Com outro "hat-trick" de Wayne Rooney (o "Shrek" já havia marcado três gols na rodada passada, no histórico 8a2 em cima do Arsenal), o Manchester United emplacou mais uma goleada na "Premiership" 2011-2. A vítima da vez foi o Bolton: 5a0 em pleno Reebok Stadium.
O United lidera a competição com 100% de aproveitamento nos primeiros quatro jogos e incríveis quinze gols de saldo. Já o Bolton, que estreou vencendo o Queens Park Rangers por 4a0 fora de casa, não pontuou mais e aparece provisoriamente na 12ª colocação.
O jogo
O placar sugere um passeio dos comandados do escocês Alex Ferguson, mas a realidade é que o Manchester nem foi tão preponderante assim. E nem precisava: com um futebol objetivo e de grande precisão no momento das finalizações, o time foi construindo a goleada de maneira natural, como se não estivesse fazendo esforço. Quem abriu a contagem foi o atacante mexicano Javier "Chicharito" Hernández, que aos quatro minutos se antecipou à marcação e também ao goleiro finlandês Jussi Jääskeläinen para completar o cruzamento rasteiro do português Nani. 1a0 United e indícios de uma vitória tranqüila.
Aos dezenove minutos, novamente o Manchester foi ao ataque pelo lado direito. Mas em vez da dupla Nani-Chicharito e um cruzamento por baixo, o que ocorreu foi um lançamento pelo alto onde Phil Jones encontrou Wayne Rooney: esticando a perna direita, o camisa 10 direcionou a bola pra rede, evitando a marcação do belga Anga Dedryck Boyata e tirando de Jussi Jääskeläinen. Cinco minutos depois, Phil Jones recebeu de Nani, arrancou em velocidade e chutou ao gol. Jääskeläinen até conseguiu rebater a finalização, mas o rebote caiu no domínio de Rooney, que concluiu com cum chute certeiro no canto direito. 3a0 e goleada sendo desenhada ainda no primeiro tempo de jogo.
Com a presença de Kevin Davies como referência na área, além das participações do croata Ivan Klasnic e as diversas tentativas de finalizações do búlgaro Martin Petrov, o Bolton até levava algum perigo à meta defendida pelo goleiro espanhol David de Gea. No setor de meio-campo, o brasileiro Ânderson e Michael Carrick (que entrou aos oito minutos no lugar do jovem Thomas Cleverley, machucado) não conseguiam se sobressair, o que talvez tenha sido causa (ou efeito?) do baixo rendimento de Ashley Young, pouco produtivo pelo lado esquerdo. O Bolton tinha por ali a disposição de Nigel Reo-Coker, que com muita correria e alguma técnica, tentava ajudar sua equipe a superar uma zaga formada por Rio Ferdinand e Jonathan Evans (o sérvio Nemanja Vidic foi desfalque). Mas faltava aos donos da casa a eficiência que sobrava na equipe visitante. Aos doze minutos do segundo tempo, Nani pegou a bola pela direita, encarou a marcação de Boyata e avançou até ser desarmado dentro da área por Reo-Coker. Na sobra, Carrick chutou, a bola rebateu em Boyata e foi encontrar Javier Hernández, que direcionou a redonda pro fundo da rede, marcando seu segundo gol na partida e o quarto do time (antes disso, "Chicharito" havia marcado um gol corretamente anulado por impedimento).
O atalho para a alegria era mesmo pelo lado direito: aos vinte e dois minutos, uma bola lançada do campo de defesa chegou até Nani, que entrou na área, rolou atrás e Rooney, na meia-lua, pegou de primeira, mandando no canto direito para marcar 5a0.
É bem verdade que o Bolton já havia sido facilmente envolvido pelo Liverpool na rodada passada, mas, nessa partida com o Manchester United a derrota foi mais ampla do que o domínio estabelecido de um time sobre outro. O escocês Owen Coyle pode reencontrar a vitória no próximo jogo, novamente em casa, diante do Norwich City. Para isso, o principal ponto a ser corrigido está na defesa, e me refiro mais especificamente àquilo que tange a sobra de bola. Já o Manchester United está com força suficiente para estrear com uma vitória tranqüila na Liga dos Campeões, no estádio da Luz, diante do Benfica. Depois, a parada é mais complicada e menos previsível: o Chelsea, em Old Trafford, pela quinta rodada.
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