A final madrilenha em Lisboa foi de arrepiar. O Atlético fez 1a0 e soube se comportar em campo, voltando a exibir uma equipe compacta e determinada na busca pelo triunfo. O adversário, porém, se agigantou no segundo tempo - sobretudo após a ótima entrada de Marcelo, que conseguiu dar outro ânimo ao setor esquerdo merengue.
Os colchoneros resistiram bravamente até onde puderam. Até quando puderam. Aos 48 minutos do segundo tempo, em lance de bola parada, não puderam evitar: Sérgio Ramos foi à rede com cabeceio irrepreensível, empatando a partida.
Aquilo transformou a final, elevando o moral do Real e fazendo o Atleti sucumbir no gramado. No fim, uma goleada por 4a1 - falaciosa, é verdade, porém conquistada com méritos. É estranho proferir essa frase, pois como algo pode ser falso e meritoso? Sei lá, foi assim que senti. A diferença de três gols não traduz o equilíbrio do confronto, mas o fato é que o time branco chegou lá por competência. E tem que ser muito competente para superar uma defesa como aquela que conta com Miranda e Godín.
Carlo Ancelotti conseguiu reinventar a equipe que era comandada pelo arrogante José Mourinho. Cristiano Ronaldo, apesar do gol derradeiro, foi mero coadjuvante num time liderado por Modric e Di María. Mas o que empolga mesmo é a entrega física e tática da limitada equipe comandada por Diego Simeone: faltaram pernas, mas sobrou coração aos alvirrubros. Talvez por isso a dor possa ser maior. Mas o orgulho deve ficar nas alturas.
Em poucas palavras, vão os parabéns aos finalistas - campeões e vices. Se o Real faturou a Liga dos Campeões, o Atlético conquistou a Europa. A noite foi espanhola na capital portuguesa. Quem diria isso seis séculos atrás?
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