Com bola rolando, os donos da casa souberam construir a vitória. Podemos prestar muitos elogios à jogada de Ntep, que abriu a contagem aos oito minutos no segundo tempo: com pedalada estilo Robinho e objetividade estilo Robben, o francês que nasceu em Camarões ajoelhou-se para comemorar o golaço. Foi também de joelhos que muitos ao redor do mundo ficaram, em oração, pelo acidente com aquele avião. Somos seres de emoção.
Nos acréscimos, um golaço de Grosicki consolidou a vitória do Rennes diante do Saint Etienne: pegou bonito na bola e conseguiu dar a ela uma trajetória que passou caprichosamente sobre o goleiro Ruffier, beijando a trave antes de entrar. O camisa dez polonês, que começara o jogo entre os suplentes, não precisou de vinte minutos para mostrar seu talento. E nós, meros mortais, precisaremos de quanto tempo para esquecer a tragédia? Ou, se não esquecê-la, assimilá-la? Enfim, que tenhamos pela vida o carinho e o respeito que ela merece. A vida é um dos mais belos gols do Criador.
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