segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Equipe E Jogada Da Semana

Se o Campeonato Brasileiro fosse um circuito de automobilismo, estaríamos nesse momento entrando na reta final do percurso. E a equipe da semana percorreu um belo trajeto na busca pelo primeiro lugar. Entre um domingo (14.10.2012) e outro (21.10.2012), o Atlético Mineiro somou sete pontos em três jogos. Começou com uma vitória dentro de casa diante do Sport Recife (2a1, de virada, com direito a gol nos minutos finais). Seguiu com um empate em 2a2 diante do Santos, na Vila Belmro (a equipe tomou o gol mais rápido na atual edição da competição, levou depois o 2a0 mas teve forçar para buscar a igualdade ainda antes do intervalo). E, para coroar a semana atleticana, uma vitória por 3a2 pra cima do Fluminense, encurtando para seis pontos a distância ao topo da tabela classificatória. Detalhe: gol da vitória saindo nos acréscimos.

O Atlético Mineiro não depende apenas de si para faturar o caneco nacional. Mas, se dependesse de mim, o título já era de Cuca e seus comandados. Não vejo no momento nenhuma equipe mais merecedora dessa conquista.

Jogada da semana

Com vocês, mais um espetáculo de Neymar na Vila Belmiro (quarta-feira, 17.10.2012, na 31ª rodada no Campeonato Brasileiro).

sábado, 20 de outubro de 2012

Com Gol De Holt E Defesa Funcional, Norwich Vence Arsenal


Um gol do centroavante Grant Holt, aproveitando rebote do goleiro Vito Mannone aos dezenove minutos, foi tudo o que o Norwich City precisou para vencer o Arsenal no estádio Carrow Road. Quer dizer, o gol de Holt (acostumado a balançar a rede dos ditos clubes grandes ingleses), foi o único acontecimento que fez o placar ser alterado. Não tivemos mais gols graças, sobretudo, a duas coisas: a intensa aplicação dos donos da casa em se defender com os onze homens no próprio campo e a falta de inspiração dos visitantes em conseguir jogadas de penetração.

O Arsenal dominou territorialmente, fiel a uma filosofia de jogo implementada pelo ótimo Arsène Wenger - Ramsey, Arteta, Cazorla, Podolski, Gervinho e Giroud formaram o sexteto ofensivo da equipe, que a todo momento circulava a bola no campo de ataque. Apesar de administrar a posse com competência, o time parecia previsível no momento de dar aquele passe mais agudo. A entrada de Chamberlain no segundo tempo poderia dar maior velocidade pelos flancos, mas o jogador sentiu uma contusão e não ficou nem dez minutos no gramado.

A posterior entrada de Arshavin melhorou a qualidade do passe e parecia que o gol amadurecia. Mas todas as poucas chances claras de empate foram frustradas, esbarrando na segura atuação do goleiro John Ruddy ou na muralha verde-amarela que protegia a sua grande área. A última cartada de Wenger foi a entrada do jovem atacante alemão Gnabry, mas a maior chance de novo gol no jogo foi do Norwich, quando Vermaelen escorregou pouco a frente da linha do meio-campo e Holt arrancou sozinho, desperdiçando o que seria o segundo gol numa cavadinha que facilitou a intervenção de Manonne. De toda forma, a maioria dos 26825 presentes festejaram o resultado que tirou o Norwich da zona de rebaixamento - foi a primeira vitória dos Canários no campeonato. Em nono, o Arsenal se afasta do topo da tabela (está a dez pontos do líder Chelsea, que venceu o Tottenham no estádio White Hart Lane por 4a2).

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Zerados E Correndo Perigo


Foi uma partida de oscilações. Na etapa inicial, o Flamengo teve uma única oportunidade clara de gol, que Vágner Love quase converteu, em jogada individual. De resto, as principais chances de balançar a rede antes do intervalo foram da Portuguesa, que tinha maior volume de jogo e maior pode de aproximação no campo de ataque.

