Mesmo assim, vencemos cada um dos cinco jogos realizados na Grã-Bretanha, mascarando uma realidade que foi exposta nesse sábado, no estádio Olímpico de Londres, para quase 90.000 presentes. Graças aos deuses do futebol, esse sonho pela conquista inédita foi adiado para Rio-2016. Quem sabe lá, daqui a quatro anos, façamos um melhor planejamento, estejamos sob comando técnico de algum treinador com mentalidade digna de um país pentacampeão mundial e façamos por merecer o feito do ouro.
Felizmente, dessa vez ficou com o México. Time que deu aula de consistência tática, consciência do que fazer na transição ao ataque, posicionamento, atitude, marcação, tempo de bola. Mesmo cometendo alguns erros pontuais e estando desfalcado de seu maior jogador na atualidade - Giovani dos Santos -, os mexicanos foram merecedores desse título. O futebol brasileiro, que precisa se reencontrar, e o mundial, que vem sendo agraciado pela vistosa seleção espanhola, agradecem ao México.
Alguns do erros de Mano Menezes
- Inisistir em repetir na final a pífia escalação utilizada na semifinal, com Alex Sandro, Sandro e Rômulo titulares para Lucas, Ganso e Pato reservas
- Acreditar que Hulk possa ser mais útil que Lucas, sub-aproveitando um jogador talentoso que, nos poucos minutos em que atuou, esteve na maior parte do tempo fora de posição
- Não conseguir dar a devida proteção a uma defesa que, exposta por um meio-campo irregular no combate e por dois laterais que rotineiramente dão espaço às suas costas, acabou sofrendo muitos gols ao longo da competição
- Não dar um padrão de jogo compatível ao talento dos jogadores, apostando muito mais na individualidade dos atletas do que na força do jogo coletivo
Um trabalho que deveria ter terminado na Copa América 2011 chegou a Londres-2012. Ganhou a prata. Será que vai adiante?
Seleção brasileira cabisbaixa em campo enquanto mexicanos festejam nas arquibancadas: o ouro não veio e foi melhor assim.
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