Foto: Andre Penner / AP Photo. |
Com essas poucas palavras já é possível imaginar o que foi o jogo realizado no estádio La Portada de La Serena, válido pela segunda rodada no grupo B. Era o reencontro nesse torneio continental entre essas seleções - na campanha de 2011, o Uruguai eliminou a anfitriã Argentina nas quartas-de-final, nos pênaltis. Lembro-me com carinho da ocasião, pois estava desembarcando no aeroporto de Ezeiza quando a bola rolava naquela partida eliminatória.
Retornando a 2015, o equilíbrio ditou o ritmo na maior parte do tempo, tornando o empate um resultado natural para essa partida. Só que Agüero conseguiu ir à rede após cruzamento de Zabaleta, marcando o gol solitário do jogo aos dez minutos no segundo tempo. Diferentemente do jogo de estréia, a Argentina não conseguiu criar tantas situações que envolvessem o adversário. E talvez o maior mérito desse cenário seja uruguaio, pois os comandados de Tabárez conseguiram encaixar a marcação de maneira a conter (na medida do possível) a efetiva participação de Messi. Do contrário, teríamos provavelmente um placar mais amplo. Outro mérito uruguaio foi o de ter conseguido produzir mais do que na pífia partida de estréia. Mas os desperdícios nas finalizações (talvez com Suárez o placar fosse outro) custaram pelo menos um ponto para a Celeste. Na melhor das chances, Rolan isolou o rebote do goleiro Romero.
Não sei se é intenção de Martino manter a mesma formação para a partida derradeira. Acredito que seja interessante testar a equipe com Tévez fazendo dupla com Agüero ou mesmo Higuaín, deixando Di María como opção para o decorrer dos acontecimentos. Lavezzi também pode ser uma opção para jogar pelos flancos, impondo maior força física pelas beiradas de campo. Enfim, acredito que seja válido experimentar essas situações tanto para procurar variações de jogo quanto para "se adaptar" a um adversário que conta com uma defesa fisicamente mais potente, como é o caso da Jamaica.
Já o Uruguai é mais carente de elementos para reposição. De toda forma, as entradas de Sánchez e Hernández melhoraram a equipe no segundo tempo e talvez sejam boas escolhas para iniciar entre os onze diante dos paraguaios. A habilidade de De Arrascaeta também surge como alternativa na criação de jogadas de ataque, notadamente em se tratando de um time que tem nos lances de bola parada e de chuveirinho suas maiores aptidões - é preciso encontrar outras soluções e o jogo com o Paraguai pode definir a classificação ou a eliminação do atual campeão.
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