5.522 pessoas pagaram para ver e dificilmente 1% tenha gostado do que viu no Engenhão na noite de hoje. Uma arbitragem que beneficiava o infrator e tomava decisões suspeitas; um Botafogo carente de um homem de referência na área (a ausência de Loco Abreu, que ainda não jogou após o término da Copa, mostrou-se bastante sentida) e um Guarani que, se fosse um pouco mais caprichoso, conseguiria um resultado ainda melhor que o ponto ganho fora de casa.
Joel Santana levou 2 zagueiros e 3 volantes, sobrecarregando a criação de jogadas para um lento e previsível Lúcio Flávio. As jogadas pelas laterais também não surtiam efeito, pois Alessandro e Marcelo Cordeiro mostravam ineficácia para colocar a bola na área. Restava à dupla de ataque "brigar" com a defesa alviverde, que quando não levava vantagem, contava com o goleiro Douglas para evitar o gol adversário. Começando a gostar do jogo, o Guarani passou a criar situações, como no chute de Mazola, aos 17 minutos, que passou perto da trave direita. Teve também uma chance ainda mais clara, aos 23', quando Preto apareceu cara-a-cara com o goleiro Jéfferson e chutou para grande defesa do camisa 1 alvinegro. Com 40 minutos, saiu o gol do Guarani: Caio perdeu a posse de bola, Paulo Roberto passou para Mário Lúcio, que tocou para Mazola: o atacante se livrou da Danny Moraes e serviu Ricardo Xavier, que completou pra rede.
A já impaciente torcida do Botafogo passou a vaiar qualquer jogador de camisa listrada que tocasse na bola. Mas, no último lance da primeira etapa, veio o empate: Lúcio Flávio cobrou escanteio pelo lado direito e Danny Moraes cabeceou para igualar o marcador.
No intervalo, Joel trocou Fahel por Jóbson, sugerindo uma nova dinâmica para a equipe da casa. E não deu outra: o camisa 18 era o jogador mais acionado e dava muito trabalho para o sistema defensivo bugrino.
Aos 11 minutos, alguns torcedores gritaram gol quando viram a finalização de Jóbson, mas a bola estufou a rede pelo lado de fora. Vágner Mancini resolveu mexer exatamente no setor direito, a zona mais incomodada pelas investidas de Jóbson, trocando, no minuto seguinte ao lance, Rodrigo Heffner por Apodi.
Com 21 minutos, Joel mexeu pela segunda vez e trocou Lúcio Flávio por Edno. O Botafogo passou a intensificar a procura pelos flancos, mas esbarrava ora na marcação do Guarani, ora na própria falta de criatividade, ora na omissão da arbitragem. Um dos lances que mais revoltaram os alvinegros aconteceu quando Jóbson partiu para cima da marcação e foi derrubado dentro da área: o árbitro catarinense Célio Amorim marcou falta e ignorou o protesto dos jogadores que apontavam para o local de ocorrência da infração, que caracterizaria pênalti.
Na marca de 39 minutos, Herrera fez a função de pivô e serviu Somália, que avançou, ficou de frente pro gol mas acabou mandando sobre o travessão. No finalzinho rolou o que seria o gol da virada, mas Herrera foi flagrado em impedimento após cruzamento rasteiro de Marcelo Cordeiro.
O Guarani leva um ponto na bagagem para Campinas, onde enfrentará o Ceará pela décima rodada. O Botafogo, há seis jogos sem vencer, vai ao Pacaembu encarar o Palmeiras.
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