É bem verdade que Marcos e Jéfferson apareceram bem (o goleiro alviverde realizou grande defesa indo buscar a bola perto do ângulo esquerdo após chute de Marcelo Mattos enquanto o alvinegro conseguiu pelo menos 3 defesas difíceis), mas o saldo do jogo entre Palmeiras e Botafogo foi pra lá de negativo. Salvam-se [1] a precisão de Marcos Assunção (que ratificou o seu talento nos lances de bola parada), [2] o golaço de Kléber (que fez tudo certo na jogada, sobretudo a irretocável finalização) e [3] a disposição apresentada por ambos os conjuntos. Mas em termos de toque de bola, jogadas de ultrapassagem, tabelas, enfim, algo pouco mais elaborado, nesse quesito tanto palmeirenses quanto botafoguenses tiveram atuação indigna de primeira divisão.
O jogo
Disposição foi a palavra de ordem para resumir o 1º tempo e a partida como um todo em São José do Rio Preto. Às vezes, o excesso dela acabou gerando faltas e cartões amarelos (casos de Thiago Heleno, Kléber, Lucas e Marcelo Mattos). Marcos Assunção cobrou uma vez na cabeça de Thiago Heleno (que quase abriu o placar, mandando a bola perto do travessão) e outras vezes diretamente para o gol, parando ou no travessão ou na interceptação de Jéfferson. Maicosuel também chegou perto de abrir o placar via bola parada, mandando uma bola alta que descaiu perigosamente atrás de Marcos. Mas a melhor chance alvinegra, embora em chute de fora da área, foi com bola rolando: aos 21 minutos, Marcelo Mattos arriscou e a bola tinha o endereço do ângulo esquerdo, mas Marcos evitou que ela entrasse. O Palmeiras chegou perto aos 42 minutos, quando Luan surgiu cara-a-cara com Jéfferson e o goleiro botafoguense atuou brilhantemente para colocar o braço direito na bola. Era muito pouco para os primeiros 45 minutos de dois times com as grandezas de Palmeiras e Botafogo. Talvez consciente disso, o Botafogo veio ligeiramente diferente para os 45 minutos finais: o meia Cidinho entrou no lugar do ala Lucas. Mas nem essa mexida nem a seguinte (Thiago Galhardo por Bruno Tiago) foram capazes de dar uma cara tão diferente ao Botafogo. Pelo lado palmeirense, Patrik entrou no lugar de Tinga. Só que o gol da vitória não se deu exatamente por causa dessa alteração, mas sobretudo pelo talento individual de Kléber. Completando 100 jogos com a camisa do clube, o "Gladiador" recebeu a bola (que considero poder ter sido interceptada por Antônio Carlos, vacilante no lance), cortou com tranqüilidade a marcação de Lucas Zen e chutou com força, fora de alcance para Jéfferson ou quem quer que estivesse posicionado para defender aquele remate certeiro. Golaço.
Do momento do 1a0 em diante, o Palmeiras de Scolari administrou o jogo minimizando os riscos de ceder o empate, optando por cadenciar ainda mais uma partida que já não era das mais movimentadas. Sem poder de criação (embora com 3 jogadores de armação em campo) e distante da área adversária, o Botafogo de Caio Júnior ainda tentou com a entrada de Alex (Marcelo Mattos saiu) dar alguma companhia para o solitário centroavante xará do treinador. Mas de que adianta ter ou não ter um parceiro no ataque se a bola não chega? Parece que as cinco semanas de treinos em General Severiano não foi tão bem usufruída quanto os alvinegros gostariam. Ou então, essa exibição de estréia foi um grande alarme falso. Aposto que nem os palmeirenses se empolgaram.
Outros resultados
Sábado
Flamengo 4a0 Avaí
Atlético MG 3a0 Atlético PR
Ceará 1a3 Vasco
Santos 1a1 Internacional
Domingo
Coritiba 0a1 Atlético GO
Figueirense 1a0 Cruzeiro
Grêmio 1a2 Corinthians
Fluminense 0a2 São Paulo
América MG 2a1 Bahia
Gostei do sábado, mas o domingo decepcionou. No total 24 gols em 10 jogos...confesso que esperava mais. Tomara que melhore para a segunda rodada.
ResponderExcluirSe estiver participando do Cartola FC, entre na Liga FuteB.R.O.N.C.A.!
Saudações!!!