Veio a segunda etapa e com ela as ocasiões mais evidentes de se tirar o zero do placar. Dida e Felipe fizeram pelo menos uma defesa daquelas que podem ser rotuladas como espetaculares, beirando o inacreditável. Mas o maior responsável pela manutenção do 0a0 não foi nenhum dos goleiros - foi Love. Para sorte dos donos da casa, que tiveram atuação desastrosa pós-intervalo, o camisa noventa e nove rubronegro conseguiu a proeza de chutar na trave uma bola sem goleiro (Dida estava mal colocado no momento do remate) e no travessão uma outra bola de frente para a baliza.

O empate não é de todo ruim para os clubes que duelaram no Canindé nessa noite de quarta-feira, mas a vitória do Palmeiras sobre o Bahia deixou ambos os times mais próximos da zona indesejável. Geninho precisará deixar a Portuguesa mais próxima do que apresentou no primeiro tempo e o mais distante possível da afobação apresentada na volta do vestiário. Dorival Júnior, se tiver algum juízo, perceberá que usar simultaneamente Luiz Antônio, Aírton, Amaral, Renato Abreu e Cléber Santana não facilitará as coisas para sua equipe, que não vence há cinco jogos. A permanência de  Darío Bottinelli no banco fica como um enigma, quer dizer, a menos que o resultado tenha sido considerado satisfatório...

domingo, 14 de outubro de 2012

Santos Supera 'Neymardependência' E Vence Vasco


Santos e Vasco se enfrentaram na Vila Belmiro com pelo menos uma coisa em comum: ambos foram a campo desfalcados de seus principais jogadores. Sem a experiência e liderença de Juninho Pernambucano, o meio-campo vascaíno foi sofrível na partida. Felipe e Carlos Alberto não foram capazes de conduzir o time com grande qualidade ao ataque, embora uma ou outra oportunidade tenham sido criadas. A entrada de Marlone no segundo tempo até deu novo ânimo, mas pouco acrescentou ao time comandado por Marcelo Oliveira. Pelo lado do Santos, a ausência de Neymar já é por si só significativa. Somando-se a ela as de Bernardo e André, imagina o estrago ofensivo. Mas Muricy Ramalho, pasmem, conseguiu armar uma equipe ligeira e, em alguns momentos, envolvente. E, tirando proveito da marcação em linha da defesa oponente, o argentino Miralles precisou de dois momentos de liberdade para marcar os dois gols do jogo, um no início de cada tempo. Primeiro, recebeu passe de Bill, que estava praticamente na linha média do gramado. Depois, mais próximo da área, Felipe Ânderson deu a assistência, também tirando proveito da (des)marcação em linha dos visitantes.

O Santos não encantou, até porque time de Muricy Ramalho não vai a campo com esse objetivo. Mas jogou para vencer e mereceu a vitória. O Vasco, ineficaz sem a bola e inoperante com ela, foi presa fácil. Com Neymar em campo, talvez tivéssemos uma goleada na tarde santista. Com Juninho, talvez o Vasco, pelo menos, impusesse maior resistência.

Com 41 pontos, o Santos sobe na tabela e se afasta da zona de descenso (o Sport abre o setor indesejável na tabela classificatória com 27). Com 50, o Vasco vê interrompida uma sequência de 54 rodadas integrando o chamado "G4", situando-se dois pontos abaixo do São Paulo, que pela primeira vez nessa edição consegue chegar lá.

Na próxima rodada, o Santos recebe o vice-líder Atlético Mineiro. O Vasco faz clássico carioca e alvinegro com o Botafogo.

Anteontem publicamos entrevista com Luiz Ademar, que defende o trabalho de Muricy. Confira!

sábado, 13 de outubro de 2012

Paraná Faz 3, Desbanca Líder E Se Afasta Da Zona De Risco

Na tarde desse sábado, na Vila Capanema, o Paraná Clube conseguiu uma vitória importante: além do efeito matemático de se afastar da zona de rebaixamento, há o efeito psicológico de conseguir desbancar o então líder da competição - e com uma atuação convincente.

Não que os comandados de Toninho Cecílio tenham sido brilhantes, mas fizeram o necessário para serem superiores à qualificada equipe do Vitória e vencer a partida por 3a1. Bem posicionado na armação de jogadas, o experiente meia Lúcio Flávio foi elemento relevante para os donos da casa, que abriram 2a0 no primeiro tempo com dois gols do centroavante Arthur: em dois cruzamentos vindos da direita, a defesa visitante vacilou na marcação e permitiu que o camisa nove paranista finalizasse com liberdade em ambas as ocasiões (na primeira aproveitando rebote e na segunda apenas conferindo cruzamento preciso de Lúcio Flávio).

