Imagem extraída de SportingLife. |
Falha por falha, o próprio Szczesny também não primou pela eficiência no lance em que o Reading alcançou o empate. Mas a verdade é que Federici, que vinha sendo um dos destaques no jogo, conseguiu manchar com tinta permanente a sua atuação no estádio de Wembley. São coisas que acontecem no futebol e que goleiro nenhum está imune de protagonizar. Por "infedericidade" do australiano, aconteceu com ele, e o chute rasteiro de Sánchez passou por baixo de suas pernas e braços, em plena prorrogação.
Agora surge a pergunta: o Arsenal mereceu a vitória? Resposta categórica: completamente. Foi superior no primeiro tempo e também em toda a prorrogação, embora sem necessariamente dominar o adversário. No segundo tempo regulamentar, quando atuou de maneira menos organizada que o habitual, foi castigado pelo gol de empate. Mas seria um castigo muito grande se não conseguisse a classificação na busca pelo bicampeonato consecutivo no torneio mais antigo na Inglaterra. Federici evitou pelo menos dois gols, Giroud ainda acertou a trave no final, enfim... Seria azar arsenalístico demais acontecer alguma coisa diferente de uma vitória. Como o Arsenal é o Arsenal, quiseram os deuses do futebol que ocorresse na prorrogação.
Agora surge outra pergunta: o Arsenal conseguirá o título? Resposta categórica: não sou vidente. Primeiramente, aguardemos o encontro entre Aston Villa e Liverpool. O Arsenal será/seria favorito caso o primeiro avance/avançasse. Se o segundo seguir, é partida sem favoritismo e digo a razão: o aspecto emocional. E não pense que digo isso por causa de supostas assombrações que eventualmente acompanham o clube londrino. Não. É fundamentalmente porque a Copa da Inglaterra é a última chance de o capitão Steven Gerrard levantar um troféu com o Liverpool, já que o jogador anunciou sua saída do clube ao término da presente temporada. Bola por bola, o Arsenal tem mais que o Liverpool, com ou sem Gerrard. Mas vamos devagar... Há ainda o Aston Villa no meio do caminho.
No mais, parabéns ao Reading por sua segunda semifinal de Copa FA (a outra foi em 1927) e também pela entrega para tentar medir forças diante de um oponente explicitamente superior tecnicamente. Não fosse a fatídica falha, talvez pudesse ver a sorte lhe sorrir nas penalidades. Porém, não fosse o mesmo indivíduo que cometeu o erro, não teria sequer conseguido chegar à prorrogação. Suas defesas abrilhantaram o confronto.
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