No duelo entre os alvinegros Vasco e Corinthians, o marrom completou o espectro de cores no lamaçento gramado do estádio São Januário. Mas muito mais determinante que o campo pesado para o empate em 0a0 foi a postura adotada por ambos os times no confronto de ida pela fase quartas-de-final na Copa Libertadores da América 2012.
O duelo colocava frente a frente dois times qualificados, um atual campeão da Copa do Brasil e outro atual campeão do Campeonato Brasileiro, equipes que disputaram ponto a ponto essa última edição de Série A nacional. Com a manutenção da base de ambos os elencos, Cristóvão Borges e Tite tinham à sua disposição um plantel de entrosamento muito acima do visto na média nacional. E optaram por armar times cautelosos, embora com elementos de grande qualidade técnica.
O time da casa veio com um meio-campo formado por Nilton, Rômulo, Juninho e Diego Souza (Felipe e Carlos Alberto entraram somente no segundo tempo, nos lugares dos dois últimos). Os visitantes, com Ralf, Paulinho, Danilo e Alex - só que era mais comum Jorge Henrique e Émerson recuarem para a meiuca do que qualquer um desses quatro encostar na suposta dupla de ataque.
Tais desenhos táticos minimizaram o trabalho dos goleiros Fernando Prass e Cássio, mas mesmo assim foram vistas boas intervenções dos arqueiros. A mais impressionante delas foi de Prass, que defendeu cabeceio de Jorge Henrique no contrapé. Uma bola cabeceada por Alecsandro até foi parar na rede, no único gol do jogo. Mas a arbitragem acertou ao anular sob alegação de impedimento do centroavante vascaíno - e o 0a0 refletiu bem o que foi a partida no Rio de Janeiro. Para o jogo de volta, em São Paulo, qualquer empate com gol dá a classificação ao Vasco.
Se pensarmos que esse 0a0 diante do Corinthians foi a única partida no ano em que o Vasco não marcou gol, o torcedor cruzmaltino deve se manter confiante nas possibilidades de classificação. E confiante também deve estar o torcedor corinthiano, que viu na fase anterior o time empatar fora de casa com o Emelec em 0a0 e arrancar uma goleada de 3a0 no jogo de volta. Resta saber se Cristóvão e Tite montarão times mais preocupados em manter a meta inviolável ou em marcar gol no adversário.
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