quinta-feira, 7 de março de 2013

Fluminense Oscila E Cede Empate Ao Huachipato

O grupo oito na Copa Kevin Libertadores da América 2013 é, definitivamente, um caso curioso. Dos seis primeiros jogos, os visitantes somaram cinco vitórias para somente um triunfo dos donos da casa (aconteceu na última terça-feira, com o Grêmio marcando 4a1 no Caracas). E, na abertura do returno, um empate entre Fluminense e Huachipato voltou a surpreender os mais lógicos. Ainda mais levando-se em consideração que, quando se encontraram no Chile, o Flu saiu vencedor (2a1).

No Engenhão, a torcida tricolor experimentou mais uma decepção no torneio continental. Talvez não tenha sido tão grave quanto a goleada sofrida para o Grêmio (3a0), mas foi provavelmente mais frustrante. Imagine você o time atacando com vigor, criando oportunidades diversas e abrindo o placar no primeiro tempo. Melhor: abrindo o placar com Fred, centroavante idolatrado por muitos torcedores tricolores e que colocou fim numa sequência de três jogos sem marcar gol.

Veio o segundo tempo e o Fluminense teve novas chances de marcar. O tempo foi passando e, talvez por alguma espécie de acomodação (que não se justifica pelo palcar, pois um a zero nada tem de confortável), os comandados de Abel Braga diminuíram o ímpeto ofensivo drasticamente e passaram a aceitar as investidas do time visitante. Investidas que beiravam a inexistência no primeiro tempo, toranaram-se raras no segundo e passaram a acontecer com frequência a partir de um dado momento.

Como explicar, sinceramente não sei. Posso supôr que tenha havido uma certa arrogância tricolor por perceber a superioridade técnica em relação a um oponente que errava bastante e dava espaços. Mas o nome desse esporte é futebol, senhoras e senhores de todas as cores. Vestindo grená da camisa ao meião, o Fluminense amoleceu, tornou-se apático. E o Huachipato, fez a sua: empatou o jogo através de Núñez. E, se por um lado contou com defesaças do ótimo goleiro Veloso, por outro teve ainda uma grande chance de virar o jogo, com Bryan Rodríguez tendo finalização cruzada espalmada por Cavalieri.

A situação do Fluminense está muito longe de ser desesperadora: embora faça jogo difícil com o Grêmio em Porto Alegre, encerra sua participação recebendo o Caracas no Engenhão, dependendo somente de seus próprios resultados para conseguir a classificação. A dúvida que deve incomodar os adeptos do clube das Laranjeiras é: qual Fluminense enfrentará o Grêmio e qual Fluminense enfrentará o Caracas? As vaias que ecoaram no final do jogo diante do Huachipato denunciam uma insatisfação da massa. Os gritos de "time sem vergonha", embora pesados, fazem algum sentido. Até porque, faltou muito mais atitude para "resolver o jogo" (ou pelo menos tentar fazê-lo) do que qualidade técnica. O Fluminense depende de si e seria interessante que começasse refletindo sobre quem seja o Fluminense e o que quer o time na Libertadores.

O Huachipato, com todas as suas limitações, mostrou-se focado e determinado do apito inicial ao derradeiro. Com chances de classificação mas ainda azarão, tem pelo menos uma história para contar: em duas viagens ao Brasil, voltou invicto para casa (venceu o Grêmio e empatou com o Fluminense).

Um comentário:

  1. Poderia colocar todos os próximos posts da Libertadores no FC Gols (este daí não)?

    Abraços.

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