A Copa da Itália é azul celeste. Se ano passado o Napoli conseguiu o título em cima da Juventus, dessa vez a festa foi da Lazio, que foi campeã em clássico com a Roma. Só isso: levantou o troféu vencendo o maior rival. 84 anos de história desse clássico e talvez hoje, vinte e seis de maio de dois mil e treze, tenhamos tido o capítulo mais marcante desde sempre.
O jogo foi equilibrado taticamente. Dois times pragmáticos e cautelosos cometeram mais faltas do que criaram oportunidades de balançar as redes. Bastou uma bola ser aproveitada para definir o destino: Lulic, aproveitando cruzamento de Candreva, marcou o gol mais importante de sua carreira. Totti, no minuto seguinte, quase empatou. A bola não entrou por detalhes. Detalhes chamados Marchetti e travessão.
A imagem de Ledesma foi talvez a síntese do evento na capital italiana. Com uma lesão que o tirou de campo na maca e aos prantos, o camisa 24 da Lazio foi flagrado pela transmissão televisiva após o apito final. Aí você pergunta: e como estava Ledesma? Ledesma estava chorando. Dessa vez, mais pela emoção do título do que pela dor da lesão. E o futebol é isso. É dor, é emoção, é lágrima. Ledesma mostrou. E quem viu, se emocionou.
Ademais, esse final-de-semana escancarou a diferença do atual futebol alemão pro atual futebol italiano. Ontem tivemos uma partida maravilhosa entre Bayern e Borussia, decidindo a Liga dos Campeões da Europa em jogo de altíssimo nível. Hoje, a Copa da Itália foi decidida em partida arrastada, de pouca inspiração de ambos os lados. Mas a emoção tomou conta tanto em Wembley quanto no estádio Olímpico de Roma. E é por essas e outras que o futebol acaba sendo alguma coisa difícil de descrever, mas que certamente transcende a mera esfera esportiva.
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