Abrindo o placar com 1 minuto de partida e indo para o intervalo com uma vantagem de 3a0, o Vitória não teve dificuldades para conquistar os três pontos e se garantir fora da zona de descenso nessa rodada. O triunfo por 4a2 na ensolarada tarde baiana foi facilitado pela péssima atuação vascaína, que teve um dia deplorável no que tange ao seu sistema defensivo. Na 12ª posição, com 42 pontos, o Vasco da Gama deverá manter-se até o final da competição na zona de classificação para a Copa Sul-Americana: está longe do grupo que pleiteia a Libertadores 2011 e a ameaça de rebaixamento é quase nula.
O jogo
Sob forte calor no estádio Barradão, as equipes mal começaram a suar a camisa e o placar já seria inaugurado: Adaílton recebeu a bola na altura da intermediária defensiva, avançou em ritmo intenso pelo flanco direito, livrou-se de dois marcadores na base da disposição e finalizou com força para superar Fernando Prass, já incendiando as arquibancadas, que recebeu bom público (31.449).
O Vitória seguia melhor no jogo e envolvia a defesa vascaína com extrema facilidade. Conseguia levar vantagem nas jogadas individuais, nas bolas aéreas e pegava a maioria das sobras de bola. Parecia questão de tempo o placar ser ampliado. E era mesmo: aos 40 minutos, Elkeson chutou forte de fora da área, Prass espalmou mas não conseguiu direcionar a bola para fora da baliza, mandando pra própria rede. Nos acréscimos, o Vitória circundou a área vascaína até Egídio cruzar da esquerda, Prass afastar parcialmente e Neto Coruja cabecear para marcar o terceiro do Leão.
O Vasco tentou convencer os espectadores - e a si mesmo - de que a fatura não estava liquidada: aos 3 minutos da etapa complementar, Nunes descontou após levantamento de bola parada cobrada por Fágner. Aliás, a entrada do atacante, que começou a partida no banco de suplentes, deu-se ainda na etapa inicial.
Porém, o Vitória tratou de dar uma ducha de água fria em qualquer pretensão vascaína de evitar o revés: sete minutos depois, Júnior foi acionado, Jadson não conseguiu desarmá-lo e o "Anjo Louro" chutou firme, cruzado, mandando no quadrante 10 para fazer 4a1.
Estava fácil demais penetrar na defesa cruz-maltina e o Vitória, mesmo diminuindo o ritmo, era perigoso. Antônio Lopes promoveu duas trocas na equipe por motivos clínicos (primeiro, Wallace por Thiago Martinelli; depois, Uellinton por Renato) e a superioridade dos donos da casa se mantinha. Destaque para o veterano meia Ramón, que na experiência de seus 38 anos de idade aguentou os mais de 90 minutos de partida nos mais de 30º Celsius soteropolitanos exibindo categoria no trato com a bola. PC Gusmão, possivelmente temendo uma goleada mais contundente, tirou o atacante Éder Luís para colocar mais um homem de meio-campo, no caso Fumagalli.
Nos acréscimos da partida, Zé Roberto ia avançando e fazendo fila até ser parado com falta por Neto Coruja. O apagado camisa 10 vascaíno levantou-se rapidamente para tirar satisfação com o adversário, que acabou sendo punido pelo árbitro Wilson Luiz Seneme com cartão amarelo. Mas o castigo dado pelo futebol foi mais implacável: Fumagalli cobrou a falta com precisão e fez o segundo gol do Vasco. Se não evitava a derrota, evitou a goleada. Vitória, aliás, que foi a primeira da equipe baiana sobre um time carioca nesse Campeonato Brasileiro 2010.
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