O Clube Atlético Mineiro está nas quartas-de-final na Copa Libertadores da América 2013. Ponto parágrafo.
Ler essa frase hoje é simples e redundante, pois o fluxo de informações já deixou cada um que se interessa em Taça Libertadores ciente da goleada por 4a1 sobre o São Paulo, totalizando 6a2 na soma dos resultados. Mas muitos "especialistas" e "entendidos" de futebol (aspas com valor de "pseudo") haviam sacramentado a eliminação atleticana após a derrota por 2a0 para o mesmo São Paulo Futebol Clube na última rodada pela fase de grupos no torneio.
Naquele momento, o Galo vinha de uma campanha com 100% de aproveitamento, já assegurando o primeiro lugar no grupo e no geral. Um simples empate no Morumbi eliminava o Tricolor. Só que os donos da casa mostraram sua força e vibração, vencendo a partida com dois gols no segundo tempo. Há quem sugira que o Atlético "tremeu". Que o São Paulo é mais "familiarizado" com Libertadores. A segunda premissa é verdadeira, mas pouco diz dentro de campo. Principalmente quando se está diante de uma equipe tão envolvente e eficiente como essa comandada por Cuca. Ou melhor, como mais essa comandada por Cuca.
As personificações do envolvimento e da eficiência no jogo de quarta-feira no Independência foram Ronaldinho Gaúcho e Jô. Os dribles, as arrancadas, os passes, os lançamentos, os deslocamentos e tudo o mais exibidos por Ronaldinho são para fazer lembrar os tempos de Barcelona. Sim, os tempos de Barcelona, aqueles que muitos garantiram que jamais voltariam. É aquele Ronaldinho! Só que em vez de vestir azul-grená sendo comandado por Rijkaard, é em alvinegro sob os cuidados de Cuca. Um gênio. Daqueles que encantam e que decidem jogos e classificações. Jô, autor de três gols - diga hat-trick, se preferir - mostrou que conhece o atalho para a rede. Não precisa de muitos toques na bola nem de muito espaço para resolver os lances que chegam a si. Ainda carimbou o travessão de Rogério Ceni (a exemplo de Ronaldinho). Foi quatro, mas poderia ter sido mais. Uma sacolada.
Bernard, Tardelli e tantos outros também foram importantes. E quando muitos (talvez todos) rendem bem, há que se olhar com carinho para o trabalho desepenhado pelo treinador. Invicto no Independência desde a reinauguração, o Galo tem a força, a coragem, a organização e o encanto dos verdadeiros campeões. Mostrou isso diversas vezes desde que Cuca assumiu o comando tático e ficou ainda mais belo desde a chegada de Ronaldinho. A participação dos fanáticos torcedores é a cereja no topo do bolo vegano. Se essa trajetória vai terminar na próxima eliminatória, na fase semifinal, em vice-campeonato ou em título, pouco importa. O reconhecimento por algo bem realizado independe disso. Mas será muito mais bonito - principalmente para o futebol - se tivermos um time que joga como joga o Atlético de Cuca (e como joga!) levantando um troféu tão almejado. Azar do São Paulo, do ótimo Ney Franco, que da fase de grupos até as oitavas jogou metade de suas partidas com o Galo (uma vitória e três derrotas). Quer dizer, azar em termos de resultados porque deve ter sido um belo aprendizado.
E aí, Soham!
ResponderExcluirFoi como se tocasse uma música... Introdução, refrão e aplausos.
www.assuntodofutebol.com.br
http://britfoot.blogspot.com/2013/05/bolao-da-premier-league-11-e-1205.html
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