Na segunda etapa, Paulo César Carpeggiani - que comandava o time das tribunas e de lá orientava seu auxiliar - buscou através de substituições de jogadores modificar o panorama da partida. A equipe até melhorou, mas sem justificar a condição de líder no torneio. Nos acréscimos, o jogo ganhou em agitação. Primeiro, Wendel marcou um golaço após receber na área, limpar a marcação com um drible seco e chutar rasteiro, praticamente da marca do pênalti, no canto esquerdo. Sendo goleado, alguns jogadores do Vitória saíram do eixo, com direito a áspera discussão entre Fernando Bob e Élton. Mas Élton, visivelmente estressado, teve um momento de alegria, descontando com gol aos quarenta e sete.

O Vitória atravessa má fase na condição de visitante, somando três pontos nos últimos cinco jogos fora de casa. E, com a vitória do Criciúma sobre o Boa (4a0, também fora de casa), perdeu a liderança para a equipe catarinense. Já o Paraná, que venceu a segunda consecutiva em seus domínios, subiu três posições na tabela e passa a ocupar a 11ª colocação na Série B 2012.

Ontem publicamos entrevista exclusiva com o comentarista Luiz Ademar, confira.

sexta-feira, 12 de outubro de 2012

Entrevista Com Luiz Ademar

Se soubesse falar, a seção de entrevistas do blógui Jogada De Efeito diria: "olha eu aqui!". Cá estamos e, com grande satisfação, trazendo o jornalista Luiz Ademar para compartilhar conosco acerca de algumas das suas opiniões sobre o futebol.

Veja também como foram as entrevistas com Marcos Timóteo e Cleibson Ferreira.

Apresentando o entrevistado

Nome: Luiz Ademar Campos Júnior
Idade: 44 anos
Jornalista pela FIAM (formado em 1990), iniciou na Folha Metropolitana de Guarulhos (em 1991). Foi para o Diário Popular, que virou Diário de São Paulo. Também trabalhou no WebAmigos, Textual, Lance, Sobral, Jornal Arquibancada, Globoesporte.com, Kigol e Jornal O Movimento. Atualmente é comentarista esportivo no SporTV/PFC.
Administra o "Blog Do Ademar (Futebol Caipira, Nacional E Internacional)"

A entrevista

Jogada De Efeito: Hoje se discute muito a questão do calendário futebolístico brasileiro, apontando para um número de jogos altamente convidativo a ocorrência de lesões e desgastes físicos que poderiam ser amenizados se fosse menor a quantidade de partidas ao longo da temporada. Gostaria de saber como você vê esse cenário e, especificamente quanto aos Campeonatos Estaduais, se você defende sua permanência ou extinção.

Luiz Ademar: Existe muita hipocrisia no calendário do futebol brasileiro. Os clubes reclamam que jogam muito, mas pediram para jogar mais. Vejo o caso da nova Copa do Brasil em 2013. Até os clubes que disputam a Libertadores jogarão a Copa do Brasil. A não ser que estejam nas quartas-de-final. Os que forem eliminados antes na Libertadores seguem imediatamente para a Copa do Brasil. Ou seja, todos querem jogar competições importantes para ganhar dinheiro com a TV e com rendas. Eu entendo que o calendário do futebol brasileiro é adequado com Campeonatos Estaduais, Copa do Brasil, Libertadores, Sul-Americana e Brasileiro. Basta agendar jogos corretamente. O maior erro está no calendário da Seleção Brasileira. Quando o Brasil jogar, os demais campeonatos precisam parar.
Defendo Campeonatos Estaduais curtos. É um erro jogar 19 rodadas no Paulistão, por exemplo, para definir os 8 primeiros. Poderíamos dividir em duas chaves com 10 clubes. Nove jogos, em turno único, e os quatro primeiro de cada chave disputariam o título. Teríamos menos jogos. Lesões e desgaste físico acontecem porque no Brasil não estamos acostumados a ter um elenco e mudar o time titular de acordo com os interesses do clube. É possível, por exemplo, jogar o Brasileirão com o time titular, a Sul-Americana, com os reservas, ou o chamado time alternativo, e pronto.
Sou favorável ao calendário atual do Brasileiro, apenas com menos jogos nos Estaduais, com os grandes entrando a partir da terceira fase na Copa do Brasil, e Brasileirão com pontos corridos.

