O Tottenham Hotspur fez a viagem da capital inglesa Londres até a capital irlandesa Dublin levando um time reserva e sem sequer completar o banco de suplentes. Indicativos de uma equipe não muito preocupada com a Liga Europa: precisando de uma vitória sua e também do grego PAOK para tirar uma diferença de cinco gols no saldo em relação ao russo Rubin Kazan, os comandados de Harry Redknapp venceram a fraca equipe do Shamrock Rovers por "apenas" 4a0 e, mesmo que alcançassem mais gols, nada adiantaria em termos de classificação, já que o Rubin Kazan conseguiu o empate na Grécia.
O jogo
Atravessando grande momento na Premiership (onde perdeu somente uma de suas últimas doze partidas, ocupando atualmente a quarta colocação na classificação), o Tottenham iniciou a partida no estádio Tallaght de maneira decepcionante: se alguém imaginou que o time londrino fosse partir pro ataque na busca pelos gols, o que acabou vendo foi um time burocrático e em alguns momentos sendo incomodado pela limitada equipe da casa, que tinha no camisa dez Karl Sheppard, de vinte anos, o seu elemento mais participativo no campo ofensivo.
O Shamrock Rovers, empurrado por uma torcida que fazia bastante barulho no modesto estádio com capacidade para 8.513 espectadores, procurava encerrar o ano da melhor forma possível, até porque o Campeonato Irlandês já fora concluído e este era o último compromisso oficial dos comandados de Michael O'Neill no ano (o treinador norte-irlandês não permanece no cargo para 2012). Os primeiros minutos do time campeão irlandês até foram interessantes, mas o passar do tempo e a aproximação do Tottenham da meta defendida pelo inglês Richard Brush foram explicitando as fraquezas da equipe da casa.
O mexicano Giovani dos Santos esbanjava disposição e causava reboliço pelo flanco direito de ataque, encarando a marcação e fazendo a bola correr no ataque dos Spurs. O primeiro gol saiu exatamente por aquele setor, mas foi marcado pelo sul-africano Steven Pienaar: aos vinte e oito minutos, o meia fez a tabela e, da entrada da área, chutou rasteiro. A bola desviou num defensor e tomou o rumo do canto direito, passando pelo goleiro e abrindo o placar em Dublin.
O Tottenham nem fazia grande partida, mas as oporutnidades iam aparecendo e os gols acontecendo. Aos trinta e sete, Andros Townsend recebeu pelo lado esquerdo e chutou bonito, cruzado, mandando no ângulo esquerdo. O terceiro gol inglês saiu aos quarenta e quatro, com o atacante Jermain Defoe, que até tinha a opção do passe mas preferiu seguir seu insitinto de goleador e marcou ele próprio.
Os jogos foram para o intervalo com o PAOK vencendo o Rubin Kazan por 1a0 e com um jogador a mais (o goleiro Sergei Ryzhikov foi expulso com doze minutos e o gol de Vieirinha saiu aos quinze, em cobrança de pênalti). Ou seja, tudo o que o Tottenham precisava era que o PAOK confirmasse a vitória dentro de casa e aí era só marcar mais dois gols pra cima do Shamrock Rovers e garantir a classificação. Só que as coisas no futebol muitas vezes tomam um rumo diferente do que a lógica sugere: no começo do segundo tempo, Nelson Valdez marcou o gol de empate para o Rubin Kazan e o Tottenham sequer conseguia se impôr para aumentar a goleada. Para se ter uma idéia, o jogo terminou com igualdade percentual no tempo de posse de bola e o goleiro italiano Carlo Cudicini ainda fez bela defesa saltando ao canto esquerdo. Nos acréscimos, Harry Kane (que entrou no lugar de Defoe aos trinta minutos), marcou o último gol da partida com uma finalização da risca da pequena área. O placar de 4a0, no final das contas, não daria a classificação ao Tottenham nem em caso de o PAOK marcar o segundo gol na Grécia. Aliás, se é pra levar a Liga Europa com time reserva e banco incompleto, preferível dar adeus à competição e permitir que equipes mais entusiasmadas permaneçam na disputa.
O sorteio da próxima fase, que juntará 24 equipes classificadas na Liga Europa com 8 eliminadas na Liga dos Campeões, será realizado nessa sexta-feira. E este blógui, é claro, estará informado. E informando.
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