O jogo
A presença e o entusiasmo da torcida botafoguense nas arquibancadas do estádio formavam uma atmosfera contagiante, rara nos jogos do time da estrela solitária, mais acostumado a públicos menores. Mas o futebol de alto nível apresentado pelos comandados de Caio Júnior podem ser um sinal de que o Engenhão poderá testemunhar novas belas festas como a vista no feriado de sete de setembro.
Já aos cinco minutos, Márcio Azevedo cobrou lateral pela esquerda entregando para Elkeson, o camisa 9 escapou da marcação e pôs na área para Herrera: o atacante argentino soube se antecipar ao defensor que o acompanhava e também ao goleiro Diego, esticando a perna para fazer 1a0. A explosão do grito de gol ecoou pelos quatro cantos do estádio.
Passada a forte pressão inicial e o gol sofrido, o Ceará começou a encaixar seu jogo e a freqüentar o campo ofensivo, mas sem conseguir criar chances mais agudas. O gol ficava mais perto de acontecer quando o Botafogo atacava: aos 23 minutos, Elkeson cobrou falta que Diego espalmou próximo ao ângulo esquerdo. Dois minutos depois, Herrera completou de carrinho um chute de Maicosuel e beliscou a trave direita.
A desenvoltura, velocidade e habilidade dos botafoguenses levavam o sistema defensivo cearense a buscar o último recurso para impedir as investidas de ataque dos donos da casa: cometer faltas. Heleno já havia levado cartão amarelo aos 35 minutos e Fabrício também ficou pendurado aos 40 minutos. Aos 43 minutos, Maicosuel ia passando por Fabrício com um drible e foi derrubado pelo marcador, que acabou recebendo seu segundo cartão amarelo pessoal e foi expulso de campo pelo árbitro Edivaldo Elias da Silva.
Se com igualdade numérica o Botafogo era superior, com onze contra dez a diferença de rendimento ficou ainda mais evidente. E o segundo gol já viria na cobrança de falta de onde originou a expulsão: Maicosuel cobrou direto e estufou a rede no canto esquerdo, mas a participação de Herrera resultou na marcação de impedimento (o camisa 17 teria esticado a perna de forma a atrapalhar o goleiro Diego, que a bem da verdade não chegaria na bola de um jeito ou de outro). Curiosamente, quatro atletas botafoguenses comemoravam o gol no campo de ataque enquanto o Ceará contra-atacava, mas o lance logo foi afastado pela defesa alvinegra.
No intervalo, Vágner Mancini trocou Thiago Humberto por Felipe Azevedo e o Ceará veio para o segundo tempo mais focado em buscar o gol de empate do que temeroso de levar o segundo. Aos cinco minutos, Caio Júnior mexeu: saiu Márcio Azevedo e entrou Éverton, de volta ao time após contusão. Márcio Azevedo, por sinal, tomava o rumo do vestiário sem nem passar pelo banco de suplentes, mas foi interceptado por Alessandro: o lateral-direito esbanjou profissionalismo e senso de grupo - coisas que faltaram naquele momento a Azevedo - e foi convencer o lateral-esquerdo a sentar com os companheiros. Logo ouviram-se os gritos da platéia, exaltando a atitude: "Ah! É Alessandro! Ah! É Alessandro!".
E, aos doze minutos, Éverton faria cruzamento certeiro da esquerda e Herrera cabecearia para marcar 2a0, renovando os gritos de "Uh! Herrera! Uh! Herrera!". A partir dali, o Ceará pareceu sentir que pouco poderia ser feito para evitar a derrota diante de um inspirado e estimulado Botafogo, que passou a administrar o jogo no melhor estilo barcelonista: atacando o adversário fazendo uso de belas trocas de passe. Com 27 minutos, Lucas tocou para Herrera, que deu de calcanhar para Maicosuel. O camisa 7 partiu em velocidade para a linha-de-fundo atraindo a marcação, e rolou atrás para Sebastián "El Loco" Abreu finalizar de primeira. 3a0 Botafogo e aquela admirável comemoração do atacante uruguaio, valorizando a jogada coletiva e dando moral para os companheiros.
O que já estava bonito no Engenhão ficou definitivamente marcante aos 37 minutos: "Loco" Abreu abriu de trivela na esquerda, Éverton cruzou caprichosamente por aquele lado e quem completou de cabeça foi... Cidinho, jogador de baixa estatura e que entrara no lugar de Herrera. Primeiro gol do jovem entre os profissionais - provavelmente nem ele imaginaria que fosse acontecer numa jogada aérea.
Com o festival de belos lançamentos protagonizados por Renato, com a atuação maiúscula de Marcelo Mattos, a versatilidade de Abreu (que terminou o jogo atuando como um meio-campista daqueles que distribui o jogo e dita o ritmo da partida) e os insinuantes Maicosuel e Elkeson (que no final deu lugar ao atacante Alex), a torcida botafoguense foi aos céus naquela tarde de independência. Os gritos de "Ah! É Caio Júnior!" caíram sob medida. E os de "Seremos campeões!" surgiram como uma previsão mais do que respeitável. Esse campeonato ficará em boas mãos se o troféu for para General Severiano.
Boa atuação, goleada e casa cheia: pintou o campeão?
Soham,
ResponderExcluiresses dias atras eu tinha escrito sobre esse campeoanto ciclico que estamos tendo, hoje a bola da vez é o fogão, assim como foi o São Paulo, o timão e o mengo. Mas com certeza que hoje p fogão joga o melhor futebol. Diferente mesmo foi ver a torcida do fogão, não é muito a dela encher estádio.
BLOG DO CLEBER SOARES
www.clebersoares.blogspot.com
Amigo, desconsiderei as apostas de TODOS para as partidas da Premier League. Muitos reclamaram comigo e outros tantos esqueceram de apostar, portanto, ninguém será prejudicado. Desculpe pela bagunça.
ResponderExcluirVERDADEIRO OU FALSO? #2
ResponderExcluirParticipe!!
http://britfoot.blogspot.com/2011/09/verdadeiro-ou-falso-2.html
CLASSIFICAÇÃO ATUALIZADA DO BOLÃO! http://britfoot.blogspot.com/2011/09/bolao-britfoot-4-rodada.html
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