Jogada De Efeito: A seleção brasileira caminha para a Copa do Mundo sem obter resultados convincentes nas competições oficiais, situação diametralmente oposta à "Era Dunga", quando a equipe venceu todos os torneios disputados até cair nas quartas-de-final na Copa-2010. Como você avalia a "Era Mano" e onde precisamos melhorar com maior urgência a fim de chegarmos mais fortes na próxima Copa?

Luiz Ademar: O Mano não teve competência para definir um time titular, um grupo base e um determinado esquema tático. Também convocou muitos jogadores comuns para vestir a camisa brasileira. Mas ainda temos tempo de montar um time forte e competitivo. Basta definir o time titular. Tentar convocar, na medida do possível, os seus 22 jogadores preferidos, e definir esquema tático. Depois, o ideal, é fazer amistosos com seleções de ponta e não contra timinhos.

Mano Menezes, atual treinador da seleção brasileira, é alvo de críticas de Luiz Ademar: "não teve competência para definir um time titular".
 
Jogada De Efeito: Josep Guardiola é considerado por muitos como um técnico revolucionário na medida em que conseguiu realizar um trabalho desde a base barcelonista até a equipe principal onde a filosofia de jogo baseada na posse de bola ditava o ritmo das partidas. Além de bonito de se ver jogar, o Barcelona de Guardiola foi eficiente, ganhando diversos títulos importantes. O nome de Guardiola seria bem-vindo para assumir o comando da seleção brasileira ou você vê outras opções domésticas (ou mesmo internacionais) mais interessantes?

Luiz Ademar: Não apostaria em Guardiola. Ele não conhece o futebol brasileiro à risca. Conhece em teoria e não na prática. Até conhecer perderíamos tempo e a Copa das Confederações já será no ano que vem. Entendo que Muricy e Luxemburgo seriam mais interessantes.

JdE: Apesar dos tantos títulos no currículo, não acha que o atual trabalho de Muricy Ramalho no Santos deixa o time mais dependente do craque (Neymar) do que do conjunto da equipe? Com Neymar jogando, a equipe santista tem aproveitamento melhor que o do líder, enquanto sem ele em campo a campanha torna-se pior que a do lanterna...

LA: O Muricy é um dos melhores treinadores brasileiros. Conquistou títulos importantes no Santos. Em 2012, por exemplo, foi campeão no Paulistão e na Recopa. Porém, no Brasileiro, ele não conseguiu dar padrão tático. O Santos é muito dependente de Neymar. Mas qual time não seria? Essa avaliação só poderá ser feita em 2013, quando ele ganhará reforços e o time começará do zero, sem ter a vaga na Libertadores. Não podemos julgar o Muricy apenas pela má fase no Brasileirão, quando está muito dependente do Neymar.

JdE: Quais campeonatos pelo Brasil e pelo mundo mais gosta de assistir e quais suas expectativas para a próxima Copa do Mundo, a segunda a ser disputada em solo brasileiro?

LA: Eu assisto todos. Todos mesmo! Gosto do Brasileirão, da Libertadores e da Liga dos Campeões. Mas acompanho todas as divisões do Paulista, a Copa Paulista, adoro a Série B, C e D do brasileiro. Sou comentarista e não posso me dar ao luxo de assistir somente as melhores partidas e competições. Preciso e gosto de ver tudo! E a Copa do Mundo do Brasil será alegre, atrativa e, infelizmente, repleta de superfaturamentos em obras, como mostra a maioria dos estádios, e sem a infraestrutura necessária em todos os aeroportos. Uma pena!

Jogada De Efeito: A pergunta que não podia faltar: quem são, na sua opinião, os melhores jogadores de cada posição na atualidade? Pode escalar o seu "time dos sonhos" com a tática que preferir.

