O palco era o estádio Allianz Arena. Os artistas eram os jogadores de Bayern e Napoli. O público, de 66.000 presentes, um show à parte. O resultado disso? Uma espetacular partida de futebol, onde Mario Gómez roubou a cena, marcando três vezes no triunfo bávaro por 3a2 (o defensor argentino Federico Fernández marcou ambos gols napolitanos).
Antes de a bola rolar, um lindo mosaico na arquibancada mostrava um mapa do Velho Continente, com a belíssima homenagem a cada equipe participante nesse grupo A (as cidades de Munique, Napoli, Villarreal e Manchester foram marcadas). Vale lembrar que será ali mesmo, na Allianz Arena, que ocorrerá a final dessa edição de Liga dos Campeões da Europa.
O Bayern, que levou a campo uma equipe tão ligeira e objetiva que conseguia suprir a ausência da fera holandesa Arjen Robben, dominou praticamente todo o primeiro tempo na Alemanha. Os gols saíram com naturalidade. Primeiro, a naturalidade do talento individual de Mario Gómez, que fez bonita jogada para escapar da marcação do argentino Hugo Campagnaro e tirar do goleiro Morgan De Sanctis, aos dezesseis minutos. Seis minutos depois, uma bola bem enfiada por Toni Kroos encontrou Mario Gómez - talvez em impedimento -, e o atacante empurrou pra rede. O "hat-trick" ocorreria já aos quarenta e um, com a naturalidade de uma linda jogava coletiva, passando pelos pés de Kroos, Thomas Müller e do francês Franck Ribéry, genial no passe dado praticamente sem olhar. Quem conferiu foi o oportunista "Super" Mario.
O que dava sinais de ser uma goleada contundente tomou contornos de um jogo altamente disputado. No final do primeiro tempo, o argentino Ezequiel Lavezzi cobrou falta com maestria e encontrou o compatriota Fernández, que cabeceou sem dar chance para o goleiro Manuel Neuer. No segundo tempo, aos trinta e três, o mesmo Fernández voltou a marcar de cabeça, dessa vez aproveitando cruzamento do suíço Gökhan Inler. Nos acréscimos, o goleiro De Sanctis estava na área adversária, fortalecendo o ataque napolitano na tentativa do empate. Mas lá viria o contra-ataque dos donos da casa, e um chute de Mario Gómez, da intermediária defensiva, tomou o rumo da rede italiana. E, caros leitores, o desfecho da jogada foi também o último lance antes do apito final do árbitro holandês Bjorn Kuipers: uma intervenção simplesmente sensacional de De Sanctis, que conseguiu correr mais do que a bola chutada por Gómez e afastou de carrinho. Daqueles lances para serem eternizados. Digno do espetáculo em Munique. E é com o vídeo daquele momento que encerra-se esta postagem.
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