Dezenove anos após sua última conquista de Taça Guanabara, o Fluminense voltou a conquistar, nesse domingo, o título referente ao primeiro turno no Campeonato Estadual. E, ao contrário de finais recentes no Rio de Janeiro, essa foi relativamente tranqüila para o campeão, que chegou a abrir 3a0 no placar e administrou a ampla vantagem no marcador para ficar com o troféu.
Outro tabu quebrado pelo Tricolor das Laranjeiras refere-se ao recente retrospecto em clássicos: a equipe vinha de doze jogos sem vitória nessas partidas até o 3a1 sobre o Vasco. Aos vascaínos, vice-campeões na Taça Guanabara 2010 para o Botafogo, na Taça Rio 2011 para o Flamengo e na Taça Guanabara 2012 para o Fluminense, fica o sentimento de que o índice de 100% de aproveitamento na competição foi derrubado num momento um tanto inoportuno para as intenções da equipe.
Curiosamente, na fase de grupos o Fluminense dependeu do Vasco para conseguir avançar a fase semifinal. Quer dizer, a grosso modo, o Vasco foi vice para si mesmo nessa Taça Guanabara.
O jogo
O setor de meio-campo estava congestionado, mas o ímpeto dos times em ir para o ataque passou por cima disso e o jogo foi movimentado desde o início. Quando aos trinta e quatro minutos o vascaíno Diego Souza carimbou a trave de Diego Cavalieri, provavelmente não imaginaria que no contra-ataque adversário nasceria o primeiro gol do jogo: Wellington Nem entrou na área, preparou a finta na marcação de Fágner e foi derrubado pelo lateral-direito. Pênalti assinalado pelo polêmico árbitro Marcelo de Lima Henrique e convertido pelo atacante Fred, que cobrou no canto esquerdo de Fernando Prass.
O Vasco não deu sinais de abatimento pelo revés no placar e seguiu tentando atacar. Mas foi surpreendido por Deco, que, aos quarenta e dois minutos, recebeu uma bola não muito longe da linha lateral e mandou um chute que tomou o rumo do canto direito do gol, quando muitos esperavam um levantamento na área - será que o próprio Deco buscou um chute direto? Independentemente da resposta, o fato é que Prass saltou mas não alcançou e o Flu marcava 2a0 naquele momento. E houve uma baita oportunidade para o Tricolor fazer o terceiro ainda no primeiro tempo, mas o vacilo de Rodolfo que rendeu um presente para Thiago Neves acabou em uma finalização para fora.
No intervalo, Carlinhos deu lugar a Carleto no Flu, numa modificação estritamente por motivos clínicos. O Vasco voltou idêntico. E, aos onze minutos, sairia o 3º gol tricolor: em contra-ataque, Thiago serviu Fred com precisa enfiada de bola e o camisa nove nem precisou ajeitar, chutando de primeira no canto esquerdo de Fernando. Com cânticos exaltando ironicamente a condição de vice do Clube da Colina (no futebol, muitos consideram o vice-campeão mais como um derrotado do que como o mais bem-sucedido adversário do detentor do título), a torcida tricolor fazia festa no estádio Engenhão.
Cristóvão Borges mexeu três vezes (Fellipe Bastos por Eduardo Costa, Thiago Feltri por Felipe e William Barbio por Kim) e o Vasco passou a correr atrás do prejuízo apostando quase que exclusivamente em uma jogada: colocar a bola na área via lançamentos aéreos. Naquele momento, Dedé havia se tornado um centroavante tão presente na área quanto Alecsandro, e o time levava bastante perigo buscando o alto jogador que vestia a camisa vinte e seis. Só que nem a torcida vascaína confiava mais numa reviravolta, sendo possível ver vários adeptos deixando as arquibancadas por volta dos trinta e seis minutos do segundo tempo. Esses indivíduos provavelmente não viram o gol de honra da equipe pela qual "torciam": de cabeça Eduardo Costa apoveitou de liberdade e mandou com firmeza pra rede. No minuto seguinte, Dedé teve sua chance mas mandou na trave direita. Seria um gol para incendiar a partida, mas o Fluminense escapou de ter uma vitória aparentemente tranqüila colocada em risco, confirmando o título no apito final. Quarta-feira, começa a Taça Rio.
domingo, 26 de fevereiro de 2012
quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012
O Vasco É O Time Da Virada
Se a alegria oferecida pelo carnaval foi ampliada para alguns, para outros a quarta-feira foi de cinzas. Vasco e Flamengo duelaram pela semifinal na Taça Guanabara 2012 e, mesmo após ver o adversário abrir o placar logo com dois minutos de jogo, o Clube da Colina conseguiu reverter a situação e garantiu a classificação para a final do torneio com uma virada por 2a1.
O sabor da vitória foi ainda mais especial para os vascaínos no sentido de que a equipe estava há oito jogos sem vencer este adversário (com direito a cinco empates nesse período). Na atual temporada, o time comandado por Cristóvão Borges venceu todos os oitos jogos disputados no Campeonato Estadual Fluminense, tendo sido derrotado somente em sua partida de Copa Libertadores da América (2a1 para o Nacional, em São Januário). Agora, o Vasco aguarda o vencedor do Clássico Vovô para conhecer o adversário na decisão da Taça Guanabara.
