Chivas Guadalajara e Universidad de Chile de um lado. São Paulo e Internacional de outro. Estão definidas as semifinais da Libertadores da América 2010, competição que terá uma pausa e retornará após o término da Copa do Mundo, com os jogos de ida agendados para 28 de julho e os de volta para 4 de agosto.
Os mexicanos chegaram até aqui precisando fazer apenas 4 partidas, pois já entraram na competição a partir das oitavas-de-finais (fruto das questões acerca da Gripe Suína, que excluíram o clube da edição passada sob o argumento do "caos" vivido em território mexicano devido ao risco de contágio da enfermidade). E praticamente resolveu sua situação nos jogos de ida, dentro de casa, quando golearam Vélez Sarsfield e Libertad pelos mesmos 3a0. No campo do adversário, derrotas também semelhantes: 2a0 na Argentina e no Paraguai. O bom goleiro Liborio Vicente Sánchez, além do eficiente atacante Omar Bravo devem figurar como as principais esperanças da equipe por uma vaga na final. Além, é claro, de um grande resultado na partida de ida.
A Universidad de Chile chega nessa semifinal após liderar o grupo 8, onde jogou o Flamengo para a vice-liderança. Nas oitavas, classificação dramática diante do Alianza Lima. Nas quartas, reencontro com o clube brasileiro: vitória por 3a2 no Maracanã e derrota em Santiago por 2a1, garantindo vaga pelo critério de gols marcados na casa do adversário. O camisa 10 Walter Damian Montillo é muito habilidoso e pode ser considerado a maior ameaça da equipe quando tem a bola nos pés. Mas os chilenos também são perigosos sem a bola, pois demonstraram mais de uma vez, diante do Flamengo, que seus contra-ataques podem ser velozes e certeiros. Mais ainda se passarem pelo cérebro do time, Montillo.
Melhor defesa da competição. Tri-campeão das Américas e do mundo. Se isso não basta, vamos ver alguns dos nomes do atual elenco do São Paulo: Rogério Ceni, Bosco, Cicinho, Jean, Miranda, Alex Silva, Xandão, Renato Silva, Júnior César, Richarlyson, Jorge Wágner, Rodrigo Souto, Cléber Santana, Hernanes, Marlos, Dagoberto, Marcelinho Paraíba, Fernandão, Washington. Qualquer coisa diferente de título fica parecendo pouco para um clube que tem um plantel desse à disposição. Privilégio e dose-extra de responsabilidade para o técnico Ricardo Gomes.
Classificando-se na fase de grupos apenas na última rodada, a partir dali o Internacional definitivamente engrenou na competição. Nas oitavas, não se abalou com a derrota por 3a1 para o Banfield no jogo de ida, partida em que algumas decisões da arbitragem prejudicaram os colorados. Venceram por 2a0 no Beira-Rio e avançaram para as quartas. Pela frente, o atual campeão Estudiantes. Vitória por 1a0 no Beira-Rio e a partida previsivelmente emocionante de ontem, onde o Internacional conseguiu o gol da classificação aos 88', quando perdia por 2a0. Após o apito final, cenas que não combinam com o futebol, as quais prefiro nem mencionar. O Internacional de Jorge Fossati tem jogadores de qualidade, como Kléber, Guiñazu, D'Alessandro, Andrezinho, Walter, Giuliano (autor do gol supracitado), Sandro. A presença de área de Alecsandro também é algo que fortalece a equipe. A defesa tem a genética da Libertadores: o argentino Roberto Carlos Abbondanzieri no gol, o zagueiro uruguaio Gonzalo Sorondo formando dupla com o brasileiro Fabiano Eller. Se todos os setores estiverem funcionando bem, essa equipe seguirá calando os críticos, que não acreditavam numa classificação diante dos argentinos nas quartas e nem nas oitavas.
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