terça-feira, 23 de abril de 2013

Bayer(celo)n(a)

 Confirmou-se a expectativa de que seria um grande jogo em Munique. Afinal, o que esperar de Bayern e Barcelona, dois expoentes do que é o futebol na melhor qualidade que se joga hoje? Mas, surpreendentemente, foi praticamente um jogo de um time só. Assistido por milhões de pessoas pela televisão, por milhares de pessoas nas arquibancadas e por um único no gramado: Manuel Neuer, o goleiro que mais foi espectador. Interveio no minuto 61 (16 do segundo tempo) para não mais precisar realizar defesas. Resultado: 4a0 para os donos da casa, que abusaram do jogo aéreo (o "calcanhar de Aquiles" no Barcelona) e, também, do bom futebol, principalmente nos minutos finais.

A próxima partida é na quarta-feira da semana que vem, na Catalunha. Que também será feriado, graças a Deus. É evidente que por se tratar de um jogo envolvendo dois timaços, a margem de diferença obtida pelos bávaros no jogo de ida é expressiva. Quase irreversível. Só não é porque há um Barcelona em campo. E se for aquele Barça que, por exemplo, sapecou 4a0 no Milan, melhor aguardar fortes emoções.

No mais, quero aqui fazer um destaque para a partida jogada hoje na Alemanha. Um não, dois. O primeiro é o golaço do Bayern que foi anotado por Arjen Robben, em jogada iniciada por Franck Ribéry, que deixou o Lionel Messi sentado. Pintura do início ao fim. O outro destaque envolve dois desses três jogadores citados: os camisas 10 Robben e Messi. Dois craques que honram como pouquíssimos esse número simbólico no uniforme futebolístico. Enquanto o holandês voou calçando chuteiras, o argentino pouco participou. Só que ambos buscaram jogo, nenhum deles se escondeu. O desempenho de Robben foi facilitado pela melhor engrenagem ofensiva do Bayern, enquanto os parceiros de Messi, embora tivessem mais a bola, raramente conseguiam uma dinâmica capaz de os desvencilhar da marcação adversária. E o agravante: Messi estava longe de sua melhor forma física, recuperando-se de uma contusão que ocorreu em Paris, pela fase quartas-de-final, diante do Paris Saint-Germain. Messi, que tão raramente se machuca. Enquanto Robben, que tem uma carreira perseguida por contusões, parece estar mais em forma do que nunca. E levanta aquela dúvida cruel: até onde poderia ir se não fosse o acúmulo de lesões?

Que os dois estejam 100% para a partida de volta. E que, o que se classificar, esteja 100% na grande final em Wembley.  O futebol fica 100% agradecido.
Após cobrança de escanteio mágica de Robben, Muller ajeita de cabeça para conclusão de Gómez: Bayern marcava 2a0, em gol irregular. Mais tarde, o terceiro gol da equipe anfitriã também se daria com ocorrência polêmica, pois Muller obstruíra passagem de Alba - gol de Robben.

Nenhum comentário:

Postar um comentário