O jogo
A bola que Vágner Love recebeu de Deivid aos dois minutos de jogo na intermediária de ataque e a liberdade que o camisa 99 teve para conduzí-la até a proximidade da área adversária talvez seja um indicativo da falta de atenção do sistema defensivo oponente. Ou então, atenção até demais, só que em jogadores como Ronaldinho Gaúcho, que puxou a marcação para si e permitiu que o companheiro pudesse achar espaço para chutar ao gol. E a finalização de Love foi certeira, de perna esquerda, sem dar chance para intervenção de Fernando Prass.
O gol parece que atordoou o time do Vasco, que tinha dificuldades em sair para o jogo com a mesma desenvoltura que a equipe comandada por Joel Santana. Só que nem precisava dessa desenvoltura para chegar ao gol de empate: aos catorze minutos, Juninho Pernambucano chutou de longa distância, a bola teve sutil desvio no percurso, quicou antes de chegar no goleiro Felipe e foi concedido rebote nos pés de Alecsandro, que completou pra rede. 1a1 no placar.
O jogo passou a ficar equilibrado e novas chances claras foram vistas no primeiro tempo. Se Felipe e Prass conseguiram defender chutes de Juninho e Deivid aos 33 minutos, o mais incrível aconteceria dois minutos mais tarde: Thiago Feltri perdeu disputa de bola com Leonardo Moura, o lateral rubronegro foi até a linha final e passou rasteiro para o miolo da pequena área. Não havia goleiro (a bola passara por ele), não havia marcação (Deivid estava livre), não havia praticamente qualquer obstáculo para que a partida fosse desempatada naquele momento. Quer dizer, havia uma coisinha: o próprio Deivid. O camisa 9 conseguiu a proeza de acertar a trave direita numa situação onde a baliza estava escancarada diante de seus olhos.
As últimas chances de mexer no placar antes do intervalo foram vascaínas, mas uma defesa de Felipe em chute de Juninho (novamente desviado) e um cabeceio de Diego Souza para fora mantiveram o resultado de 1a1. O segundo tempo teve intensidade de ambas as partes, mas pouca criatividade. Uma grande chance ocorreu aos dezenove minutos, mas Love chutou na parte externa da rede. Quem não desperdiçou foi Diego Souza: aos trinta e dois minutos, o camisa dez pegou rebote concedido por Felipe e, de cabeça, mandou pra rede. Um parêntese sobre o goleiro aniversariante Felipe e suas bolas rebatidas: creio que o arqueiro deva se conscientizar que há momentos em que é melhor "sair mal na foto" do que enviar a bola artisticamente para o domínio de um adversário. Não foi o caso específico nesse segundo gol, mas é algo que vejo acontecer vez ou outra com um goleiro que, mesmo bem posicionado e em situação onde pode encaixar a bola ou simplesmente encaminhá-la para a linha-de-fundo, prefere fazer movimentos espalhafatosos.
Em desvantagem no placar, Joel tirou um de seus três volantes (escolheu Aírton para sair) e colocou o avançado Negueba. O Vasco portou-se bem na defesa e conseguiu manter a vantagem no placar, selando o fim de uma seqüência sem vencer o adversário e mantendo-se com 100% de aproveitamento no Estadual 2012.
O sabor da vitória foi ainda mais especial para os vascaínos no sentido de que a equipe estava há oito jogos sem vencer este adversário (com direito a cinco empates nesse período). Na atual temporada, o time comandado por Cristóvão Borges venceu todos os oitos jogos disputados no Campeonato Estadual Fluminense, tendo sido derrotado somente em sua partida de Copa Libertadores da América (2a1 para o Nacional, em São Januário). Agora, o Vasco aguarda o vencedor do Clássico Vovô para conhecer o adversário na decisão da Taça Guanabara.
O jogo
A bola que Vágner Love recebeu de Deivid aos dois minutos de jogo na intermediária de ataque e a liberdade que o camisa 99 teve para conduzí-la até a proximidade da área adversária talvez seja um indicativo da falta de atenção do sistema defensivo oponente. Ou então, atenção até demais, só que em jogadores como Ronaldinho Gaúcho, que puxou a marcação para si e permitiu que o companheiro pudesse achar espaço para chutar ao gol. E a finalização de Love foi certeira, de perna esquerda, sem dar chance para intervenção de Fernando Prass.
O gol parece que atordoou o time do Vasco, que tinha dificuldades em sair para o jogo com a mesma desenvoltura que a equipe comandada por Joel Santana. Só que nem precisava dessa desenvoltura para chegar ao gol de empate: aos catorze minutos, Juninho Pernambucano chutou de longa distância, a bola teve sutil desvio no percurso, quicou antes de chegar no goleiro Felipe e foi concedido rebote nos pés de Alecsandro, que completou pra rede. 1a1 no placar.
O jogo passou a ficar equilibrado e novas chances claras foram vistas no primeiro tempo. Se Felipe e Prass conseguiram defender chutes de Juninho e Deivid aos 33 minutos, o mais incrível aconteceria dois minutos mais tarde: Thiago Feltri perdeu disputa de bola com Leonardo Moura, o lateral rubronegro foi até a linha final e passou rasteiro para o miolo da pequena área. Não havia goleiro (a bola passara por ele), não havia marcação (Deivid estava livre), não havia praticamente qualquer obstáculo para que a partida fosse desempatada naquele momento. Quer dizer, havia uma coisinha: o próprio Deivid. O camisa 9 conseguiu a proeza de acertar a trave direita numa situação onde a baliza estava escancarada diante de seus olhos.
