Jogando uma boa partida em todos os setores, o Vasco da Gama venceu o Avaí em pleno estádio da Ressacada, em Florianópolis, e garantiu sua 2ª presença na final da Copa do Brasil. Diante do Coritiba, o Cruzmaltino tentará um desfecho diferente da edição de 2006, quando foi derrotado pelo Flamengo e amargou o vice-campeonato.
O jogo
Desde o início de partida, o Clube da Colina mostrou não se intimidar com a presença maciça dos torcedores catarinenses (apesar de muitos vascaínos serem vistos nas arquibancadas, a maioria era, naturalmente, avaiana). O gol inaugural saiu aos 3 minutos: Felipe cobrou falta pela direita colocando a bola com efeito no miolo da área, Diego Souza foi disputar pelo alto mas quem cabeceou para a rede foi o zagueiro Révson, marcando contra.
Difícil saber se aquele gol foi um golpe sentido pelos donos da casa dentro de campo, mas entre os torcedores era perceptível que o revés abateu os adeptos alvi-celestes. O fato é que o Vasco seguia melhor e criou muitas chances para ampliar a vantagem. Com chutes conciliando força e precisão, as finalizações vascaínas convidaram o goleiro Renan para trabalhar e logo se transformar no destaque da equipe mandante.
Com menos de meia hora de jogo, Silas realizou sua primeira substituição, trazendo o atacante Rafael Coelho (ex-Vasco) para o lugar do volante Acleisson (que cometia muitas faltas e pouco acrescentava quando com a posse de bola). Fazendo justiça ao amplo volume de jogo, o Vasco chegou ao 2º gol aos 34 minutos: Alecsandro, costumeiro finalizador, agiu como garçom e serviu Diego Souza, que com um toque categórico tirou de Renan e encaminhou a bola para dentro.
O Avaí até teve uma chance interessante de diminuir o prejuízo ainda na etapa inicial, mas a bola chutada por Julinho pelo lado esquerdo foi parar na trave esquerda. Foi somente após o intervalo que o time da casa melhorou visivelmente no jogo, conseguindo freqüentar o campo ofensivo com um pouco mais de organização na construção de jogadas. Porém, o Vasco seguia perigoso: aos oito, Diego Souza recebeu pela direita, avançou escapando da marcação na base da técnica e da força física e, quando poderia ser esperado um passe procurando um companheiro, o meio-campista tratou de chutar direto e carimbar a trave esquerda.
Apesar de precisar de 3 gols para reverter a situação, o Avaí pouco conseguia produzir e ainda levava um sufoco quando o Vasco se mandava ao ataque: aos catorze minutos, Ramón chutou pelo lado esquerdo, Renan não conseguiu abafar e a bola foi parada novamente pela trave, dessa vez a direita. Uma das melhores empreitadas avaianas ocorreu aos 27 minutos, quando Marquinhos chutou perto do ângulo direito, mandando a bola na haste horizontal que fica atrás da trave, na altura do travessão.
A torcida vascaína já fazia a festa na capital catarinense, soltando gritos de "olé" e cânticos provocando o rival Flamengo (que não são publicáveis em áreas freqüentadas por crianças e adolescentes). E a vitória somente não virou goleada porque a arbitragem errou ao marcar impedimento de Alecsandro quando o atacante completava para a rede uma bola recebida em posição legal, em jogada iniciada magistralmente por Diego Souza, que aplicara lençol sensacional em Marcinho Guerreiro. Para delírio da galera, que passou a entoar "ah! Diego Souza!".
No pós-jogo, Felipe, que deixou o campo no segundo tempo dando lugar ao volante Jumar, desabafou perante as provocações do atacante adversário Willian, figura apagada em campo: 'ele disse que ia nos atropelar, acho que o carro dele enguiçou'.
Outro resultado
Coritiba 1a0 Ceará (1a0 no agregado)
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