Além do fato de Arsenal e Manchester United ser um jogo interessante por si só, o "fator Van Persie" tornou a partida na capital inglesa especial. Era o retorno do atacante holandês ao estádio do ex-time, dessa vez vestindo a camisa do rival campeão por antecipação na rodada anterior. Como pedia os bons costumes britânicos, o time visitante foi recebido com aplausos dos anfitriões, em celebração à conquista nacional confirmada com os 3a0 sobre o Aston Villa. Mas quem disse que os comandados de Alex Ferguson iam a campo sem qualquer motivação? A tal "mentalidade vencedora" esteve presente e o time jogou com dedicação em Londres. O destaque foi ele: Robin van Persie. Para o bem e para o mal. Não há como falar desse encontro de gigantes sem citar o ex-jogador do Arsenal.
Já com um minuto de partida, Van Persie foi chamado a participar. Vaias ressoaram no Emirates. E Van Persie falhou, perdendo a bola no meio-campo e dando o contra-ataque ao adversário, que foi avassalador desde o início do lance até a conclusão, com Walcott recebendo de Rosicky e marcando 1a0 em posição irregular.
Os donos da casa eram melhores e, além de criar chances, conseguiam de certa forma manter Van Persie mais ou menos sob controle. Mais ou menos pois estamos falando de um jogador versátil, ágil, habilidoso, com vários mecanismos para se desvencilhar da marcação oponente. Mas o fato é que o Arsenal jogava melhor. Só que mesmo jogando melhor, não se pode vacilar diante dos campeões. Muito menos diante dos campeões com o goleador na competição. E Sagna cometeu um erro duplo: entregou a bola para Van Persie e, na tentativa de recuperação, cometeu pênalti. O próprio Van Persie cobrou e empatou, aos quarenta e três.
No segundo tempo, o jogo continuou interessante. Cazorla e Giggs foram alguns dos que tiveram oportunidades de gol que por pouco não se concretizaram. Mas quiseram os deuses do futebol que o placar persistisse idêntico ao do intervalo. 1a1, com Van Persie vacilando e aproveitando o vacilo alheio. Não comemorou o gol marcado, em respeito a uma torcida que não cessou em vaiá-lo a cada toque na bola. Mas deve ter saído contente de sua antiga casa. Já Sagna, duvido.
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