O confronto entre Boca Juniors e Corinthians pela fase oitavas-de-final na Copa Libertadores da América 2013 pode ser dividido em duas partes. A primeira foi aquela disputada em La Bombonera, onde o time da casa mostrou-se superior, venceu por 1a0 e poderia até ter conseguido uma vantagem ainda melhor. A segunda parte realizou-se nessa última quarta-feira, no estádio Pacaembu, onde o time mandante jogou melhor, criou muitas chances e até converteu o suficiente, mas acabou esbarrando na arbitragem de Carlos Amarilla e amargando a eliminação diante do mesmo clube sobre o qual, ano passado, sagrou-se campeão na competição.
O curioso nessa história toda é ver como o fator campo pode influenciar o comportamento de cada equipe e, consequentemente, o andamento da partida. O apático Corinthians que se apresentou em Buenos Aires transformou-se num time com cara de campeão em São Paulo. Principalmente no segundo tempo, quando precisava correr atrás de três gols. O Boca, que impôs seu jogo na capital argentina, atacou apenas esporadicamente em solo brasileiro, tendo a felicidade de encontrar um golaço através de Riquelme e a sorte de ver a arbitragem anular dois lances de gols corinthianos.
O Corinthians sai da Libertadores de cabeça erguida e isso se deve fundamentalmente pelo rendimento no segundo tempo no segundo jogo. Nos outros três (principalmente nos dois primeiros, na Argentina), ficou devendo. É uma equipe que tem totais condições de sair campeã paulista na Vila Belmiro e, mais relevante que isso, que disputará o Campeonato Brasileiro com possibilidade real de título, para usar termo do técnico Tite.
Quanto ao Boca Juniors, não vejo lá grande qualidade técnica nem vigorosa consistência tática. Mas vejo o Boca. Vejo a Libertadores. Vejo Bianchi. Vejo Riquelme. Vejo uma torcida fantástica, que faz de um estádio, caldeirão. Vendo tudo isso, há que se respeitar. Quem tem tudo isso, junto e misturado, vai longe.
http://britfoot.blogspot.com/2013/05/bolao-da-premier-league-1905.html
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