Bahia e Botafogo jogaram no estádio de Pituaçu, em Salvador, para mais um grande público presente na capital baiana. Mas ainda não foi dessa vez que o Tricolor de Aço conseguiu vencer diante de sua fanática torcida: o empate em 1a1 foi o 3º do time dentro de casa e o 4º na competição. Enquanto o Bahia aparece na 15ª colocação com 10 pontos, o Botafogo, que desde a estréia com o Palmeiras não perdeu mais no torneio, está em 5º lugar com 16 pontos.
O jogo (confira como foi a transmissão da partida em tempo real)
Se o Botafogo não contava com Éverton (saiu contundido na partida anterior, diante do Atlético Goianiense), o Bahia tinha um desfalque mais impactante: o atacante Jóbson, que por força de contrato (pertence ao Botafogo) não foi relacionado para a partida (a multa para a utilização do jogador estava estipulada em 1 milhão de reais).
René Simões escalou o Bahia num 4-3-2-1, com três volantes à frente da linha de defesa e Ricardinho e Lulinha com a missão de fazerem a aproximação ao atacante Júnior. Caio Júnior adotou aquele que considera seu esquema favorito, o 4-2-3-1, pondo Marcos Vinícius entre os titulares.
A primeira grande chance da partida deu-se aos 6 minutos e quase colocou a equipe visitante em vantagem no placar: o atacante argentino Germán Herrera recebeu do lateral Alessandro, escapou de dois marcadores no momento em que girava para fazer o domínio da bola e, de frente com o goleiro Marcelo Lomba, chutou por cima do travessão.
No Bahia sobravam meio-campistas de contenção (Marcones, Diones e Fahel desempenhavam funções semelhantes) e faltava gente para articular o ataque (Ricardinho, o principal e talvez único encarregado para isso, fazia partida apagada e quase não era notado em campo). Numa das poucas chegadas da equipe no primeiro tempo, quem iniciou a jogada foi o atacante Júnior: aos 24 minutos ele lançou, apresentou-se para receber de volta e passou para Lulinha, que chutou para defesa de Renan quando a arbitragem já detectava impedimento no lance.
O Botafogo não estava no seu melhor momento na partida, mas aos 30 minutos conseguiu abrir o placar graças a Elkeson: o meia ex-Vitória (bastante "homenageado" pela torcida tricolor) cobrou falta pela esquerda mandando a bola no ângulo direito e marcando um golaço, indo comemorar provocando a torcida que seguia tratando-o como rival.
A partida melhorou e o o Alvinegro Carioca esteve perto de ampliar a vantagem aos 37 minutos, quando Herrera recolheu a bola pela direita de ataque, acertou a passada e emendou um chute cruzado carimbando a trave direita. Lulinha (que chutou torto), Elkeson (que parou em defesa de Lomba) e Fahel (que mandou à direita) descolaram finalizações que assustaram, mas o placar seguiu ao intervalo com o solitário gol de Elkeson.
Detectando a inabilidade do destro Marcos na lateral-esquerda e a improdutividade de Ricardinho no meio-campo, René Simões tirou logo os dois jogadores no intervalo e promoveu as entradas de Maranhão e Gabriel. Caio Júnior também mexeu, trocando Somália (que recebera cartão amarelo aos 32 minutos) pelo estreante Léo.
O Bahia se mandava ao ataque, mas esbarrava não somente na correta marcação botafoguense como - talvez principalmente - na própria falta de desorganização da equipe. As coisas pareciam piorar cada vez mais para o time mandante, que aos 14 minutos perdia Maranhão (deslocou o ombro em queda sem qualquer choque com Alessandro, que apenas o acompanhava de perto). O atacante Rafael foi posto em seu lugar, sem que René Simões orientasse alguém a fazer o lado esquerdo da defesa.
Parecendo talvez traumatizado com alguma experiência de jogador expulso pelo segundo cartão amarelo, Caio Júnior decidiu tirar de campo o pendurado lateral-esquerdo Márcio Azevedo e colocar o meia Thiago Galhardo. O prêmio pela "invenção" foi o gol de empate sofrido 3 minutos depois: aos 32', Fahel completou de cabeça cobrança de escanteio e estufou a rede de seu ex-clube.
Na busca por uma vitória que parecia desenhada, o Botafogo aumentou o volume de jogo e chegou a estabelecer certa pressão no Bahia. Caio Júnior ainda trocou Herrera por Caio, conservando a equipe com um único atacante. E o placar de 1a1 manteve-se até o apito final de Leandro Pedro Vuaden. Foi o primeiro empate entre Bahia e Botafogo nos últimos 17 anos.
Outros resultados
Sábado
São Paulo 2a1 Cruzeiro
Vasco 2a0 Internacional
Atlético/PR 0a0 Avaí
Domingo
Fluminense 0a1 Flamengo
Grêmio 2a0 Coritiba
Atlético/GO 0a1 Corinthians
Atlético/MG 2a0 América/MG
Figueirense 1a1 Ceará
Palmeiras 3a0 Santos
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