Sem se intimidar por enfrentar o melhor time dos últimos tempos em pleno campo adversário, o Paris Saint-Germain mostrou para quem quisesse ver que sim, é possível duelar com o Barcelona no Camp Nou sem fazer uso de uma retranca. Não apenas é possível, como viável. E, principalmente, bonito. É melhor para o futebol.
No final das contas o empate por 1a1 na Catalunha somado ao empate por 2a2 na França classificou o Barça pelo número de gols marcados fora de casa. E o Barcelona teve dois elementos fundamentais para conseguir uma vaga na semifinal: o goleiro Valdés, com pelo menos três grandes intervenções, e o gênio Messi, que entrou no segundo tempo quando a equipe perdia por 1a0 e melhorou o jeito de jogar, reaproximando esse time dirigido pelo competente Vilanova daquele comandado pelo excepcional Guardiola.
Achei que esse jogo em Barcelona teve "1001 utilidades". Mostrou que é plenamente acertada a escolha de uma formação ofensiva para enfrentar o ótimo Barça (conforme dito no parágrafo inicial). Mostrou que Ancelotti está "se modernizando" desde que deixou o Milan, conseguindo preparar equipes atrativas e vencedoras em duas ligas diferentes (foi assim com o Chelsea e está sendo com o PSG). Mostrou que Lucas já está mais do que adaptado ao novo clube, exercendo inclusive uma notável liderança, esbanjando talento e personalidade. Mostrou que o Barça é fortíssimo mesmo sem Messi e praticamente imbatível com o argentino em campo.
Com Barcelona, Bayern, Borussia e Real na fase semifinal, seja lá o que o sorteio reservar, teremos quatro partidas (cinco, se já contarmos com a final em Wembley) para colocarmos carinhosamente na agenda e acompanharmos atentamente. Aliás, dá até para dizer que houve um upgrade em relação à edição passada da Liga dos Campeões: mantiveram os poderosos Barça, Bayern e Real e, no lugar do irregular Chelsea (atual campeão e eliminado na fase de grupos), entrou o eficiente e vistoso Dortmund para jogar as semifinais continentais. Não tenho a menor dúvida que será de arrepiar. Deuses do futebol capricharam na Europa e talvez estejam dando uma prévia para a Copa do Mundo 2014: Espanha e Alemanha podem vir melhores do que nunca. Sem esquecer, é claro, da Argentina. De Lionel Messi.
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