As últimas chances de mexer no placar antes do intervalo foram vascaínas, mas uma defesa de Felipe em chute de Juninho (novamente desviado) e um cabeceio de Diego Souza para fora mantiveram o resultado de 1a1. O segundo tempo teve intensidade de ambas as partes, mas pouca criatividade. Uma grande chance ocorreu aos dezenove minutos, mas Love chutou na parte externa da rede. Quem não desperdiçou foi Diego Souza: aos trinta e dois minutos, o camisa dez pegou rebote concedido por Felipe e, de cabeça, mandou pra rede. Um parêntese sobre o goleiro aniversariante Felipe e suas bolas rebatidas: creio que o arqueiro deva se conscientizar que há momentos em que é melhor "sair mal na foto" do que enviar a bola artisticamente para o domínio de um adversário. Não foi o caso específico nesse segundo gol, mas é algo que vejo acontecer vez ou outra com um goleiro que, mesmo bem posicionado e em situação onde pode encaixar a bola ou simplesmente encaminhá-la para a linha-de-fundo, prefere fazer movimentos espalhafatosos.
Em desvantagem no placar, Joel tirou um de seus três volantes (escolheu Aírton para sair) e colocou o avançado Negueba. O Vasco portou-se bem na defesa e conseguiu manter a vantagem no placar, selando o fim de uma seqüência sem vencer o adversário e mantendo-se com 100% de aproveitamento no Estadual 2012.
quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012
A Arte De Mudar De Canal
Na mais importante competição continental envolvendo clubes sul-americanos, nada como uma partida envolvendo uma equipe argentina e outra brasileira, não é verdade? Acontece que na 1ª rodada pela Copa Libertadores da América 2012, o jogo entre Lanús e Flamengo, disputado em Buenos Aires, passou longe de ser um evento dos mais interessantes. O blogueiro, embora apaixonado por futebol, deu mais atenção ao programa "Os Protetores Do Planeta", exibido na emissora "TV Brasil" enquanto rolava o segundo tempo da partida que terminou empatada em 1a1. E digita o presente texto convicto de que fez a escolha certa. Aprendi muito mais com o belíssimo documentário abordando o Alaska do que aprenderia se focasse a atenção no jogo em questão.
O jogo
Uma vez Joel, sempre Joel: escalando o time com quatro jogadores mais combativos do que criativos - ou qualquer outra coisa - no setor de meio-campo, o treinador dificultou a saída de jogo do Flamengo, que se limitava a criar alguma coisa basicamente com o apoio de Leonardo Moura, ora pelo flanco direito, ora mais centralizado. Mesmo assim, a equipe visitante conseguiu terminar o 1º tempo em vantagem no placar: nos acréscimos, Ronaldinho Gaúcho tocou para Renato, que abriu na esquerda. De lá veio um cruzamento rasteiro de Júnior César, com a bola atravessando toda a extensão da pequena área e chegando em Leonardo Moura, que, oportunamente, estufou a rede.
Só que a burocrática escalação rubronegra foi punida na etapa complementar: depois de disputa ríspida pela bola, Pavone conseguiu encontrar Carranza, que empatou a partida. Carranza havia entrado em campo no segundo tempo, a exemplo de Romero. Foram modificações que pareceram deixar o time da casa mais ofensivo, embora sem necessariamente desenvolver um futebol envolvente. O Fla, mesmo sem jogar bem, esteve perto de retomar a vantagem no marcador, mas o argentino Dario Bottinelli isolou uma finalização frontal em sobra de bola perto da marca do pênalti. Foi, sem dúvidas, mais interessante aprender sobre a vida de ursos, salmões e gaivotas nos ecossistemas árticos, tão ameaçados por uma sociedade que não mensura limites naquilo que chama de "progresso". Precisamos diminuir a nossa demanda por petróleo e colocar valores éticos de respeito à vida como prioridade frente a essa lógica utilitarista antropocêntrica que parece fazer do planeta Terra um mero meio de exploração para a satisfação de uma ganância insaciável.
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segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012
Equipe E Jogada Da Semana
Zâmbia, campeã na Copa Africana de Nações pela primeira vez na história do futebol. Derrotar a forte seleção da Costa do Marfim na grande final já seria por si só um grande feito. Mas o fato de e partida ter sido disputada em Libreville (capital do Gabão, onde, em 1993, 18 jogadores zambianos desencarnaram num desastre aéreo) deu ares de épico ao evento realizado nesse doze de fevereiro de dois mil e doze. Parabéns a toda a população de Zâmbia. O mundo dá voltas, e a localidade que fizera muitos chorarem, hoje faz muitos sorrirem. Ademais, indico a leitura do artigo "Em nome dos heróis que se foram. Viva Zâmbia!", de Leonardo Bertozzi.
