Após mais de 7 anos sem atuar em Salvador pela primeira divisão no campeonato brasileiro (a última vez havia sido em 14.12.2003, quando levou uma sapecada de 7a0 para o Cruzeiro, de Vanderlei Luxemburgo), o Bahia deu o ar de sua graça em Pituaçu, na capital baiana. O estádio estava praticamente lotado, com cerca de 33.000 presentes que alternaram emoções no empate de 6 gols entre o Tricolor de Aço e o Flamengo. Antes da bola rolar, o Bahia apresentou dois reforços de peso para o meio: Carlos Alberto e Ricardinho, jogadores de incontestável capacidade técnica mas de comportamento duvidoso.
O jogo
Os cânticos da torcida empurravam os comandados de René Simões ao ataque e o time abriu a contagem com Lulinha: Souza, jogador com passagem pelo Flamengo, protegeu a bola da marcação e ela acabou sobrando para o jovem ex-Corinthians chutar firme no canto esquerdo. Mas o time visitante reagirira: Thiago Neves, que havia errado pelo menos dois chutes a gol, dessa vez errou o domínio de bola mas acabou proporcionando que ela chegasse até Ronaldinho Gaúcho, em involuntário corta-luz. Sem desperdício, o camisa 10 empatou a partida com chute no canto esquerdo.
A marcação do Bahia era forte, com Hélder e Fahel protegendo com muita determinação a linha de defesa. E, para piorar as coisas ao adversário, o time da casa conseguiu um contra-ataque fulminante, que terminou em assistência de Lulinha para conclusão de Jóbson: 2a1.
Mas o Bahia voltou do intervalo mais disposto a se defender do que nunca, dando campo para o Flamengo jogar. Praticamente como um castigo à falta de dedicação ao ataque, o time cedeu o empate: Wanderley receberia passe de Ronaldinho mas, a exemplo de Thiago Neves no lance do gol flamenguista, também errou o domínio de bola. E veja como são as coisas - a redonda passou pelo atacante e chegou limpa no argentino Dario Bottinelli, que ajeitou e finalizou em total liberdade. 2a2 no placar, para alegria da parcela rubro-negra presente nas arquibancadas.
Com Diego Maurício no lugar de Wanderley, o Flamengo nitidamente melhorou a movimentação pelo flanco esquerdo (pelo direito o jovem lateral Thiago Galhardo conseguia alguns momentos interessantes, na dura empreitada de substituir o lesionado Leonardo Moura). Numa dessas investidas, Diego Maurício passou pela marcação e, da proximidade da linha final, tocou atrás caprichosamente para Egídio. Se ele errou o domínio e a bola chegou num outro companheiro? Nada disso. O camisa 6 conseguiu ele próprio concluir o lance e fez isso muito bem, colocando a bola no canto esquerdo e o Flamengo na frente no placar.
Com o prejuízo no resultado e também no número de jogadores (Hélder foi expulso pelo segundo cartão amarelo após parar contra-ataque puxado por Bottinelli), o Bahia foi com a cara e a coragem buscar o gol de empate. E, com Jóbson decisivo, conseguiu reestabelecer a igualdade aos 44 minutos: o atacante que pertence ao Botafogo recebeu pela esquerda e soltou um chute rasteiro no canto direito, colocando a bola na rede e indo festejar, tirando a camisa e tudo.
No final, o Bahia deve ter sentido uma sensação de que poderia ter ganho o jogo caso não tivesse recuado tanto quando voltou do intervalo em vantagem no marcador. E o Flamengo, que poderia terminar a rodada no topo da tabela de classificação, deve lamentar não ter conseguido controlar a partida diante de um oponente com um homem a menos. São aqueles dois pontos que, no somatório final, podem acabar fazendo falta para seja lá o que for.
Outros resultados
Sábado
Botafogo 1a0 Santos
Avaí 1a3 Atlético MG
Internacional 0a1 Ceará
Domingo
Cruzeiro 1a1 Palmeiras
Corinthians 2a1 Coritiba
Atlético PR 0a1 Grêmio
Vasco 3a0 América MG
Atlético GO 0a1 Fluminense
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