltino aos dezenove minutos do primeiro tempo), Jayme (um dos destaques do jogo, empatando para o clube paraense aos quarenta e cinco minutos da primeira etapa) e Guilherme, que aos dez minutos da etapa complementar recolocou o time carioca em vantagem no placar.
Com seis pontos em duas partidas, o Vasco enfrenta o Taubaté na rodada derradeira dessa fase de grupos e só depende de si para avançar à próxima fase. O Remo, que ainda não pontuou, cumprirá tabela diante do São Francisco, da Bahia. E há um dado interessante sobre esse time do Remo: único representante do futebol paraense na Copinha, a equipe levou para a competição sub-18 um total de vinte jogadores, todos eles nascidos no estado do Pará.
O jogo (confira como foi a transmissão da partida em tempo real)
Diferentemente da partida em que o Corinthians goleou o Santos/PB por 9a0 (na maior goleada da história desse blógui), o jogo entre Vasco e Remo foi marcado pelo equilíbrio. A primeira grande chance de gol deu-se aos dez minutos, quando numa descida pelo flanco direito a equipe do Remo conseguiu deixar Jayme na cara do gol - só que o hábil camisa 9 finalizou mandando por cima do travessão.
O Vasco atacava preferencialmente pelo lado esquerdo, procurando o camisa 8 John Cley. Foi por aquele setor sinistro que o jogador descolou finalizações e cruzamentos que assustavam a defesa paraense. E foi exatamente a partir do flanco canhoto que saiu o gol vascaíno: após cobrança de escanteio efetuada pelo lateral-esquerdo Dieyson, Cícero subiu bem e marcou de cabeça, aos dezenove minutos.
Com bastante atitude e contando com a boa movimentação de jogadores como Jayme, Reis e Wallace, o Remo era melhor na partida e ensaiava o gol de empate. Aos trinta e dois minutos, Jayme recebeu pela esquerda já entrando na área, ajeitou e chutou rasteiro, mandando à direita da meta. Houve nova chance seis minutos mais tarde, quando Wallace finalizou da meia-lua e o goleiro Jordi segurou. Aos quarenta e cinco minutos, saiu finalmente o gol de empate: em rápido contra-ataque pela direita, Jayme passou para Wallace e recebeu de volta, ficando na cara do goleiro e concluindo com um toque rasteiro. 1a1 no placar.
O bom jogador Jayme mostrou que também é um bom filho, dedicando o gol à sua mãe, aniversariante do dia. Quem não parecia um bom homem era o árbitro da partida: mesmo nas condições climáticas constantes no evento futebolístico, o cidadão do apito não concedeu a parada técnica para reposição de líquido e breve descanso dos atletas. Tudo bem que não foi ele que marcou o jogo para as duas da tarde no horário de verão brasileiro, mas o bom senso clamaria por uma breve interrupção. Parece que "bom senso" é um termo em desuso quando o assunto é futebol brasileiro.
Veio o segundo tempo e com ele a continuação do domínio paraense na partida. Só que o futebol reserva situações que muitas vezes não condizem com o andamento da partida: aos dez minutos, Guilherme chutou de fora da área e o quique da bola traiu o goleiro Luís André, recolocando o Vasco em vantagem no placar. Curiosamente, o treinador vascaíno, José Galdino, afirmara no intervalo que, se o placar de 1a1 persistisse até os dez minutos, iria mexer no setor de ataque cruzmaltino.
Três minutos após sofrer o gol, o Remo teve uma baixa: Biro, que recebera cartão amarelo no primeiro tempo, foi novamente amarelado e deixou o time com um homem a menos em campo. Mesmo assim, o treinador do Remo fez uma substituição dupla e colocou dois novos atacantes no jogo. E a partida seguiu, com jogadores caindo no gramado, algumas jogadas interessantes e nada de parada técnica por parte da arbitragem. Naturalmente, a partida teve uma queda no ritmo e coube ao Vasco administrar a vantagem que tinha no placar e no número de jogadores. Tarefa que ficou facilitada a partir dos vinte e sete minutos, quando Jayme deixou o campo sentindo cãimbra.
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