O jogo
Procurando desenvolver um futebol vistoso desde o apito inicial, o Brasil deteve 68% do tempo de posse de bola, trocava passes e de fato chegava ao ataque, apesar da reduzida participação do camisa 10 Paulo Henrique Ganso. Foram pelo menos três chances claras de gol na primeira etapa: uma bela finalização de Alexandre Pato carimbando o travessão, um chute de Neymar colocado para fora e um remate de Robinho que passou pelo goleiro Renny Vicente Vega mas não pelo defensor Oswaldo Augusto Vizcarrondo Araújo, que interceptou com uma bonita intervenção e evitou o que seria um gol certo.
A Venezuela não conseguia chegar tantas vezes quanto o Brasil, mas ficaria muito perto de abrir o placar aos 45 minutos de jogo. Só que o árbitro boliviano Raúl Orozco ignorou a "lei da vantagem" e interrompeu um ataque venezuelano onde Tomás Eduardo Rincón Hernández ficaria de frente com o goleiro Júlio César - a marcação da falta e o cartão amarelo exibido ao zagueiro Thiago Silva acabaram beneficiando o infrator.
As equipes voltaram para o segundo tempo sem qualquer substituição, mas percebeu-se uma mudança no panorama da partida: é que a Venezuela passou a conseguir sair com maior desenvoltura com a bola nos pés, encaixando trocas de passes que a bem da verdade já vinham sendo ensaiadas na etapa inicial. Bem postado defensivamente e valente com a bola nos pés, o time comandado por César Farías mostrou-se um adversário e tanto para a seleção brasileira, que em alguns momentos era inclusive dominada pelo oponente. As mexidas de Mano Menezes não surtiram o efeito desejado (primeiro entrou Fred no lugar de Robinho e depois foram colocados Elano e Lucas nos lugares de Ramíres, contundido, e Alexandre Pato) e o jogo caminhou para um 0a0, com direito a gritos de "olé!" em trocas de passes venezuelanos.
Quem achou que veria show de Ganso ou Pato, acabou vendo um cachorro como grande atração da partida: um simpático indivíduo quadrúpede passeou pelo gramado e foi o centro das atenções durantes os alguns segundos em que circulou pelo terreno de um jogo naquele momento paralisado. Foi talvez um dos melhores momentos da partida.
Simpático cachorro passeia pelo gramado no estádio Ciudad de La Plata: possivelmente o personagem de participação mais marcante na partida entre Brasil e Venezuela.
Uma excelente seleção e uma atuação fraca. O primeiro tempo até foi bom, o Brasil criou, mas a segunda etapa foi péssima.
ResponderExcluirResumindo, na Copa América, o Brasil terá que lutar contra o famoso ditado: "a primeira imnpressão é a que fica", ou, dificilmente chegará ao título, e quem sabe, terá em risco sua classificação às quartas-de-final.
Também gostei do desempenho da equipe brasileira no primeiro tempo. Lembremos que na Copa América 2007 a seleção estreou com derrota para o México mas acabou campeã. Considero o título menos relevante do que reencontrarmos o futebol arte, espero que consigamos desenvolver aquele futebol genuinamente brasileiro, independentemente dos resultados.
ResponderExcluirAbraços.