Múltiplas alegrias. A alegria de estar viajando pela primeira vez para o Chile, na maravilhosa companhia da minha mãe. A alegria de estar assistindo o esporte que mais gosto de acompanhar, envolto de duas torcidas festivas. A alegria de estar presente num torneio como a Copa América, o mais antigo entre seleções do mundo. A alegria de assistir o maior da história: Lionel Messi. A alegria, enfim, de uma atmosfera especial.
A chegada ao estádio passava pelo terminal rodoviário de Viña del Mar e foi uma verdadeira aventura, pois chegamos à cidade-sede da partida sem ingressos em mãos - conseguimos buscá-los, gerando uma sensação de alívio. Nos molhamos no oceano Pacífico. Passeamos. E fomos ao jogo.
O estádio, bastante simpático, era de dimensões relativamente reduzidas (comportando algo em torno de vinte e duas mil pessoas) mas caprichado na sua simplicidade. Longe de ser dos mais confortáveis, era, porém, permeado por todo um clima já destacado anteriormente. E se o vento frio fazia despencar a temperatura nas arquibancadas, os festejos das torcidas (argentina, colombiana, chilena... e nós, brasileiros apoiando a Argentina) mantinha a sensação térmica nos conformes.
O jogo foi possivelmente um dos melhores na competição. Muita qualidade técnica dos dois lados e um futebol muito bem desenvolvido pela Argentina. Se a Colômbia decepcionou (muito abaixo da espetacular performance na Copa do Mundo), os argentinos mantiveram um bom nível de jogo, talvez até acima do Mundial. E mereciam a vitória. Vitória que teria acontecido com maior tranqüilidade se não fossem duas intervenções de caráter miraculoso do goleirão Ospina. Vitória que teria sido construída mais naturalmente se as traves estivessem "jogando a favor". Mas vitória que não seria a mesma do que a que de fato foi. Foi sensacional ver o gol da classificação sair nos pênaltis, numa cobrança de Tévez. Tévez, que "eliminou" a Argentina na Copa América 2011, ao desperdiçar, no seu país, a cobrança diante do Uruguai, também na fase quartas-de-final. Mais quatro voltas completas em torno do sol e o planeta Terra pôde testemunhar a volta por cima de Carlitos. Um prazer e um privilégio estar lá, vendo tudo de perto.
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