Jogando melhor que o mesmo adversário para o qual foi derrotado na estréia (1a0, pelo grupo R), o Bahia conseguiu um feito histórico: com a vitória por 2a1 sobre o América Mineiro, tornou-se a primeira equipe nordestina a garantir vaga na final da competição desde que a Copa São Paulo de Juniores começou a ser disputada, em 1969.
O jogo (confira como foi a transmissão da partida em tempo real)
O "Tricolor de Aço" começou bem a partida, conseguindo criar chances em chutes de fora da área e em jogadas de penetração. A mais aguda delas aconteceu aos 28 minutos: após cruzamento feito a partir do lado esquerdo, Brendon apareceu na pequena área e completou desviando por cima do travessão. Era o prenúncio de que o placar seria logo inaugurado: aos 30 minutos, Mádson entrou na área e lá foi derrubado por Bryan. O próprio Mádson foi para a cobrança e estufou o quadrante 11 para fazer 1a0.
Porém, em lance isolado, o América Mineiro chegou ao empate aos 36 minutos: Fred recuperou a posse de bola no campo de ataque, avançou, Jaílson se apresentou pela direita, Fred insistiu na jogada individual e capou o chute. Eis que a bola acabou chegando em Caleb, que com uma finalização rasteira no canto direito deixou tudo igual no placar.
Com 42 minutos, Fábio avançou pelo lado direito, escapou de dois marcadores e colocou a bola dentro do gol. Mas o assistente Ânderson José Moraes Coelho teve grande poder de percepção ao observar que a bola entrou pela rede externa, alertando corretamente o árbitro.
O Bahia voltou do intervalo colocando pressão na equipe mineira. Brendon, em menos de dois minutos, descolou duas finalizações - a primeira saindo à esquerda e a segunda passando à direita da meta defendida por Matheus.
Apesar de tantas investidas, o gol de desempate sairia em lance raro. Na realidade, não diria raro de acontecer, mas raríssimo de ser assinalado pela arbitragem. Aos 18 minutos, Sérgio Soares da Rocha parou o jogo e marcou "tiro livre indireto" dentro da área americana. Motivo? O goleiro Matheus ter ficado por mais de seis segundos com a bola em seu domínio manual. E a cobrança baiana foi realizada com sucesso: Mádson recebeu o passe curto e chutou cruzado, no canto direito, marcando seu segundo gol no jogo e recolocando o Bahia em vantagem no marcador.
Cinco minutos depois, a troca do volante Washington pelo meia João Darcy dava sinais de que o "Coelho" viria para cima na busca pelo empate. Talvez temendo por isso, o Bahia veio a mexer seis minutos mais tarde, trocando o meia Brendon pelo zagueiro Carioca, o que achei precipitado (para não dizer estúpido, pois Brendon era uma das figuras que mais aparecia no campo de ataque).
Mas o domínio territorial do Bahia era amplo, só permitindo ao América três chances de empatar: aos 32 minutos, Fred dominou no peito e, sem deixar a bola quicar, chutou para fora, à direita; aos 44 minutos, Rentería deu um chute colocado mas fraco o suficiente para o goleiro Renan chegar na bola e defender tranqüilamente no canto direito; e a melhor delas aconteceu na marca de 46 minutos, quando Hindian (que entrou dois minutos antes no lugar de Rentería, em substituição que poderia ter sido feita antes) apareceu no lado direito da área para finalizar para fora após uma bola alçada da esquerda em lance de bola parada.
O apito derradeiro no estádio Professor Luiz Augusto de Oliveira colocou o Bahia como adversário do Flamengo na disputa pelo título na terça-feira, no Pacaembu, naquela que será uma final inédita de Copa São Paulo de Juniores.
Nenhum comentário:
Postar um comentário