A Juventus fez a festa em Turim. Não foi fácil - pela primeira vez na temporada 2011-2, a equipe comandada por Antonio Conte foi derrotada nos noventa minutos regulamentares -, mas com um golaço do atacante montenegrino Mirko Vucinic na prorrogação, a Vecchia Signora eliminou o Milan e marcará presença na final da Copa da Itália, buscando seu décimo título no torneio (o mais recente ocorreu no ano de 1995).
O jogo
Embora precisasse correr atrás, necessariamente, de dois gols para ter chance de classificação (afinal, no jogo de ida o Milan perdeu em San Siro por 2a1), o time comandado por Massimiliano Allegri adotou uma postura cautelosa, escalado com Muntari, Aquilani e Emanuelson no meio-campo. A Juve, com mais recursos para aproximar-se da meta adversária, fazia circular melhor a bola no campo de ataque, contando com uma boa participação de Alessandro Del Piero, que buscava o jogo. O Milan até teve uma boa chance de inaugurar o marcador, mas Storari defendeu a finalização cruzada de Ibrahimovic. E quem abriu o placar foi o dono da casa: Pirlo acionou Lichtsteiner e o lateral-direito suíço, próximo da linha final, passou rasteiro. E acabou encontrando Del Piero, que foi ágil para se antecipar a Amelia com um rápido drible e mandar para a rede. 1a0 Juventus, aos vinte e sete minutos, para delírio de uma festiva Juventus Arena.
Com relativo controle dos acontecimentos, a Juventus conseguiu ir para o intervalo sem levar sustos na defesa e ainda pleiteando um segundo gol. No intervalo, Allegri trocou Ibrahimovic por Máxi López. E logo aos cinco minutos, o Rossonero conseguiu chegar ao gol de empate: Mexès lançou Mesbah e o argelino, livre da marcação de Pepe (que não o acompanhou em direção à bola), deu de peixinho para mandar pra rede. O Milan ganhou novo ânimo com o gol e ficaria mais forte no ataque depois das duas últimas substituições de Allegri: Aquilani por Nocerino e El Shaarawy por Inzaghi. Aos trinta e cinco, Máxi López recebeu, passou por dois jogadores e mandou um chute forte para marcar um golaço, o da virada milanista e que levava o jogo para a prorrogação. Prorrogação que somente aconteceu porque a Juventus não aproveitou oportunidades criadas com Borriello (que entrara no lugar de Del Piero) e Vucinic. Só que Vucinic se redimiria de qualquer vacilo quando, aos cinco minutos de prorrogação, descolou um remate maravilhoso que tomou o rumo do ângulo esquerdo, sem dar defesa para Amelia, que ainda resvalou na bola.
A Juventus retomava a vantagem no placar somado e o Milan dependia de um gol para reverter esse cenário. Mas, melhor organizado em campo, o Bianconero soube administrar o resultado da melhor maneira possível: com a bola e marcando presença no campo de ataque. Com um elenco bastante transformado da temporada passada para a atual, a Juve tem grandes chances de conseguir dois títulos nessa temporada: é finalista na Copa da Itália e vice-líder, invicta, no Campeonato Italiano. Mas, para isso, terá que superar o adversário que se apresentar na competição eliminatória (Napoli ou Siena, que se enfrentam nessa quarta-feira) e ultrapassar o Milan, que tem quatro pontos de vantagem na liga nacional. Seria frustrante para a torcida alvinegra não conseguir nenhum dos dois títulos, mas sem dúvidas, é perceptível que esse gigante do futebol italiano, europeu e mundial está no caminho certo para retomar as conquistas. E me parece nome certo na próxima Liga dos Campeões da Europa, o que é bacana para o futebol.
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