domingo, 14 de janeiro de 2018

Palmeiras Pinta O Sete Em Taubaté

Num torneio com 128 equipes e que é disputado em cerca de três semanas, muita coisa acontece e muita coisa deixa de acontecer. A Copa São Paulo de Juniores 2018 está em ritmo frenético. Times que se classificaram anteontem jogam hoje para buscar o direito de voltar ao campo depois de amanhã.

Acho a Copinha a dona de um dos calendários mais estúpidos do esporte mundial. Não "apenas" pelos jogos em curto intervalo de tempo, mas também por se tratarem de partidas realizadas sob o sol do meio-dia em pleno verão paulista.

Dito isso, partidas com nível técnico abaixo do potencial são plenamente justificáveis. Só que o Palmeiras passou por cima de tudo isso e deu um espetáculo diante do Taubaté. O placar de sete a zero (seis desses gols foram anotados após o intervalo) é mero reflexo da superioridade alviverde. Uma superioridade daquelas de quem supera adversário, sol, gramado, calendário. Um time com vocação ofensiva e muita facilidade de alternar os mecanismos de transição ao ataque. Equipe que envolve o oponente tocando a bola e impondo velocidade. Candidata ao título e, principalmente, a ofertar jovens de muita qualidade ao futebol profissional. Futebol profissional este que não apresenta um calendário dos mais humanos mas que, pelo menos, não é tão cruel quanto esse sub-20. Se me dissessem que o regulamento foi proposto pelo PSDB e sancionado pelo Michel Temer, eu acreditaria.
Alan Guimarães e Yan comemoram: Palmeiras pintou o 7 em Taubaté. Foto: Agência Palmeiras.

sábado, 6 de janeiro de 2018

Cuidado, O Tubarão Vai Te Pegar!

Janeiro é um período especial não somente por marcar o início de um novo ano. No calendário futebolístico, este mês abraça a competição sub-20 mais atrativa do Brasil, que é a Copa São Paulo de Futebol Júnior.

Hoje, na cidade de Marília, Tubarão e Fluminense entraram em campo para partida válida pela segunda rodada na fase de grupos - o clube catarinense havia estreado com derrota (4a3 para o Marília) enquanto o Tricolor das Laranjeiras já somava três pontos na tabela de classificação (3a0 sobre o Mogi Mirim).

Considerando a tradição da camisa, a quantidade de jogadores revelados ao longo do tempo, a estrutura na base, e tantos outros fatores, o favorito ao jogo só poderia ser o Flu. E o Flu abriu o placar no início, dando a impressão de que encaminharia a vitória com relativa naturalidade.

Mas o time carioca não contava com a astúcia do Peixe. Bem distribuído pelo oceano, digo, pelo gramado, o Tubarão conseguia alcançar o último terço de campo em jogadas bem tramadas que exploravam os flancos e causavam dificuldades aos defensores oponentes. Israel Júnior esbanjava habilidade e era a figura mais ativa no campo de ataque catarinense. E eis que saiu o gol de empate: o próprio Israel Júnior recebeu em velocidade, arrumou com um toque de qualidade, avançou e chutou com categoria para desviar a bola da rota do goleiro Heitor.

O segundo tempo era promissor, pois ambos os times mostraram qualidades ofensivas que deixavam a partida bastante aberta. E se o tubarão é o senhor dos mares, o Tubarão se mostrou dono de Mar-ília: jogando pra cima, impondo velocidade e rodando a bola, a equipe virou o jogo em belíssima finalização de Luciano. Mais tarde, ficou com um jogador a mais quando Alex foi expulso (poderia e deveria ter sido expulso minutos antes, por cotovelada que passara impune).

E o Tubarão, tal qual um legítimo predador, sacramentou a vitória em cobrança de pênalti no canto esquerdo. Naquele momento, o time de Santa Catarina adentrava na zona de classificação para a próxima fase, mas um gol do Fluminense nos acréscimos colocou os cariocas em melhor situação no saldo. Definições somente na rodada derradeira. Quem andar na prancha, já sabe: cuidado, o Tubarão vai te pegar!
Bruce, do filme Procurando Nemo: "peixes são amigos, não comida". O Tubarão hoje devorou o Pó-de-arroz.