Vasco e Botafogo mediram forças no Engenhão e, pelo que se viu nos 45 minutos iniciais, dava pinta de que o Cruzmaltino sairia do estádio com uma nova vitória por goleada diante daquele adversário (na Taça Guanabara desse ano, um placar de 6a0 findou a passagem de Estevam Soares pelo Alvinegro, que foi buscar Joel Santana). Porém, mesmo perdendo por 2a0 e vendo dois jogadores saírem machucados de campo na primeira etapa, o Botafogo conseguiu correr atrás, diminuiu a diferença, teve um jogador expulso e, ainda assim, arrancou o empate nos acréscimos da partida.
Com o resultado, o Vasco soma 5 jogos consecutivos sem vencer (é a equipe que mais vezes empatou na competição, com 12 placares na igualdade) enquanto o Botafogo não ganha há 3 jogos. Se o Vasco está em 13º, o Botafogo já não mais comemora o 4º lugar: a CONMEBOL decidiu, ontem, cortar a vaga do 4º colocado da Série A brasileira, argumentando que o título continental não mais cria uma vaga extra para o país que sedia o clube campeão. Portanto, os brasileiros na Libertadores 2011 serão Internacional, Santos, os 3 primeiros na Série A e, caso ocorra, o campeão da Copa Sul-Americana.
O jogo
O Vasco começou melhor a partida, tomando a iniciativa e criando as chances mais agudas. A equipe botafoguense tinha dificuldades de circular a bola, que passava demasiadamente pelos pés de Leandro Guerreiro e Fahel, jogadores sem o mesmo poder de criação de Maicosuel, que atuava adiantado. O negócio pioraria para o Botafogo aos 13 minutos, quando Antônio Carlos sofria falta - ignorada pela arbitragem de Felipe Gomes da Silva - e, no contra-ataque, Ramón fintou Alessandro e contou com desvio em Danny Morais para superar o goleiro Jéfferson. Antônio Carlos, lesionado, deu lugar ao atacante Caio.
O Botafogo até cresceu no jogo, teve chances de alcançar o empate em finalizações de Maicosuel, mas sem êxito. Na última delas, aos 29 minutos, o camisa 7 arrancou em velocidade driblando Dedé e, cara-a-cara com Fernando Prass acabou chutando fraco: pior do que o gol não feito foi ver o jogador saindo de campo com suspeita de entorse no joelho. Quem entrou em seu lugar foi o argentino Germán Herrera.
Com 36', Éder Luís recebeu pelo setor esquerdo, passou por Alessando e chutou cruzado, no canto, estuando a rede alvinegra e colocando 2a0 no placar. Em contra-ataque aos 44', o mesmo Éder Luís ficou perto de transformar a vantagem em goleada, mas o chute saiu à direita.
Na segunda etapa, mais ligado e objetivo, o Botafogo logo alcançou o primeiro gol: em bola levantada pra área, Fernando Prass afastou apenas parcialmente, Herrera recolheu e encobriu goleiro e defensores vascaínos com um toque consciente de cabeça, aos 8'.
O jogo era outro. O Botafogo voltou a adotar a filosofia de jogo com a qual faturou os dois turnos do Estadual 2010, isto é, na ligação direta com "Loco" Abreu. O Vasco levava perigo nos contra-ataques, mas acabava pecando nas finalizações. Na marca de 17 minutos, o camisa 17, autor do gol alvinegro, era expulso pelo segundo cartão amarelo. A partir de então,a recuperação botafoguense na partida ganhou contornos de heroísmo, cujo ponto culminante deu-se nos instantes finais do jogo: em cruzamento na área, Tite levou o braço à bola e não deu outra escolha ao árbitro que não a marcação da penalidade máxima. Na cobrança, Abreu mandou no quadrante 10 e garantiu um empate com sabor de vitória ao clube de General Severiano.
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