Duas equipes que estrearam com vitória na primeira rodada (o São Paulo vencendo o atual campeão Fluminense no Rio de Janeiro e o Figueirense vencendo o atual vice-campeão Cruzeiro em Santa Catarina) duelaram no Morumbi na noite de sábado. Foi uma partida bem disputada que, se por um lado não teve uma movimentação das mais empolgantes, por outro reservou algumas emoções, principalmente no segundo tempo.
Jogando com Dagoberto e Fernandinho pouco mais à frente de Lucas e Carlinhos Paraíba, o São Paulo saía para o jogo sem se expôr atrás, o que dificultava o plano alvinegro de contra-atacar. Como as tramas ofensivas são-paulinas eram geralmente previsíveis e a defesa seguia protegida, o placar de 0a0 persistir até o intervalo foi conseqüência natural.
No intervalo, Paulo César Carpeggiani promoveu uma dupla alteração: entraram Henrique Miranda e Rivaldo, saíram Juan e Fernandinho. E a entrada do ex-astro de Barcelona e seleção brasileira logo elevou a qualidade do passe tricolor, que passava a conservar mais e melhor a posse de bola. As chances apareceram em maior número, com o goleiro Wilson passando a participar ativamente da partida e a trave esquerda salvando por duas vezes a meta catarinense.
Pelo lado da equipe visitante, Jorginho buscou alternativas para fugir daquele cenário que se desenhava favorável aos donos da casa, que pareciam cada vez mais perto do gol. Saindo mais para o jogo e em alguns momentos sufocando a defesa tricolor, o Figueirense mostrava que tinha condições de sair do Morumbi com algo melhor do que um empate. Mas acabou vendo o talento individual de Lucas fazer a diferença nos instantes finais da partida, mais precisamente no último lance antes do apito final: aos 47 minutos, o jovem meia (que não trato como promissor pois desde o Sul-Americano Sub-20 já o vejo como realidade) pegou a bola fora da área, arrumou pro chute e mandou firme uma bola que ainda foi desviada por Wilson antes de entrar no canto esquerdo.
Não foi uma grande atuação dos comandados de Carpeggiani - como o próprio Lucas reconheceu em entrevista pós-jogo - mas a vitória que leva o Tricolor Paulista aos 6 pontos em duas rodadas ratifica que a equipe, que vivia ambiente pra lá de turbulento, parece focada nesse novo campeonato que se inicia. Rivaldo, que não jogava 45 minutos há algum tempo (tempo demais para alguém de sua qualidade técnica), explicitou alegria ao deixar o campo, mostrando-se contente com sua participação. Torço para que Carpeggiani possa fazer maior uso desse atleta fantástico. Aliás, um time que conta com o talento de uma dupla como Lucas e Rivaldo tem meio caminho andado para o sucesso.
Outros jogos
Botafogo 1a0 Santos
Enfrentando um time de reservas, o Botafogo recuperou-se da derrota para o Palmeiras na estréia e conseguiu seus primeiros pontos na competição. O solitário gol do jogo saiu após cobrança de escanteio de Éverton com participação da dupla de zagueiros - Antônio Carlos desviou e Fábio Ferreira escorou com bonito chute. O Santos, que estreara com empate diante do Internacional, segue priorizando a Copa Libertadores da América.
Internacional 0a1 Ceará
Após não conseguir mais do que um empate com um time de reservas do Santos na rodada inaugural, o Internacional tropeçou dessa vez dentro de casa. Iarley, ex-Inter, marcou o gol da vitória visitante, somando os primeiros pontos de um time que, na estréia, usou reservas e perdeu para o Vasco. Nada como uma vitória para refazer-se da eliminação na Copa do Brasil e seguir em frente na temporada.
Avaí 1a3 Atlético MG
Após estrear levando uma sapecada de 4a0 do Flamengo e ser eliminado da Copa do Brasil pelo Vasco da Gama com derrota no estádio da Ressacada, o Avaí segue um mau momento na temporada. A equipe até saiu na frente, mas levou a virada em 3 gols de jogadas de escanteio. Melhor para o Atlético Mineiro, que chega aos seis pontos ganhos (havia estreado goleando o Atlético Paranaense por 3a0).
A 2ª rodada se completa nesse domingo com os demais 7 jogos.
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