Após duelo sem gol no tempo regulamentar, o Flamengo precisou da disputa por pênaltis para superar o Desportivo Brasil e garantir, pela segunda vez, uma vaga na decisão da Copa São Paulo de Juniores (o clube foi campeão em 1990, ganhando da Juventus).
O jogo (confira como foi a transmissão da partida em tempo real)
Num gramado de estado lamentável (mais parecendo um pasto com intensos sinais de processos erosivos do que um campo para a prática do futebol), a partida entre Flamengo e Desportivo Brasil foi bastante disputada. Chutes de fora da área eram as principais chegadas de ambos os times.
O cenário melhoraria para o Rubro-Negro Carioca após a entrada de Rafinha no lugar de Maicon, aos 6 minutos do segundo tempo, em substituição que havia dado certo na partida anterior (uma vitória por 6a2 sobre o Coritiba, na fase de quartas-de-final). Uma enfiada de bola para Lucas que o goleiro interceptou aos 15 minutos e um cruzamento consciente que terminou num cabeceio para fora aos 31 minutos foram duas das belas jogadas de Rafinha. Outro a ter atuação destacada era Adryan, que se movimentava bastante e aparecia dando passes ou mesmo finalizando.
A grande chance da equipe do Desportivo Brasil aconteceria em contra-ataque veloz aos 42 minutos: Luan (que entrou em campo seis minutos antes) foi acionado na esquerda, avançou escapando da marcação na base da velocidade, cruzou na área e Gladstone chegou nela de carrinho mas mandou à esquerda da meta. Por falar em Gladstone, o camisa 5 do Desportivo Brasil foi vítima em uma cena inusitada: aos 19 minutos, Muralha o atingiu com uma solada (difícil garantir se foi proposital) e Gladstone caiu no gramado sentindo dores. Vieram os maqueiros encaminhá-lo para fora do campo e um deles, na tentativa de levantar o jogador, acabou caindo com as nádegas em cima do rosto do atleta. Passado o "susto", o jogador retornou ao campo e quase conseguiu marcar o gol da vitória, como citado anteriormente.
Excetuando esse lance pouco mais duro de Muralha em Gladstone, o jogo foi limpo. O árbitro sequer precisou tirar o cartão amarelo do bolso, algo admirável tratando-se de uma semifinal de campeonato.
Na disputa por pênaltis, o Desportivo Brasil conseguiu a proeza de não marcar um único gol: Diego (chute por cima do travessão), Dellatorre (defesa do goleiro César) e Luan (chute por cima do travessão) foram os autores dos desperdícios. O Flamengo também perdeu uma cobrança, e justo a inaugural (Thomas isolou mandando por cima do travessão), mas conseguiu converter as outras três: Adryan (que mandou no meio do gol e viu a bola ser espalmada antes de entrar devagarzinho), Ânderson (que mandou bola no canto esquerdo enquanto o goleiro foi para o lado direito) e o capitão Frauche (cenário semelhante ao de Ânderson) marcaram os gols da classificação que garante a segunda presença flamenguista na final da Copa São Paulo de Juniores, 21 anos depois da primeira.
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