Foto: Emanuel Galafassi / Fotoarena |
O time de Vanderlei Luxemburgo atuou submerso num pragmatismo que funcionou desde o início, embora o placar de zero a zero tenha persistido até o momento do pênalti apitado aos trinta e dois minutos no segundo tempo. Com maior volume de jogo, o Flamengo conseguiu neutralizar os elementos mais "famosos" do adversário: o experiente Cléber Santana pouco foi capaz de produzir, o veterano Souza jogou mais pelo time de coração do que pelo de profissão e o jurássico Paulo Baier não rendeu nem nas bolas paradas. De quebra, os constantes apoios de Leonardo Moura - que acertou belo chute no travessão - ainda convidaram o hábil lateral-esquerdo Cortês a se dedicar ao campo de defesa, o que ele faz com a mesma aptidão com a que escolhe um corte de cabelo. Ou seja...
Após as entradas do argentino Lucas Mugni no lugar de Márcio Araújo e do braso-croata Eduardo da Silva no de Nixon, que se deram aos doze no segundo tempo, o Flamengo ganhou força no campo de ataque. Não por acaso, os gols da vitória foram exatamente desses dois jogadores que entraram no decorrer da partida. Aos trinta e dois, Mugni converteu pênalti em jogada que ainda rendeu cartão vermelho para João Vítor. Quatro minutos depois, Fábio Ferreira bloqueou finalização sem conseguir afastar a bola e o rebote ficou para Eduardo da Silva, que não desperdiçou.
O Flamengo de Luxemburgo, tão acostumado às vitórias por um gol de diferença (foram três por 1a0 e uma por 2a1), volta para casa com uma goleada na bagagem. Pelo menos foi assim que os torcedores rubronegros presentes no estádio do Tigre parecem ter encarado o 2a0 em Criciúma, com direito a gritos de "olé" ecoando nas arquibancadas. Com o placar, os cariocas se afastam da zona de descenso enquanto os catarinenses passam a ter um representante naquele indesejável setor na tabela de classificação. Na próxima rodada, acredite se quiser, não haverá confronto entre clubes desses estados.
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