Jogada da semana
Um espectador desavisado olhará para a jogada abaixo e poderá pensar estar vendo um jogo do Barcelona. Acredite, esta imagem mostra-nos um gol do Borussia Mönchengladbach, em partida válida pela 21ª rodada no Campeonato Alemão. Naquele momento do jogo no estádio Borussia-Park, o time da casa marcava 2a0 aos catorze minutos, em partida que terminaria com o placar de 3a0 e faria Borussia M'gladbach e Schalke 04 trocarem de posição na tabela de classificação na Bundesliga: agora, o time de Mike Hanke (autor do golaço) é o 3º colocado na liga nacional alemã temporada 2011-2. Assista o vídeo e veja como é bonita - e eficiente - a arte de tabelar no campo de ataque. Curiosamente, Hanke, hoje com 28 anos de idade, já teve passagem pelo Schalke 04.
Jogada da semana
Um espectador desavisado olhará para a jogada abaixo e poderá pensar estar vendo um jogo do Barcelona. Acredite, esta imagem mostra-nos um gol do Borussia Mönchengladbach, em partida válida pela 21ª rodada no Campeonato Alemão. Naquele momento do jogo no estádio Borussia-Park, o time da casa marcava 2a0 aos catorze minutos, em partida que terminaria com o placar de 3a0 e faria Borussia M'gladbach e Schalke 04 trocarem de posição na tabela de classificação na Bundesliga: agora, o time de Mike Hanke (autor do golaço) é o 3º colocado na liga nacional alemã temporada 2011-2. Assista o vídeo e veja como é bonita - e eficiente - a arte de tabelar no campo de ataque. Curiosamente, Hanke, hoje com 28 anos de idade, já teve passagem pelo Schalke 04.
sábado, 11 de fevereiro de 2012
Virada De Campeão Ou Futebol De Time Do Allegri?
Com alguns desfalques e muitas dificuldades, o Milan conseguiu sair com uma vitória de virada em Údine, alcançando provisoriamente a liderança na Série A italiana - o Rossonero tem dois pontos a mais que a vice-líder Juventus, só que a Vecchia Signora, que volta a atuar na segunda-feira, possui dois jogos a menos. A partida disputada no estádio Communale Friuli parecia sob controle para o time da casa, que vencia por 1a0 e conseguia conter as esporádicas investidas oponentes. Só que a entrada do argentino Maximiliano Gastón López na equipe visitante conseguiu dar novo ânimo para os milanistas, que somaram três pontos bastante festejados após o apito derradeiro do árbitro Mauro Bergonzi. Com a derrota, a Udinese não conseguiu ingressar na zona de classificação para a Liga dos Campeões da Europa, deixando o time um ponto atrás da 3ª colocada, a Lazio (nessa temporada, a Itália levará três representantes para a próxima edição da mais importante competição de clubes europeus, e não mais quatro).
O jogo
Bem arrumado na defesa e saindo com qualidade e entrosamento nos contra-ataques, o time da Udinese atuava melhor que o Milan e, com méritos, abriu o placar aos dezoito minutos: o atacante Antonio Di Natale recebeu pela esquerda e, acompanhado por Thiago Silva, descolou chute com a perna canhota, com a bola desviando no defensor brasileiro e indo parar no canto direito do gol defendido por Marco Amelia. 1a0 Udinese e festa da torcida local naquela fria tarde de inverno italiano.
Sentindo ausências de jogadores como Mark van Bommel, Kevin-Prince Boateng e Zlatan Ibrahimovic, o Milan de Massimiliano Allegri era um deserto de opções de jogadas, não conseguindo tirar proveito nem da categoria de Clarence Seedorf, nem da velocidade de Robinho, nem tampouco da movimentação de Stephan El Shaarawy. Chutes de longa distância de Seedorf (defendido tranqüilamente por Samir Handanovic) e Philippe Mexès (passando sem perigo, à direita) foram o resumo das "oportunidades criadas" pelo atual campeão no primeiro tempo. Em contrapartida, o time da casa mostrava boa desenvoltura na transição ao ataque, contando com Pablo Armero e Mauricio Isla para fazerem a aproximação ao goleador Di Natale, que fazia grande partida.
Veio o segundo tempo e as formações foram mantidas tanto por Francesco Guidolin quanto por Allegri. O Milan até conseguia ter a posse de bola, mas seguia esbarrando na bem postada defesa da Udinese, que tinha no brasileiro Danilo (ex-Palmeiras) um personagem importante. Seu companheiro Maurizio Domizzi não apenas era implacável na marcação como ainda se apresentava na frente, quase marcando o segundo em contra-ataque fulminante, tendo a finalização de bico defendida por Amelia.
E aí as coisas começariam a sofrer modificações. De tanto apanharem dos milanistas, surgiu uma contusão de um jogador da Udinese: em dividida com Massimo Ambrosini, Isla levou a pior e deixou o campo na maca. Queira Deus que não seja nada grave - os gemidos de dor do chileno e a imagem de sua perna direita sendo prensada no gramado são capazes de chocar. Em seu lugar entrou Giovanni Pasquali, aos quinze minutos. Cinco minutos mais tarde, quem mexeu foi o Milan: Nocerino deu lugar a Máxi López. Típica substituição que você só verá o Allegri fazer com o placar adverso... A Udinese voltou a ter chances de abrir 2a0, mas desperdiçou novamente, como em chegada onde Armero poderia se antecipar a Mexès mas permitiu a intervenção do francês em ataque onde só restava o arqueiro oponente pela frente. Explicitando cansaço, Di Natale, que caminha para a terceira temporada seguida como goleador da Série A, deu lugar a Antonio Floro Flores, aos vinte e nove. E, dois minutos depois, quiseram os deuses do futebol que saísse o gol de empate: El Shaarawy, italiano de descendência egípcia, chutou cruzado pela esquerda, o goleiro esloveno Handanovic deu rebote e Máxi López não perdoou, mandando pra rede. Bola que o arqueiro poderia - e deveria - ter encaixado, mas jogo que segue.
