quarta-feira, 4 de maio de 2011

Sem Sustos E Com Anderson, United Passa Pelo Schalke E Vai A Wembley

Jogando de forma tranqüila do início ao fim do encontro em Old Trafford, o Manchester United não apenas administrou a vantagem contruída em Gelsenkirchen (2a0) como aplicou uma goleada sobre o Schalke 04: 4a1. E isso porque muitos jogadores titulares foram poupados, incluindo a dupla de zaga (Rio Ferdinand e Nemanja Vidic) e a dupla de ataque (Wayne Rooney e Javier "Chicharito" Hernández). Seria excesso de confiança na classificação? Foco no próximo jogo pela "Premiership" (que será de caráter decisivo na disputa pelo título)? Tentativa de Alex Ferguson "esconder o jogo" de Josep Guardiola (que acompanhou a partida de dentro do estádio)? Seja lá o que for, o fato é que o Manchester United mostrou competência e marcará presença em Wembley diante do Barcelona.

O jogo

Se o plano inicial do treinador Ralf Rangnick era "segurar" os donos da casa nos primeiros 15 minutos, essa tarefa foi cumprida com sobras: não apenas o Manchester pouco chegou ao ataque nesse período como o próprio Schalke 04 teve lá suas chances de abrir o placar, como em chute do peruano Jefferson Farfán aos 7 minutos, que passou à direita. Mas aos poucos o United foi assumindo o controle da partida, dando a entender que aquilo que já lhe era favorável poderia ser definitivamente garantido. Aos 25 minutos, o irlandês Darron Gibson deu bela assistência para o equatoriano Antonio Valencia chutar por baixo de Manuel Neuer, inaugurando o marcador no Teatro dos Sonhos. 5 minutos depois foi a vez de Valencia servir Gibson (mesmo que sem querer),com o irlandês chutando firme e Neuer aceitando ao rebater a bola para dentro do gol.

Com uma desvantagem de 4 gols no resultado agregado, o Schalke teve uma réstia de esperança aos 33 minutos: o espanhol José Manuel Jurado Marín recolheu uma bola que a defesa não afastou e chutou com muita força no canto direito, sem dar defesa para o holandês Edwin van der Sar. Antes do final do primeiro tempo, o brasileiro Anderson deu uma entrada violenta em José Jurado e até poderia ter sido expulso de campo pelo árbitro português Pedro Proença, que optou por mostrar-lhe o cartão amarelo.

Anderson não apenas permaneceu no gramado como subiu bastante de produção no segundo tempo. Aos 9 minutos, o camisa 8 chutou colocado e Manuel Neuer fez bela defesa de mão trocada para evitar o 3º gol. Não vou dizer que a intervenção do alemão foi para redimí-lo da falha no gol de Gibson porque o camisa 1 estava com muito crédito por tudo o que fizera na partida de ida.

Decidindo convidar seu time ao "tudo ou nada", Rangnick aos 24 minutos trocou Benedikt Höwedes (que no primeiro tempo evitou um gol de Valencia tirando a bola em cima da risca) pelo holandês Klaas-Jan Huntelaar, jogador cujas características tinham tudo a ver com a necessidade de gols do Schalke, tornando estranha a escolha de não escalá-lo de início.

Aos 26 minutos, Chris Smalling, meio atrapalhado pela própria natureza, completou para o gol vazio - mas a anulação por impedimento foi acertada. No minuto seguinte, Anderson, que já ajudava bastante na dinâmica do meio-campo, apresentou-se novamente ao ataque e deixou a sua marca: o brasileiro recebeu do português Nani, vacilou na primeira tentativa de remate mas não falhou na segunda, colocando no canto direito.

O resultado confortável convidou Ferguson a promover o retorno do escocês Darren Fletcher, que esteve dois meses de fora após passar maus bocados com uma virose. Quem deixava o campo era Paul Scholes, que teve atuação discreta. E quem não queria nem saber de tirar o pé do acelerador era Anderson: quatro minutos após marcar 3a1, o brasileiro marcou presença na área adversária e limitou-se a empurrar pra dentro um passe do búlgaro Dimitar Berbatov, em jogada onde o atacante recebera bela enfiada de bola de Valencia.

Àquela altura até Rangnick já havia chutado o balde, pois pouco antes do 4º gol sofrido, o treinador trocara Farfán pelo camaronês Joël Job Matip. Uma mexida que melhorou o jogo do Schalke, que ganhou em organização no setor de meio-campo e ficou perto de diminuir o irreversível prejuízo. Aos 36 minutos, Huntelaar iria à rede pegando rebote de van der Sar após chute do brasileiro Edu (que entrou no intervalo no lugar de Alexander Baumjohann). Mas um novo impedimento foi corretamente assinalado pela arbitragem, que teve atuação satisfatória.

De resto, Michael Owen (que entrou no lugar de Berbatov) mostrou um pouco do seu grande talento ao pegar bem na bola e buscar o ângulo esquerdo. Mas quem estava protegendo a baliza era Neuer, que fez outra defesaça de mão trocada e evitou que a goleada fosse maior.

Sabem quando foi o último encontro entre Manchester United e Barcelona? Dia 27.05.2009, na final daquela edição de Liga dos Campeões da Europa. Dois anos depois, lá estarão novamente esses dois gigantes do futebol mundial frente a frente para decidir um título europeu. Naquela vez, vitória barcelonista com gols de Samuel Eto'o (hoje na Internazionale) e Lionel Messi (goleador dessa edição com 11 gols em 12 jogos). Vamos ver o que acontecerá em Wembley, palco do próximo capítulo e um estádio que tem muita história para contar.

Outro resultado

Terça-feira

Barcelona 1a1 Real Madrid (3a1 no agregado)

Um comentário:

  1. Boa partida, mas aguardemos dia 28 para vermos se é páreo para Messi e cia. O imponderável é que encanta no futebol e faz do resultado desta partida algo incalculável, mesmo com a tremenda superioridade do time espanhol.

    Saudações!!!

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