Gibbs-White e Sessegnon comemoram o empate. Foto: Jan Kruger / FIFA. |
Sair perdendo para a qualificada seleção espanhola por 2a0 não é simples. Foram dois gols de Sergio Gómez em duas assistências de César. O segundo gol, aliás, uma pintura para Picasso nenhum botar defeito. Mas os ingleses mantiveram a cabeça erguida e impuseram seu jogo. Um jogo de posse de bola. Posse de bola essa tão boa, mas tão boa, que colocou a Espanha na roda. A Espanha, que ficou reconhecida mundialmente por ter a bola nos pés, hoje viu seu adversário envolvê-la.
Sessegnon e Foden formaram uma dupla sensacional pelo flanco direito. Muitas jogadas de qualidade aconteceram envolvendo pelo menos um desses dois jogadores. O primeiro gol inglês, aliás, foi num cabeceio certeiro de Brewster após cruzamento milimétrico de Sessegnon. No segundo tempo, Gibbs-White completou pra rede após passe de quem? Dele, Sessegnon. Mais tarde, Hudson-Odoi fez a assistência e Foden virou a partida. Nos últimos minutos, a Inglaterra tratou de transformar a virada em goleada, com gol de Guehi e mais um de Foden, que teve uma atuação digna do seu nome (perdoem o trocadilho).
Não faço idéia de até onde irá essa geração inglesa. O que posso afirmar com segurança é que esses garotos formaram uma equipe maravilhosa e plenamente merecedora do título mundial.
Em 2014, logo após a partida com a Costa Rica, em que a Inglaterra se despedia da Copa do Mundo no Brasil com um único ponto ganho na fase de grupos, foi dada uma declaração à imprensa dizendo que começaria ali um novo projeto desde a base. Parece que os frutos desse plantio são doces. Sem pressa, vamos ver o que está por vir. Uma Inglaterra campeã mundial nas próximas Copas? Possível. Mas uma coisa é certa: o futebol agradece por cada equipe que jogue com a graça e a elegância que jogou esse selecionado inglês Sub-17. Deu gosto. Parabéns aos envolvidos.
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