Mesmo jogando no Rio de Janeiro e contando com o apoio de cerca de 36.000 torcedores tricolores presentes no Engenhão, o Fluminense não foi capaz de vencer o Goiás e reassumir a liderança na Série A. E poderia ter sido pior: não fosse uma penalidade máxima marcada por Carlos Eugênio Simon aos 37 minutos do segundo tempo, muito provavelmente o Goiás teria conseguido carregar a vitória até o apito final.
O jogo
Num primeiro tempo de bastante correria e disposição, ouvia-se mais o apito do árbitro gaúcho Carlos Eugênio Simon marcando infrações para ambos os lados do que propriamente eram criadas chances de gol. Numa jogada de lucidez, o placar foi inaugurado: aos 19 minutos, Jones cruzou a partir do lado esquerdo e Rafael Moura cabeceou para superar Ricardo Berna e marcar 1a0 para os visitantes.
O Fluminense passou a dominar as ações e concentrar a posse de bola consigo. Mas nem as presenças de Deco e Fred - que retornavam de contusões - foram capazes de auxiliar Darío Conca na armação de jogadas e o Fluminense simplesmente não apresentava poder de penetração no sistema defensivo do Esmeraldino.
Para a segunda etapa, Muricy Ramalho decidiu promover duas mexidas: saíram Deco e Tartá para as entradas de Diguinho e Washington. Com isso, o Tricolor passava a contar com três volantes e dois atacantes de área. A proposta do treinador ficou clara: liberar Mariano e Carlinhos para que a bola fosse jogada dentro da área goiana, buscando os camisas 9 (Fred) e 99 (Washington). Acontece que a insistência nessa mesma jogada não surtia o efeito desejado, sobretudo levando-se em conta a grande participação de Marcão, que parecia ser o dono da área defendida por sua equipe.
Se na etapa inicial o Goiás incomodava com contra-ataques em velocidade, no 2º tempo a equipe pareceu abrir mão desse recurso, candenciando o jogo e tentando ter a bola nos pés. Acontece que o Fluminense, empurrado pela torcida, seguia com o controle do jogo. Entre um levantamento na área e outro, de vez em quando o time da casa tentava alguma coisa pelo chão. E, numa delas, caiu do céu um pênalti: Rodriguinho chegou antes de Ernando numa sobra de bola, aproveitou-se do toque do zagueiro adversário e desabou na área. Na marca de 38 minutos, Conca partiu pra bola, chutou forte e estufou o quadrante 12 de Harlei, que acertou o canto e quase conseguiu bloquear.
A receita do Fluminense de Muricy para tentar a virada era a mesma que fracassava rotineiramente na busca pelo gol de empate. Já Artur Neto decidiu retomar no Goiás a proposta de dar velocidade aos contra-ataques. No melhor deles, Rafael Moura deu passe para Felipe (que entrara na etapa complementar no lugar de Jones), o atacante recebeu em liberdade mas acabou finalizando sobre o travessão a chance de recolocar o Goiás na frente, aos 46 minutos. Ainda houve tempo para uma nova investida tricolor. Como foi? Daquele jeitinho: Carlinhos levantou na área, Fred tentou o cabeceio, mas a bola saiu em tiro-de-meta. Se déssemos a esse tipo de jogada o nome de um filme e trocássemos os atores por Mariano e Washington, estaríamos falando de uma saga com dezenas de capítulos. E o mesmo final...
Outros resultados
Quarta-feira
Ceará 2a2 Botafogo
Ontem
Corinthians 1a0 Cruzeiro
Santos 0a0 Grêmio
Atlético/MG 4a1 Flamengo
Hoje
Guarani 1a1 Vitória
Internacional 2a3 Avaí
Atlético/GO 3a0 Palmeiras
Há duas partidas em andamento e que completam a 35ª rodada: em São Januário jogam Vasco e São Paulo, enquanto na Arena da Baixada atuam Atlético/PR e Grêmio Prudente.
Mais detalhes sobre a partida entre Fluminense e Goiás podem ser vistos através do "Twitter" (@jogadadefeito), onde narramos e comentamos em tempo real os acontecimentos desse empate por 1a1.
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