O Manchester United foi até a cidade de Birmingham (mais ou menos o meio do caminho até a capital Londres) e mostrou que não é por acaso que a equipe está invicta como visitante na presente temporada: com um gol do volante Phil Jones, aos dezenove minutos, a equipe de Alex Ferguson venceu o Aston Villa por 1a0, mantendo-se cinco pontos atrás do líder, o Manchester City.
O jogo (confira como foi a transmissão da partida em tempo real)
Escalado com uma linha de quatro homens na defesa, dois volantes, dois meias e dois atacantes (sendo que o mexicano Javier "Chicharito" Hernández atuava mais adiantado em relação a Wayne Rooney), o Manchester United não perturbava e nem era perturbado pelo Aston Villa nos seis primeiros minutos de partida - até porque o time da casa parecia só se preocupar em se defender. Com a contusão de Javier Hernández, que precisou deixar o campo na maca, Ferguson optou por mudar a mecânica de jogo na equipe: o colombiano Antonio Valencia entrou no jogo para atuar pelo flanco direito, deslocando o português Nani para o lado esquerdo e colocando Rooney como referência no ataque.
Não que tenha sido exatamente pela modificação tática realizada, mas o fato é que foi numa bola aberta com Nani na esquerda que saiu o gol do jogo: o português, livre de marcação, cruzou para Jones, que concluiu com categoria e estufou a rede. Foi somente a partir do momento em que se via em desvantagem no placar que os comandados do escocês Alex McLeish (xará e compatriota de Ferguson) "resolveram" ir para o ataque. Mas faltava organização e, em alguns momentos, intimidade com a ferramenta de trabalho (popularmente conhecida como "bola"). E se o placar continuou em 1a0 até o intervalo, foi sorte do Aston Villa, que contou com intervenções do goleiro irlandês Shay Given (o arqueiro acabou saindo lesionado aos trinta e oito minutos, dando lugar ao estadunidense Brad Guzan).
Nos primeiros minutos do segundo tempo, repetia-se o cenário visto antes do intervalo: o Manchester United atacando e o Aston Villa defendendo, com a torcida do time da casa cantando bastante e não sendo correspondida dentro das quatro linhas. Mas parece que a energia vinda das arquibancadas (eram 40.053 espectadores no Villa Park) foi aos poucos contagiando os "Villans", que passaram a chegar com mais perigo à área oponente. O curioso nessa história toda é que quando mais arisco ia se tornando o Aston Villa (que já colocara em campo o meio-campista búlgaro Stiliyan Petrov e o experiente atacante Emile Heskey, que alcançou a respeitável marca de quinhentos jogos na Premiership), Ferguson decidiu tirar de campo o zagueiro Rio Ferdinand para colocar o veterano meio-campista galês Ryan Giggs, maior papa-títulos na história do futebol inglês. Se o Manchester ficou desprotegido com a alteração? Que nada! O zagueiro sérvio Nemanja Vidic dava conta por baixo e por cima, pela direita e pela esquerda, dificultando as investidas do time mandante. E, lá na frente, a posse de bola do United foi visivelmente melhorada em sua qualidade.
É bem verdade que aos trinta minutos o Aston Villa quase empatou o jogo, quando o irlandês Richard Dunne levantou a bola da direita e o galês James Collins cabeceou para bonita defesa do dinamarquês Anders Lindegaard. Mas foram escassas as vezes que a equipe levou vantagem sobre a defesa visitante. Em contra-ataques, o Manchester ficou perto de chegar ao segundo gol. Aos quarenta e dois, Rooney tabelou com Michael Carrick e mandou a bola perto do travessão. Dois minutos depois, Rooney passou para Danny Welbeck (que entrara no lugar de Ashley Young, ex-Aston Villa) e o jovem atacante mandou pra rede, mas em impedimento flagrado pela arbitragem. Arbitragem essa que, aliás, foi complacente com os infratores na medida em que algumas faltas poderiam sem muito esforço terem sido punidas com cartões amarelos. Mas cabe dizer que nenhum dos três atletas lesionados ("Chicharito", Given e Jermaine Jenas) deixaram o campo devido a choque com adversário. Cartão vermelho pro gramado? Sei lá, pela televisão parecia um tapete...
Na décima quinta rodada, o Aston Villa visita o Bolton enquanto o Manchester recebe o Wolverhampton, com ambas as partidas agendadas para às 13h no próximo sábado. Mas antes desse compromisso, o United tem jogo decisivo pela Liga dos Campeões da Europa, já que na quarta-feira vai até a Basiléia, na Suíça, enfrentar o Basel - se perder, dará adeus à competição já na fase de grupos e "migrará" para a Liga Europa; mantendo a invencibilidade como visitante, o Manchester avançará às oitavas.
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