Na 30ª rodada na Premiership, Stoke City e Manchester City empataram em 1a1 no estádio Britannia. A equipe visitante chega a liderança na competição, mas pode ver o Manchester United retomar a ponta já abrindo 3 pontos de frente (o rival vermelho pega o Fulham, na segunda-feira, em Old Trafford). Aliás, a campanha dos Citizens no Campeonato Inglês é uma coisa dentro de casa e outra coisa fora: venceu todos os catorze jogos disputados como mandante e, na condição de visitante, soma vinte e oito pontos em quarenta e oito possíveis. Já o Stoke, atual 12º colocado, está numa zona tão confortável na tabela de classificação que ouso dizer que o clube já pode iniciar o planejamento para a próxima temporada. Temporada essa que será na Premiership, mas fora das competições européias.
O jogo
Embora não haja qualquer dúvida da diferença técnica entre as duas equipes, o Stoke conseguiu na maior parte do tempo equilibrar as ações através de uma postura atenta e saída em velocidade na transição para o ataque. O City, que recentemente deu adeus à Liga Europa, concentrava na Premiership a "salvação" da presente temporada, mas o desfalque do contundido Sergio Agüero dificultava as coisas para o forte time comandado por Roberto Mancini. De toda forma, surgiram oportunidades. No primeiro tempo, destacam-se duas chegadas que terminaram em cabeceios de Edin Dzeko para fora: aos vinte e sete minutos, Samir Nasri levantou e o bósnio mandou à esquerda; cinco minutos depois Nasri e Gaël Clichy, ambos franceses ex-Arsenal, tabelaram pela esquerda e o lateral cruzou para Dzeko finalizar por cima da meta.
Joe Hart foi pouco - ou nada - incomodado na etapa inicial, mas aos treze minutos do segundo tempo foi surpreendido. Creio que não só ele, como a maioria dos espectadores. Tudo começou com um lançamento longo do goleiro bósnio Asmir Begovic - compatriota de Dzeko. A bola viajou e chegou até Peter Crouch, que cabeceou amortecendo a redonda. Na seqüência, Jermaine Pennant - que entrara no lugar de Cameron Jerome - devolveu para Crouch também utilizando-se de um cabeceio. Fora da área, o grandalhão de dois metros de altura dominou a bola e tratou de emendar um chute maravilhoso, que tomou o rumo do canto direito e estufou a rede adversária, levando os adeptos do Stoke à loucura. Quem imaginaria que um jogador que tem no cabeceio e na presença de área suas maiores características pudesse aprontar uma dessa? Então, tome 1a0 no placar.
Se o empate já não era um resultado a comemorar, a derrota parcial soava muito mal para o Manchester City. Mancini tratou de colocar Adam Johnson, tirando o espanhol David Silva de campo (por mais que o meia não fizesse grande partida, creio que seria melhor para o City mantê-lo no jogo). Depois, pôs Carlos Tévez no lugar de Gareth Barry, numa substituição que considero acertada (porém, tardia). Se alguém imaginava que o City fosse alcançar o gol de empate via troca de passes, jogada de ultrapassagem, lance de linha-de-fundo ou algo assim, se decepcionou. As jogadas até foram tentadas, mas ou Dzeko não aproveitava ou algum detalhe fazia com que a posse de bola retornasse ao Stoke. Só que o empate aconteceu. E se não veio de nenhuma daquelas formas mencionadas, o volante marfinense Yaya Touré tratou de chutar firme, da intermediária, uma bola que desviou na marcação e ainda foi tocada por Begovic antes de estufar a rede. 1a1 no placar, aos trinta minutos do segundo tempo.
A partida se aproximava do final e a tendência era vermos o City esmagando o adversário na busca pelo gol da virada. Tendência que, na prática, não se confirmou: o Stoke criou boas chances e ficou perto de retomar a frente no placar, chegando inclusive a marcar o segundo gol - só que o árbitro Howard Webb (aquele mesmo que apitou a final da Copa do Mundo 2010) apitou antes mesmo da conclusão de Ryan Shawcross, ratificando a saída de bola apontada pelo auxiliar, que viu uma parábola na cobrança de escanteio.
Vamos ver se o Manchester United confirma o favoritismo diante do Fulham e coloca três pontos de vantagem na liderança inglesa. O torneio promete um final bastante disputado, notadamente pelo fato de na antepenúltima rodada termos um duelo entre City e United, no estádio onde os comandados de Roberto Mancini conservam 100% de aproveitamento na competição.
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