Corinthians e Vasco travaram duelo pra lá de interessante valendo vaga na fase semifinal da Copa Libertadores da América 2012. Longe de terem sido dois jogos vistosos, mas de valor futebolístico exaltável pela solidez tática apresentada por ambos os conjuntos. Dois times brasileiros que, por permitirem a seus treinadores uma sequência no trabalho (algo que contraria aquele cacoete dos dirigentes tupiniquins de demitir o comandante a torto e a direito), puderam proporcionar uma partida que se aproximava de um jogo de xadrez. De um jogo de xadrez bem jogado.
A vitória corinthiana no Pacaembu aconteceu, a meu ver, em dois momentos-chave: [1] a defesa milagrosa de Cássio num lance em que parecia gol certo de Diego Souza e [2] o gol propriamente dito, marcado por Paulinho aos 42 minutos do segundo tempo.
Por se tratar de um jogo de poucas chances de gol - mais méritos defensivos do que deméritos ofensivos, embora o pragmatismo tenha pesado muito mais que a audácia -, a oportunidade desperdiçada por Diego Souza foi, sim, impactante. Mas se o zagueiro Rodolfo tivesse pelo menos acompanhado Paulinho no lance do gol, talvez o 0a0 persistisse até o apito final e tivéssemos o classificado conhecido nos pênaltis.
Mas, numa noite onde foi perceptível o esforço de cada elemento escalado tanto por Tite quanto por Cristóvão Borges, vamos relevar aqui os prováveis vacilos de Diego e Rodolfo e valorizar, isto sim, a grande defesa de Cássio aos 18 minutos do segundo tempo e o oportunismo de Paulinho para marcar o único gol dos 180 minutos - embora muitos ainda acreditem que, em São Januário, aquele gol de Alecsandro devesse valer...
Faltaram arte, jogadas de efeito, tabelas etc. Mas pelo ponto de vista tático, Tite e Cristóvão merecem o respeito dos amantes do futebol - as atuações coletivas e a organização de ambos os times explicitam a qualidade do trabalho que vem sendo feito nessas instituições.
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