Botafogo e Atlético Paranaense se encontraram no Engenhão, ontem, em partida onde o foco de ambos os times era a aproximação do GL (grupo dos classificados para a próxima Libertadores, o qual foi reduzido de 4 para 3 clubes pela CONMEBOL). E, com o empate por 1a1, Bota e CAP acabaram tendo de se contentar com a 5ª e a 7ª colocação, respectivamente (há ainda 39 pontos em aberto e a concorrência pela classificação continental está acirrada: o atual 3º colocado é o Cruzeiro, com 4 pontos a frente dos cariocas e 6 dos paranaenses).
O jogo
Mesmo bastante desfalcado, o Botafogo adotou uma postura de envolver o adversário e tomou a iniciativa. O retorno de Jóbson ao ataque alvinegro foi fundamental nessa empreitada, que com seus dribles e grande agilidade causava preocupações na defesa atleticana. E o camisa 9 protagonizaria a jogada que abriria o placar: aos 22 minutos, Jóbson avançou pela direita, tabelou com Túlio Souza e tocou para Edno, que concluiu com precisão para fazer 1a0.
Houve ainda oportunidades de o placar ser ampliado na primeira etapa, mas a equipe da casa esbarrou nos próprios erros e na péssima atuação da auxiliar Márcia Caetano, que ouviu das arquibancadas o coro de "piranha" (qualquer semelhança com o tratamento a Ana Paula de Oliveira, em 2007, não é mera coincidência).
Na segunda etapa, o jogo mudou de figura: o Atlético subiu de produção e passou a ficar mais à vontade no gramado do Engenhão. Pode ser que isso tenha ocorrido pelo menor ímpeto alvinegro no jogo, mas também é possível que a causa dessa mudança de rendimento atleticano tenha contado com o dedo do treinador Paulo César Carpegiani, que no intervalo promoveu duas substituições: Wagner Diniz por Élder Granja e Chico por Paulo Baier. Aos 15', Carpegiani faria a 3ª e última mexida antes mesmo de Joel Santana acionar seus suplentes: entrou Thiago Santos no lugar de Maykon Leite.
O panorama do jogo era favorável ao Atlético, apesar do 1a0 persistir no placar. Joel, então, decidiu mexer: aos 19', entre aplausos e vaias, Lúcio Flávio deu lugar a Caio. 9 minutos depois, foi a vez de Túlio Souza deixar o campo e dar vaga para Renato Cajá. Aos 41', uma troca que custaria caro ao Botafogo: Edno saiu e quem entrou foi Elizeu, estreante na equipe. É bem verdade que Edno estava cansado e a mexida reforçaria o meio-campo, na finalidade de garantir os 3 pontos. De quebra, Edno teve a malandragem de custar a sair e forçar um cartão amarelo, ficando suspenso automaticamente de uma partida que já não poderia jogar por cláusula contratual (o Corinthians, próximo adversário do Botafogo, é detentor dos direitos do atleta). Porém, a participação de Elizeu foi desastrosa. O jovem volante errou a maioria dos passes que tentou fazer e, num deles, armou o contra-ataque atleticano: Branquinho interceptou a bola, abriu na direita com Guerrón, o equatoriano avançou, escapou de Fábio Ferreira e chutou com força para superar o goleiro Jéfferson.
No abafa, quase saiu o desempate alvinegro: aos 47', Marcelo Cordeiro levantou bola em cobrança de falta pela esquerda, o goleiro Neto afastou parcialmente e Caio emendou um chute da meia-lua, carimbando o travessão.
Se na quarta-feira o Botafogo buscou um empate heroicamente diante do Vasco, no domingo o mesmo estádio testemunhou um outro empate, dessa vez de sabor amargo, que teve o último gol também nos últimos instantes da partida. Tá explicado o título da postagem.
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