Após cinco vitórias consecutivas na Premiership - numa arrancada que voltou a credenciar a equipe de Arsène Wenger a maiores ambições no torneio -, o Arsenal apenas empatou com o também londrino Fulham, no estádio Emirates, diante de mais de 60.000 espectadores. No 1a1, destaque para as atuações de dois zagueiros. O primeiro é o suíço Philippe Senderos, ex-Arsenal, que teve performance de gigante na defesa do Fulham. O segundo é o belga Thomas Vermaelen, que entre uma infelicidade na própria área e precisão na área oponente, marcou os dois gols do jogo.
Três pontos acima da zona de descenso, o Fulham conseguiu um resultado raro: em vinte e seis partidas como visitante diante do Arsenal, esse foi o quarto empate conquistado (todas as outras vinte e duas partidas terminaram com o time da casa como vencedor). Três pontos abaixo da zona de acesso à Liga dos Campeões da Europa, o Arsenal terá como próximo adversário o atual líder na Premiership. Só que a partida com o Manchester City é válida por outra competição: a Copa da Liga Inglesa. Os comandados de Arsène Wenger estão há dez jogos invictos na presente temporada, silenciando os "trombeteiros do apocalipse" que tanto corneteavam o trabalho do técnico francês após um início de temporada com resultados adversos.
O jogo (confira como foi a transmissão da partida em tempo real)
Logo aos três minutos os donos da casa já mostraram que não era nada por acaso o grande momento vivido na temporada: após troca de passes, Robin van Persie deu bela enfiada de bola e Andrey Arshavin ficou na cara do gol, chutando no canto esquerdo e estufando a rede. Mas o auxiliar flagrou impedimento do jogador russo no lance e acusou corretamente a irregularidade, mantendo o placar zerado. Três minutos depois, aos seis, uma nova troca de passe deixou dessa vez Aaron Ramsey em condição de abrir o placar, mas a finalização do jovem meio-campista galês foi defendida pelo experiente goleiro australiano Mark Schwarzer.
O Arsenal dava preferência a atacar pelo setor esquerdo e pela faixa central, raramente acionando o ágil Theo Walcott no flanco direito. E numa de suas primeiras participações na partida, Walcott semeou o pânico na defesa adversária, arrancando em velocidade desde o campo de defesa, invadindo a área e passando para Ramsey, que chutou por cima, aos vinte e três minutos. Aos trinta e três, uma bela triangulação envolvendo Walcott, van Persie e Arshavin terminou em voleio do russo, que passou à esquerda. Nos acréscimos, uma jogada de bola parada quase terminou em gol, com o cabeceio do zagueiro alemão Per Mertesacker passando perto da trave esquerda. Foi o último lance no primeiro tempo, dominado pela equipe da casa.
Com quatro minutos no segundo tempo, uma tabela bem trabalhada entre o brasileiro André Santos e Andrey Arshavin só não foi mais perigosa porque o Fulham tinha Senderos para interceptar o cruzamento do lateral-esquerdo. Aos treze, foi a vez de Christopher Baird frustar os planos do Arsenal abrir o placar: van Persie recebeu na direita um passe de Mikel Arteta, fez a parada, trouxe para trás e chutou cruzado uma bola que passou por Schwarzer mas não por Baird.
O Arsenal trabalhava a bola, explorava os lados do campo, fazia jogadas de penetração, conseguia finalizar, mas aos dezenove minutos conheceu um pouco da "Lei de Murphy": Danny Murphy lançou para a área encontrando o norueguês John Arne Riise, o belga Thomas Vermaelen tentou fazer o corte mas acabou mandando a bola para a própria baliza. Gol contra do defensor, que vinha fazendo boa partida, e placar inaugurado no estádio Emirates. Três minutos depois, o que estava ruim poderia ter ficado pior para o Arsenal: Bobby Zamora recebeu nas costas da defesa e finalizou com estilo, no canto esquerdo. Só que o auxiliar, mais uma vez precisamente correto, acusou impedimento e manteve o placar em 1a0.
Arsène Wenger tratou de convidar o Arsenal a ir com ainda mais elementos ao ataque, trocando o zagueiro Per Mertesacker e o meia Aaron Ramsey por Abou Diaby (que entrou bem no jogo) e por Gervinho, muito participativo pelo flanco esquerdo. Pouco depois, foi a vez do atacante marroquino Marouane Chamakh entrar no lugar de Arshavin. E eis que aos trinta e seis minutos, a pressão dos donos da casa teve efeito no placar: cruzamento de Walcott pela direita e Vermaelen, ele mesmo, que dezessete minutos atrás marcara contra, apareceu como elemento-surpresa e cabeceou pro chão, mandando a bola no ângulo direito. 1a1.
A pressão do Arsenal não findou com o gol de empate, mas a grande atuação de Senderos e outras três defesas de Schwarzer conservaram a igualdade no placar até o apito final de Michael Leslie Dean (o mesmo árbitro de Swansea 0a1 Manchester United).
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