sábado, 13 de novembro de 2010

Falta De Ousadia Empata A Vida Do Manchester City

O Manchester City recebeu o Birmingham, a torcida tentou empurrar o time ao ataque, mas, graças basicamente aos "esforços" do treinador italiano Roberto Mancini, a equipe não conseguiu sair do 0a0 diante do 17º colocado na tabela de classificação.

Assisti apenas a segunda metade da partida, e foi o suficiente para ficar impressionado com a falta de ambição de Roberto Mancini. A exemplo do jogo passado (0a0 diante do Manchester United), via-se um time pouco desenvolto dentro de campo. E o que é pior: com o empate persistindo, as chances sendo escassas e o cronômetro avançando em direção ao apito final, o treinador se recusava a colocar no jogo as peças que, teoricamente, ajudariam o time a superar o adversário.

Carlos Tévez era a figura mais participativa nos Citizens, assumindo a responsabilidade de ser o oásis de criação no deserto de idéias da equipe da casa. Os irmãos Touré se apresentavam freqüentemente ao campo de ataque, com Yaya insistindo nos chutes fortes (porém, sem direção) e Kolo buscando a tabela e às vezes mostrando uma habilidade rara para um zagueiro. David Silva e James Milner se apresentavam também, mas o pouco que era produzido e que chegava ao gol, era defendido por Ben Foster, que demonstrava muito bom posicionamento e transmitia segurança ao sistema defensivo.

Aos 20 minutos, os treinadores mostraram suas caras através das substituições. Mancini chamava pro jogo o atacante paraguaio Roque Santa Cruz. Até aí nada de absurdo, seria bem-vinda uma referência ao ataque do City. Mas tirar James Milner não foi a melhor das escolhas. Poderia, tranqüilamente, convidar o camisa 7 para fazer a ala esquerda no lugar de Aleksandar Kolarov. Já Alex McLeish fez o contrário, tirando a referência de área (Nikola Zigic) e colocando alguém para auxiliar na articulação de jogadas (Aliaksandr Hleb). Resultado: o Birmingham passou a ganhar o setor de meio-campo, colocando Joe Hart para trabalhar.

Vendo-se com um cenário adverso - resultado pouco interessante, torcida apreensiva e o time longe de dominar as ações -, Roberto Mancini cometeu duas novas mexidas. Primeiro, optou por trocar "seis por meia dúzia": saiu Kolarov e entrou Pablo Zabaleta (substituição idêntica à que fizera na rodada passada). Dois minutos depois, na marca de 38', Mancini se superou: tirou Tévez para colocar o meiocampista Gareth Barry! Não sei se o mais difícil é compreender a saída de Tévez, a entrada de Barry ou a permanência do brasileiro Jô no banco de suplentes. É uma questão que mereceria uma enquete. Aliás, quero cravar aqui que o argentino não parece nada à vontade: mostrou nervosismo após alguns desperdícios de posse de bola e, embora tenha deixado o campo aplaudido e sem transparecer descontentamento, "Carlitos" está longe de irradiar aquela alegria.

No final das contas, um novo 0a0 e a certeza de que, se o Manchester City quer colher frutos à altura dos investimentos feitos, talvez o próximo passo seja procurar um treinador com uma mentalidade compatível aos anseios dos torcedores. Por falar em torcedores, alguns deles nem ficaram para ver o apito final de Michael Jones. Outros vaiaram Mancini.

Outros resultados

Aston Villa 2a2 Manchester United
Newcastle 0a0 Fulham
Tottenham 4a2 Blackburn
West Ham 0a0 Blackpool
Wigan 1a0 West Bromwich
Wolverhampton 2a3 Bolton

Stoke City e Liverpool jogam ainda hoje. Amanhã, dois jogos completam a 13ª rodada: Everton e Arsenal; e Chelsea e Sunderland.

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