Luiz Ademar: Time dos jogadores que vi em ação. Nasci em 68 e passei a acompanhar futebol de 75 em diante. Portanto, a minha seleção, só com jogadores brasileiros, é a seguinte:
Rogério Ceni; Leandro (Flamengo), Oscar, Dario Pereyra e Júnior (Flamengo); Falcão, Sócrates e Zico; Careca, Romário e Ronaldo. Técnico: Telê Santana.
Sócrates Brasileiro Sampaio de Souza Vieira de Oliveira, o "Doutor Sócrates", foi lembrado por Luiz Ademar na escalação de seu "time dos sonhos".
 
Então é isso... fica aqui registrado o agradecimento ao Luiz Ademar, que contribuiu gentilmente para esse espaço. A todos vocês, Feliz Dia Das Crianças!

(entrevista concluída em 1º de outubro de 2012)


quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Brasil Goleia Em Amistoso De Araque


Agrada-me ver a seleção montada de maneira leve, que flui da defesa para o ataque. Paulinho e Ramires encabeçando a proteção à defesa e auxiliando Oscar na armação de jogadas para Kaká e Neymar é uma formação interessante. O próprio uso de Adriano na lateral-direita foi proveitoso - tá aí um jogador canhoto que dá pra chamar de ambidestro.

O que fico sem entender é a insistência de Mano Menezes com Givanildo (vulgo "Hulk"). A insistência da CBF em agendar amistosos com seleções de qualidade pra lá de duvidosa (se bem que no caso já dá pra ter certeza da falta de qualidade). Vamos combinar que não iremos encontrar China nem Iraque na Copa de 2014.

De toda forma, com esse desenho tático, creio que podemos avançar satisfatoriamente até a Copa das Confederações, último grande teste antes do Mundial. Gostaria de ver Lucas sendo mais - e melhor - utilizado. Gostaria de rever Ronaldinho e Nilmar entre os convocados. Mas, em se tratando de Mano, o que vi hoje diante dos iraquianos foi altamente positivo.

Não sei se diante de um adversário minimamente organizado (com todo respeito ao Zico, mas a seleção que o "Galinho de Quintino" comanda parece totalmente carente de um padrão), Mano quererá repetir formações sem um centroavante de referência. Se sim, que saia Hulk para a entrada do "camisa nove". Se não, que saia Hulk para a entrada de Lucas ou Ronaldinho. Mas com Hulk não dá.

Em tempo: ótimo o retorno de Kaká. Seu desuso no Real Madrid me leva a conclusão natural de que há alguma coisa não muito redonda na relação entre ele e José Mourinho. Digo isso porque não acredito na possibilidade de que sua condição de reserva por todo esse tempo se baseie em "critérios técnicos". Se for, ô técnico ruim esse português...

domingo, 7 de outubro de 2012

Super Clássico É Esse Aí


Barcelona e Real Madrid jogaram hoje, domingo eleitoral no Brasil, o clássico espanhol (ou hispânico-catalão, se preferir). Com dois gols pra lá e dois pra cá, Lionel Messi e Cristiano Ronaldo foram os protagonistas em partida bastante movimentada.

Tudo bem que o Barcelona não desenvolveu aquele estilo de jogo visto tantas vezes com Josep Guardiola, mas Tito Vilanova foi fiel à proposta implementada pelo seu antecessor e a equipe da casa ditou o ritmo dos acontecimentos. Esbarrou num Real Madrid bem postado, que saía em velocidade para os contra-ataques, e que na maior parte do primeiro tempo jogou de igual para igual (sendo inclusive superior em alguns momentos). Na segunda etapa, o Barça sobrou em campo. As maiores chances de desempate deram-se nos minutos finais, em finalizações de Montoya (no travessão) e de Pedro (perto da trave direita). Persistiu o 2a2, onde as alterações de cada treinador talvez possam explicar melhor quem gostou e quem não gostou do resultado: se Vilanova pôs Sánchez no lugar de Fàbregas, Mourinho trocou Di María por Essien...

Assim sendo, os barcelonistas lideram o Campeonato Espanhol (com seis vitórias e esse empate nos sete jogos) e os merengues aparecem em sétimo (três vitórias, dois empates e duas derrotas).