Oito minutos depois de López aproveitar o rebote de um chute de El Shaarawy, foi a vez do argentino "retribuir": em contra-ataque pelo flanco direito, Máxi foi à linha final e passou rasteiro, com o jovem de dezenove anos finalizando como manda o figurino, firme e no canto, virando o jogo em Údine. Aproximáva-se o final do jogo e, enquanto Guidolin trocava o volante Michele Pazienza pelo atacante romeno Gabriel Torje, Allegri ratificava aquilo que o blogueiro acha dele ao optar por recuar o time, tirando Robinho para colocar o defensor Daniele Bonera. O Milan ainda passou um sufoco, com direito a defesa de Amelia em chute de Torje para evitar o gol de empate da equipe que melhor atacava no jogo. Mas o placar persistiu e os milanistas puderam celebrar mais três pontos na tabela, garantindo um domingo no topo da classificação na competição. Não será com esse futebol que permanecerá por ali...
O jogo
Bem arrumado na defesa e saindo com qualidade e entrosamento nos contra-ataques, o time da Udinese atuava melhor que o Milan e, com méritos, abriu o placar aos dezoito minutos: o atacante Antonio Di Natale recebeu pela esquerda e, acompanhado por Thiago Silva, descolou chute com a perna canhota, com a bola desviando no defensor brasileiro e indo parar no canto direito do gol defendido por Marco Amelia. 1a0 Udinese e festa da torcida local naquela fria tarde de inverno italiano.
Sentindo ausências de jogadores como Mark van Bommel, Kevin-Prince Boateng e Zlatan Ibrahimovic, o Milan de Massimiliano Allegri era um deserto de opções de jogadas, não conseguindo tirar proveito nem da categoria de Clarence Seedorf, nem da velocidade de Robinho, nem tampouco da movimentação de Stephan El Shaarawy. Chutes de longa distância de Seedorf (defendido tranqüilamente por Samir Handanovic) e Philippe Mexès (passando sem perigo, à direita) foram o resumo das "oportunidades criadas" pelo atual campeão no primeiro tempo. Em contrapartida, o time da casa mostrava boa desenvoltura na transição ao ataque, contando com Pablo Armero e Mauricio Isla para fazerem a aproximação ao goleador Di Natale, que fazia grande partida.
Veio o segundo tempo e as formações foram mantidas tanto por Francesco Guidolin quanto por Allegri. O Milan até conseguia ter a posse de bola, mas seguia esbarrando na bem postada defesa da Udinese, que tinha no brasileiro Danilo (ex-Palmeiras) um personagem importante. Seu companheiro Maurizio Domizzi não apenas era implacável na marcação como ainda se apresentava na frente, quase marcando o segundo em contra-ataque fulminante, tendo a finalização de bico defendida por Amelia.
E aí as coisas começariam a sofrer modificações. De tanto apanharem dos milanistas, surgiu uma contusão de um jogador da Udinese: em dividida com Massimo Ambrosini, Isla levou a pior e deixou o campo na maca. Queira Deus que não seja nada grave - os gemidos de dor do chileno e a imagem de sua perna direita sendo prensada no gramado são capazes de chocar. Em seu lugar entrou Giovanni Pasquali, aos quinze minutos. Cinco minutos mais tarde, quem mexeu foi o Milan: Nocerino deu lugar a Máxi López. Típica substituição que você só verá o Allegri fazer com o placar adverso... A Udinese voltou a ter chances de abrir 2a0, mas desperdiçou novamente, como em chegada onde Armero poderia se antecipar a Mexès mas permitiu a intervenção do francês em ataque onde só restava o arqueiro oponente pela frente. Explicitando cansaço, Di Natale, que caminha para a terceira temporada seguida como goleador da Série A, deu lugar a Antonio Floro Flores, aos vinte e nove. E, dois minutos depois, quiseram os deuses do futebol que saísse o gol de empate: El Shaarawy, italiano de descendência egípcia, chutou cruzado pela esquerda, o goleiro esloveno Handanovic deu rebote e Máxi López não perdoou, mandando pra rede. Bola que o arqueiro poderia - e deveria - ter encaixado, mas jogo que segue.
