Campeão da Copa do Brasil (e por isso já garantido na Copa Libertadores da América 2012) e semifinalista na Copa Sul-Americana (de onde vem de uma virada sensacional na fase quartas-de-final). Tá bom ou quer mais? Pois os vascaínos querem mais: com a vitória por 2a0 no clássico com o Botafogo, o Clube da Colina mostrou encontrar-se em condições de faturar também o Campeonato Brasileiro 2011, competição onde possui a mesma pontuação que o atual líder, o Corinthians. Ao Botafogo, resta fazer nas próximas quatro rodadas o que não conseguiu nas últimas duas: vencer. O título parece ter ficado mais longe de General Severiano, mas a vaga na Libertadores é um objetivo palpável.
O jogo
O Botafogo começou melhor que o Vasco, atacando empenhadamente e em alguns momentos sufocando a saída de bola cruzmaltina. Mas o passar dos minutos foram mostrando, lance após lance, que só havia um time consciente daquilo que estava fazendo: o Vasco. Com a segurança do zagueiro Dedé e a proteção de uma trinca de volantes, Cristóvão Borges conseguiu dificultar as investidas de Elkeson e Maicosuel e, talvez principalmente, ganhou as laterais do campo - Fágner dava um passeio em Cortês pelo flanco direito enquanto Jumar dava conta de Lucas no lado oposto.
Aproveitando-se da desorganização do time de Caio Júnior, o Vasco tirou proveito dos vacilos botafoguenses para abrir o placar e construir a vitória. Em contra-ataque onde a defesa do Botafogo estava escancarada, Fellipe Bastos recebeu na esquerda e não desperdiçou, inaugurando o marcador aos dezesseis. A má pontaria vascaína e a grande atuação de Jéfferson (que defendeu pênalti cobrado pro Diego Souza) evitaram um placar mais dilatado antes do intervalo.
No segundo tempo, com Bruno Tiago no lugar do contundido Marcelo Mattos, as coisas até davam sinais de que poderiam melhorar no Botafogo (até porque, pior do que estava era difícil ficar). Só que os erros de passe, de marcação e de posicionamento alvinegros tornaram a acontecer, facilitando o trabalho para o bem armado time do Vasco. Aos treze minutos só não ocorreu o segundo gol em cabeceio de Renato Silva porque Jéfferson conseguiu defender de maneira maravilhosa, daquelas intervenções que por si só já valem o ingresso. Só que dois minutos depois, nada poderia ser feito para impedir que o cabeceio de Dedé chegasse à rede: 2a0 Vasco, após novo erro botafoguense.
Se alguém supunha que a expulsão de Rômulo, aos trinta e um, pudesse dar maior emoção ao jogo, enganou-se: o Botafogo estava entregue a uma apatia tamanha que nem a vantagem numérica tornou o time mais incisivo ou mesmo perigoso. O Vasco parecia ter total controle dos acontecimentos, ciente do que precisava ser feito para garantir o resultado. E fez. E garantiu. Para festa da maioria dos mais de 33.000 presentes no estádio Engenhão.
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