Após as classificações de Gana, Mali e Nigéria, chegou a vez de Burkina Faso celebrar um lugar na semifinal na Copa Africana de Nações 2013. A equipe fez com Togo uma partida bastante equilibrada, de poucas chances de gol e muita entrega de ambas as partes, com as defesas levando vantagem na maior parte das vezes. Mas, aos catorze minutos do primeiro tempo na prorrogação, os burquinenses alcançaram o gol único da partida, marcado por Jonathan Pitroipa, de cabeça, após cobrança de escanteio de Charles Kaboré.
Nos noventa minutos regulamentares, a transpiração superou a inspiração, num duelo de muitas faltas cometidas e poucas oportunidades criadas para tirar o zero do placar. Alain Traoré, hábil camisa dez burquinense, não jogou por estar contundido, e é bem capaz de sua ausência ter sido determinante para a falta de jogadas mais elaboradas no campo de ataque da equipe comandada pelo belga Paul Put. A entrada de Préjuce Nakoulma aos vinte minutos do segundo tempo deu novo ânimo à seleção, e me atrevo a dizer que o camisa vinte e dois entrou no time para não mais sair. Aos trinta minutos, sofreu um pênalti em jogada individual, não assinalado pela arbitragem do senegalês Badara Diatta.
Emmanuel Adebayor teve duas chances de gol, as duas mais agudas de Togo. Na primeira, levou vantagem no jogo aéreo, chegando na bola antes do goleiro Daouda Diakité, mas o lateral-esquerdo Saïdou Madi Panandétiguiri salvou em cima da linha. Na segunda, o atacante da camisa quatro parou em ótima intervenção de Diakité, aos trinta e dois minutos do segundo tempo, ou seja, pouco depois do pênalti não marcado sobre Nakoulma. E a resposta de Burkina Faso veio exatamente através de Nakoulma: aos trinta e seis, ele partiu pelo lado esquerdo, passou bonito pela marcação de Vincent Bossou mas não conseguiu finalizar na direção do gol.
O jeito foi caminhar para a prorrogação, e se com bola rolando estava difícil, o gol acabou acontecendo via cobrança de escanteio: Kaboré cruzou, Pitroipa apareceu livre antes da primeira trave e conseguiu cabecear bem, com a bola batendo no travessão antes de entrar.
No segundo tempo, Togo tentou adiantar seus elementos para pressionar, mas Burkina conseguiu se proteger sem maiores exposições e riscos de ceder o empate. Mohamed Koffi, de vinte e seis anos e natural da Costa do Marfim, foi um dos destaques: aplicado na marcação e tranquilo para sair jogando, o camisa cinco foi fundamental para equilibrar a defesa com o meio-de-campo. E ainda protagonizou cena inusitada quando, após ser atingido por uma bolada, deixou o campo, se ajoelhou, contou com a "paredinha" de dois membros do departamento médico e... urinou em direção à placa publicitária de uma empresa coreana de produtos eletrônicos.
Então lá vai Burkina Faso, que mesmo sem Alain Traoré conseguiu ser superior ao adversário. Fica a torcida para que ele se recupere logo e possa estar em campo diante de Gana. Será melhor para o espetáculo vê-lo ao lado de jogadores como Pitroipa e Nakoulma, que mostraram-se ótimas opções pelos flancos direito e esquerdo, respectivamente.
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