Oito minutos depois de López aproveitar o rebote de um chute de El Shaarawy, foi a vez do argentino "retribuir": em contra-ataque pelo flanco direito, Máxi foi à linha final e passou rasteiro, com o jovem de dezenove anos finalizando como manda o figurino, firme e no canto, virando o jogo em Údine. Aproximáva-se o final do jogo e, enquanto Guidolin trocava o volante Michele Pazienza pelo atacante romeno Gabriel Torje, Allegri ratificava aquilo que o blogueiro acha dele ao optar por recuar o time, tirando Robinho para colocar o defensor Daniele Bonera. O Milan ainda passou um sufoco, com direito a defesa de Amelia em chute de Torje para evitar o gol de empate da equipe que melhor atacava no jogo. Mas o placar persistiu e os milanistas puderam celebrar mais três pontos na tabela, garantindo um domingo no topo da classificação na competição. Não será com esse futebol que permanecerá por ali...
domingo, 5 de fevereiro de 2012
Diego Souza Decide E Vasco Continua 100%
Só há um time com quatro vitórias nessas primeiras quatro rodadas de Taça Guanabara: o Vasco, que nesse domingo venceu o bem organizado time do Friburguense pelo placar de 2a0. Se pensarmos que ano passado o Clube da Colina teve seu pior início de temporada colecionando derrotas nessa mesma competição (período que culminou com a demissão do então treinador Paulo César Gusmão), é indubitável que o ano de 2012 começa para o Cruzmaltino melhor do que o anterior.
Os gols da partida foram marcados ambos por Diego Souza, sempre aproveitando assistência do capitão Juninho Pernambucano. O próximo jogo do Vasco pelo Campeonato Estadual será domingo, dia doze, no clássico com o Fluminense (ainda sem local definido). O Friburguense, por sua vez, recebe no estádio Eduardo Guinle a equipe do Boavista, em partida agendada para o dia oito. Só que a torcida vascaína, nesse presente momento, volta as atenções para a Copa Libertadores da América: quarta-feira, dia oito, o time comandado por Cristóvão Borges (Ricardo Gomes segue fazendo recuperação, conseguindo realizar caminhadas sem uso de muletas) estréia na competição continental em São Januário, diante do uruguaio Nacional.
O jogo
Sob um forte calor na tarde de verão carioca, Nilton deu sinais de estar de cabeça quente: já no primeiro minuto de partida, o volante vascaíno deu entrada desleal daquelas dignas de cartão vermelho e suspensão longa, mas foi punido com um simples cartão amarelo por parte do árbitro Grazianni Rocha. No minuto seguinte, uma entrada muito menos violenta - de Ziquinha em Rodolfo - rendeu o mesmo cartão amarelo para o jogador do Friburguense, deixando dúvidas sobre os critérios disciplinares usados pelo apitador.
Com bola rolando, os primeiros quinze minutos de partida tiveram amplo domínio da equipe visitante. Trabalhando bem a bola e atuando quase que exclusivamente no campo de ataque, o time comandado por Gérson Andreotti sufocava o Vasco e se aproximava do gol variando as jogadas ofensivas. Só que o futebol está entre aqueles esportes que costumam castigar a falta de eficiência: no finalzinho do primeiro tempo, Juninho Pernambucano cobrou escanteio pela direita e Diego Souza cabeceou no ângulo direito do goleiro Marcos, abrindo o placar para o Vasco e mascarando com o resultado os acontecimentos vistos até então.
No intervalo, Cristóvão Borges promoveu duas alterações: saíram Fellipe Bastos e Allan, entraram Eduardo Costa e Felipe. O time do Vasco logo mostrou uma subida de produção, embora sem exercer o mesmo domínio que seu adversário exercera na etapa inicial. Mas nem precisava: aos catorze minutos, Juninho lançou Diego Souza com maestria e o camisa dez fez tudo como manda o figurino, dominando, ajeitando e finalizando de maneira consciente, deslocando o goleiro. Belo gol do Vasco e 2a0 no placar.
Gérson Andreotti tentou dar novo ânimo ao Friburguense através de mudanças de jogadores, só que o rendimento do time caiu abruptamente - emobra vez ou outra ainda conseguisse dar trabalho para a dupla de defesa formada por Dedé e Rodolfo. Aos trinta e cinco minutos, Cristóvão trocou Juninho (que passou a braçadeira para Eduardo) por Bernardo, e o camisa oito saiu ovacionado pelo público presente. Nos minutos finais, a jogada que mais teve cara de gol foi um contra-ataque fulminante vascaíno: aos quarenta e cinco minutos, o goleiro Alessandro fez ligação direta acionando Bernardo, este cruzou de primeira para Alecsandro, que, também de prima, finalizou. Em apenas três toques o Vasco chegaria ao terceiro gol, mas o goleiro Marcos atuou bem e bloqueou a finalização do centroavante, conservando o 2a0 no placar.
Os gols da partida foram marcados ambos por Diego Souza, sempre aproveitando assistência do capitão Juninho Pernambucano. O próximo jogo do Vasco pelo Campeonato Estadual será domingo, dia doze, no clássico com o Fluminense (ainda sem local definido). O Friburguense, por sua vez, recebe no estádio Eduardo Guinle a equipe do Boavista, em partida agendada para o dia oito. Só que a torcida vascaína, nesse presente momento, volta as atenções para a Copa Libertadores da América: quarta-feira, dia oito, o time comandado por Cristóvão Borges (Ricardo Gomes segue fazendo recuperação, conseguindo realizar caminhadas sem uso de muletas) estréia na competição continental em São Januário, diante do uruguaio Nacional.
O jogo
Sob um forte calor na tarde de verão carioca, Nilton deu sinais de estar de cabeça quente: já no primeiro minuto de partida, o volante vascaíno deu entrada desleal daquelas dignas de cartão vermelho e suspensão longa, mas foi punido com um simples cartão amarelo por parte do árbitro Grazianni Rocha. No minuto seguinte, uma entrada muito menos violenta - de Ziquinha em Rodolfo - rendeu o mesmo cartão amarelo para o jogador do Friburguense, deixando dúvidas sobre os critérios disciplinares usados pelo apitador.
