O Figueirense deu seqüência ao péssimo momento que atravessa em partidas disputadas dentro de casa (são quatro jogos sem vencer no estádio Orlando Scarpelli) e apenas empatou com o Vasco. E olha que o time catarinense teve sorte: a julgar pelas últimas chances de gol, o Vasco poderia ter conseguido a virada em Florianópolis.
O jogo
Os primeiros minutos devem ter causado grandes expectativas aos torcedores do Figueirense que marcaram presença no estádio: pressionando o adversário com saídas em velocidade, o time da casa conseguia se manter no campo de ataque e criava oportunidades. E o gol saiu aos três minutos: Elias cobrou falta, a defesa vascaína afastou parcialmente e o volante Ygor, ex-Vasco, recolocou a redonda na área. No bate-rebate a bola foi em direção ao atacante Wellington Nem, que teve reflexo e precisão para mandar a bola pra rede.
O gol sofrido não abalou o psicológico dos jogadores do Vasco. Pelo contrário: a equipe até passou a atacar com maior organização quando em desvantagem no placar. Aos treze minutos, Fágner cruzou da direita, Roger Carvalho desviou contra o próprio patrimônio e o goleiro Wilson agiu de forma espetacular para evitar o empate. O lance era o ensaio para o gol vascaíno: cerca de três minutos depois, o mesmo Fágner recebeu novamente ali pelo lado direito e, a uns dois passos da quina da área, mandou uma bola rasteira e cruzada. Vi a repetição da jogada diversas vezes e não consegui chegar a uma conclusão se o lateral-direito tentou encontrar um companheiro ou mandar pra rede. O fato é que ninguém desviou a trajetória da bola e ela acabou entrando no canto direito, não antes sem bater na trave. Se considerarmos a difícil defesa que o goleiro Wilson havia realizado pouco antes, essa seria uma bola fácil para ele. Mas não devemos responsabilizar o arqueiro no lance, pois ao que tudo indica, o camisa 1 deve ter imaginado que fosse ocorrer algum desvio no meio de tantas pernas - vai saber se não era essa a idéia original de Fágner...
As duas equipes tiveram chances de chegar ao intervalo em vantagem, e no último lance Diego Souza lamentou a marcação de um toque de mão na jogada em que ele viraria o placar para a equipe visitante. Na minha interpretação, tanto o árbitro Nielson Nogueira Dias quanto o jogador Diego Souza erraram no lance. O primeiro por entender que o toque foi intencional. O segundo por argumentar que a bola bateu no peito. Melhor para Wilson, que também vacilou ao não manter a bola sob seu domínio.
A saída do volante Túlio ainda no primeiro tempo (o jogador ex-Botafogo sentiu uma contusão na coxa aos quarenta minutos) para a entrada de Jônatas sugeria uma maior qualidade dos donos da casa na saída de bola. Mas o que ocorreu foi uma grande perda ao Figueira na proteção à defesa, que parecia a todo momento estar exposta ao ataque adversário. A maior das chances foi acontecer mais para o final da partida, quando Diego Souza recebeu, escapou com facilidade de Juninho e também de Édson Silva, ficou de frente com Wilson, mas chutou em cima do goleiro.
Com o resultado, o Figueirense se mantém na zona intermediária da tabela (é o 10º colocado) enquanto o Vasco desperdiça a chance de assumir a liderança (o Corinthians perdeu para o Fluminense no estádio Engenhão, 1a0). Se serve de consolo aos vascaínos, a equipe termina a rodada mais perto da ponta na classificação. Mas o maior motivo de comemoração para o Vasco é uma notícia que transcente a dimensão esportiva: o treinador Ricardo Gomes segue recuperando-se bem e pode receber alta na UTI a qualquer momento. Que Deus abençoe.
SOHAM,
ResponderExcluirpena que o assoprador de apitos tenha errado em DOIS lances, hoje seria líder. Mas com certeza o Vasco esta na briga e com força. Só de não ter o peso de buscar primeiro a libertadores, já é muito bom, joga entre aspas, muito mais tranquilo.
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