Imagem extraída de Taringa.net. |
No final, o placar de 2a0 reflete apenas parcialmente o que foi a partida. Sim, o Chile até mereceu marcar gols nesse jogo, apesar de não render tudo aquilo que se espera dessa seleção. Só que não, o Equador não merecia sair zerado no placar - a bola de Enner Valencia no travessão, se alguns centímetros mais baixa, daria números mais reais à partida.
Fato é que o Chile tem muito mais a agradecer do que a comemorar nesses três pontos conquistados. Se por um lado começou o jogo em ritmo alucinante, criando duas chances claras com três minutos, por outro só foi capaz de mexer no placar graças a vacilos equatorianos. Bolaños cometeu pênalti tolo em Arturo Vidal, que cobrou e converteu. Ibarra presenteou Sánchez em recuo de bola mal feito, e o atacante do Arsenal serviu Vargas para o segundo gol anfitrião. De gols, nada mais.
O Chile até mostrou coisas boas nessa estréia - e a que mais me agradou foi o ímpeto ofensivo, apresentando não raramente meia dúzia de jogadores nas proximidades da área adversária. Porém, há muito o que acertar na defesa e na distribuição de jogadores pelo meio-campo. Fernández, que entrou no segundo tempo, foi o destaque negativo no jogo: levou cartão amarelo por simulação dentro da área e ainda foi expulso após falta dura que colocou Paredes no chão, nos acréscimos. Já o Equador, que chegou na Copa América com alguns desfalques e até com rótulo de azarão, mostrou força. Força em Paredes. Em Ayovi. E o principal: na postura em geral. Houve momentos em que conseguiu neutralizar o oponente e se sobressair no gramado. Mas pagou pelos erros com uma moeda cara: dois gols e a derrota na partida inaugural. Porém, tem totais condições de, diante de Bolívia e México, buscar os resultados que lhe colocariam na fase quartas-de-final.
Torcida chilena, uma mensagem: nem só de hino e gols vive o jogo de futebol. Façam festa também com bola rolando. É belo e vocês, quando querem, têm o dom de (en)cantar.
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