Com bola rolando, os primeiros quinze minutos de partida tiveram amplo domínio da equipe visitante. Trabalhando bem a bola e atuando quase que exclusivamente no campo de ataque, o time comandado por Gérson Andreotti sufocava o Vasco e se aproximava do gol variando as jogadas ofensivas. Só que o futebol está entre aqueles esportes que costumam castigar a falta de eficiência: no finalzinho do primeiro tempo, Juninho Pernambucano cobrou escanteio pela direita e Diego Souza cabeceou no ângulo direito do goleiro Marcos, abrindo o placar para o Vasco e mascarando com o resultado os acontecimentos vistos até então.
No intervalo, Cristóvão Borges promoveu duas alterações: saíram Fellipe Bastos e Allan, entraram Eduardo Costa e Felipe. O time do Vasco logo mostrou uma subida de produção, embora sem exercer o mesmo domínio que seu adversário exercera na etapa inicial. Mas nem precisava: aos catorze minutos, Juninho lançou Diego Souza com maestria e o camisa dez fez tudo como manda o figurino, dominando, ajeitando e finalizando de maneira consciente, deslocando o goleiro. Belo gol do Vasco e 2a0 no placar.
Gérson Andreotti tentou dar novo ânimo ao Friburguense através de mudanças de jogadores, só que o rendimento do time caiu abruptamente - emobra vez ou outra ainda conseguisse dar trabalho para a dupla de defesa formada por Dedé e Rodolfo. Aos trinta e cinco minutos, Cristóvão trocou Juninho (que passou a braçadeira para Eduardo) por Bernardo, e o camisa oito saiu ovacionado pelo público presente. Nos minutos finais, a jogada que mais teve cara de gol foi um contra-ataque fulminante vascaíno: aos quarenta e cinco minutos, o goleiro Alessandro fez ligação direta acionando Bernardo, este cruzou de primeira para Alecsandro, que, também de prima, finalizou. Em apenas três toques o Vasco chegaria ao terceiro gol, mas o goleiro Marcos atuou bem e bloqueou a finalização do centroavante, conservando o 2a0 no placar.
Cristóvão Borges cumprimenta Juninho Pernambucano: meio-campista foi decisivo ao dar as duas assistências para os gols de Diego Souza e deixou o campo sob o som dos aplausos.
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sábado, 4 de fevereiro de 2012
Na Neve, Manchester City Atola O Fulham: 3a0
Mesmo desfalcado de algumas figuras expressivas no esquema tático do treinador italiano Roberto Mancini e enfrentando severas condições climáticas nesse inverno europeu, o Manchester City conseguiu realizar uma boa partida e triunfar em seu estádio com uma goleada por 3a0 sobre o Fulham. Líder na Premiership com 57 pontos ganhos em 24 jogos (18 vitórias e apenas 3 derrotas até o momento), os Citizens registram o ataque mais efetivo (63 gols marcados) e a defesa menos vazada (19 vezes). Será difícil a tarefa do Manchester United de renovar o título nacional: a equipe comandada por Alex Ferguson encontra-se três pontos atrás, com um jogo em débito (enfrenta nada menos do que o Chelsea, em Stamford Bridge, nesse domingo). Já o Fulham, em décimo quarto lugar com 27 pontos, deverá concentrar seus esforços em evitar o descenso. Tem time para isso, embora a atuação nesse sábado não tenha sido das melhores.
O jogo
O holandês Martin Jol, treinador do Fulham, vinha com um retrospecto pra lá de favorável diante do City: nos últimos sete encontros, foram seis vitórias e um empate. Mas retrospecto não entra em campo em partidas de futebol, e o que se viu desde o início de jogo foi uma superioridade técnica e tática do time da casa. O placar foi inaugurado aos nove minutos, com o argentino Sergio "Kun" Agüero convertendo pênalti assinalado por Michael Leslie Dean em disputa entre Adam Johnson e Christopher Baird no interior da área. Chris Baird ainda teria outra infelicidade após nova jogada de Johnson pela direita: na tentativa de cortar um cruzamento mascado, Baird marcou contra. 2a0 Manchester City, aos vinte e nove minutos.
A maré tava tão braba pro Fulham que, dois minutos depois, foi a vez do zagueiro suíço Philippe Senderos jogar contra o patrimônio - mas dessa vez o goleiro australiano Mark Schwarzer conseguiu evitar que a bola pudesse encontrar a rede. O Manchester City sabia variar suas investidas, causando dificuldades pelo lado direito (com Johnson), pelo centro (com Sergio Agüero) e pela esquerda (com o espanhol David Silva). O trio atuava num nível bom o suficiente para que a atuação apagada do francês Samir Nasri em nada comprometesse o jogo ofensivo da equipe mandante, que conseguia fazer diversas jogadas de aproximação com o atacante bósnio Edin Dzeko. O Fulham pouco conseguia fazer com a posse de bola, só arrumando algo de interessante basicamente quando o estadunidense Clint Dempsey ou o irlandês Damien Duff conduziam a redonda. Os dois descolaram cada qual uma finalização na primeira etapa, ambas passando à direita da meta defendida por Joe Hart.
No segundo tempo, o Fulham até conseguiu subir de produção. Possivelmente temendo pelo pior, aos nove minutos Mancini trocou Nasri por James Milner, fortalecendo o combate no meio de campo. Jol, por sua vez, queria mais era ver seu time freqüentando o campo de ataque, e aos vinte e três minutos colocou o costa-riquenho Bryan Ruiz no lugar do nigeriano Dickson Etuhu. Naquela altura, a neve se intensificou ao ponto da partida precisar ser paralisada pela arbitragem: era praticamente impossível ver as linhas da área, confundidas com o branco dos flocos de neve. Após uma rápida intervenção de funcionários munidos de pás e muita boa vontade, o jogo reiniciou e não demorou muito para o City marcar pela terceira vez: aos vinte e seis, Adam Johnson deu o ar da graça pelo flanco esquerdo, passou para Agüero, o argentino passou como quis por Senderos e serviu Dzeko, que completou para a rede. Foi a última "participação" de Senderos no jogo, saindo de campo para dar lugar ao norueguês John Arne Semundseth Riise, outro experiente defensor no elenco do Fulham (vale registrar que, minutos antes de ser substituído, Senderos havia dado sinais de sentir uma lesão no joelho e Riise já estava se arrumando para entrar).
O City passou a administrar o resultado e Mancini tratou de preservar seus jogadores num campo que ia ficando cada vez mais pesado sob aquelas condições de neve. Saíram Agüero e Dzeko para as entradas do holandês Nigel De Jong e do chileno David Pizarro. Cada time teve uma ou outra chance de mexer no placar, mas o 3a0 permaneceu. Agora a bola está com os funcionários que trabalham no estádio: tem muita neve para ser removida do gramado...
O jogo
O holandês Martin Jol, treinador do Fulham, vinha com um retrospecto pra lá de favorável diante do City: nos últimos sete encontros, foram seis vitórias e um empate. Mas retrospecto não entra em campo em partidas de futebol, e o que se viu desde o início de jogo foi uma superioridade técnica e tática do time da casa. O placar foi inaugurado aos nove minutos, com o argentino Sergio "Kun" Agüero convertendo pênalti assinalado por Michael Leslie Dean em disputa entre Adam Johnson e Christopher Baird no interior da área. Chris Baird ainda teria outra infelicidade após nova jogada de Johnson pela direita: na tentativa de cortar um cruzamento mascado, Baird marcou contra. 2a0 Manchester City, aos vinte e nove minutos.
A maré tava tão braba pro Fulham que, dois minutos depois, foi a vez do zagueiro suíço Philippe Senderos jogar contra o patrimônio - mas dessa vez o goleiro australiano Mark Schwarzer conseguiu evitar que a bola pudesse encontrar a rede. O Manchester City sabia variar suas investidas, causando dificuldades pelo lado direito (com Johnson), pelo centro (com Sergio Agüero) e pela esquerda (com o espanhol David Silva). O trio atuava num nível bom o suficiente para que a atuação apagada do francês Samir Nasri em nada comprometesse o jogo ofensivo da equipe mandante, que conseguia fazer diversas jogadas de aproximação com o atacante bósnio Edin Dzeko. O Fulham pouco conseguia fazer com a posse de bola, só arrumando algo de interessante basicamente quando o estadunidense Clint Dempsey ou o irlandês Damien Duff conduziam a redonda. Os dois descolaram cada qual uma finalização na primeira etapa, ambas passando à direita da meta defendida por Joe Hart.
No segundo tempo, o Fulham até conseguiu subir de produção. Possivelmente temendo pelo pior, aos nove minutos Mancini trocou Nasri por James Milner, fortalecendo o combate no meio de campo. Jol, por sua vez, queria mais era ver seu time freqüentando o campo de ataque, e aos vinte e três minutos colocou o costa-riquenho Bryan Ruiz no lugar do nigeriano Dickson Etuhu. Naquela altura, a neve se intensificou ao ponto da partida precisar ser paralisada pela arbitragem: era praticamente impossível ver as linhas da área, confundidas com o branco dos flocos de neve. Após uma rápida intervenção de funcionários munidos de pás e muita boa vontade, o jogo reiniciou e não demorou muito para o City marcar pela terceira vez: aos vinte e seis, Adam Johnson deu o ar da graça pelo flanco esquerdo, passou para Agüero, o argentino passou como quis por Senderos e serviu Dzeko, que completou para a rede. Foi a última "participação" de Senderos no jogo, saindo de campo para dar lugar ao norueguês John Arne Semundseth Riise, outro experiente defensor no elenco do Fulham (vale registrar que, minutos antes de ser substituído, Senderos havia dado sinais de sentir uma lesão no joelho e Riise já estava se arrumando para entrar).
O City passou a administrar o resultado e Mancini tratou de preservar seus jogadores num campo que ia ficando cada vez mais pesado sob aquelas condições de neve. Saíram Agüero e Dzeko para as entradas do holandês Nigel De Jong e do chileno David Pizarro. Cada time teve uma ou outra chance de mexer no placar, mas o 3a0 permaneceu. Agora a bola está com os funcionários que trabalham no estádio: tem muita neve para ser removida do gramado...
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